Imaculada
Conceição de Nossa Senhora - Solenidade
DOGMA
DE FÉ: Maria é
virgem porque sua virgindade é o sinal de sua fé, - absolutamente
livre de qualquer dúvida, - e de sua doação sem reservas à
vontade de Deus. É sua fé que lhe concede tornar-se a Mãe do
Salvador: “Maria é mais bem-aventurada recebendo a fé de Cristo
do que concebendo a carne de Cristo. (CIC 506)
A
imaculada Conceição de Nossa Senhora é um dogma de fé, aonde a
mãe de Jesus veio ao mundo preservada do pecado original. Maria
desde sua concepção estava cheia da graça de Deus, nasceu e viveu
sem a presença do pecado. Quem dá esse testemunho é o próprio
anjo do Senhor (anjo Gabriel), que em sua saudação exclama “Ave
cheia de graça”. Como bem frisou Santo Ambrósio de Milão: “uma
vez que Jesus tornou-se encarnado no ventre da Virgem Maria, era
necessário que ela estivesse completamente livre de pecado para
poder gerar seu Filho”, ou seja, como poderia Jesus habitar um
corpo coberto pelo pecado.
O
dogma da Imaculada Conceição de Maria é um dos dogmas mais
queridos ao coração do povo cristão. Os dogmas da Igreja são as
verdades que não mudam nunca, que fortalecem a fé que carregamos
dentro de nós e que não renunciamos nunca.
A
convicção da pureza completa da Mãe de Deus, Maria, ou seja, esse
dogma foi definido em 8 de dezembro de 1854, pelo papa Pio IX,
através da bula "Ineffabilis Deus" - Deus inefável
- A base usada por Pio IX tem fundamento do Gênesis 3:15 “Eu
Porei inimizade entre ti e a mulher, entre sua descendência e a
dela", assim, segundo esta profecia, seria necessário uma
mulher sem pecado, para dar a luz à Cristo, que reconciliaria o
homem com Deus, mas antes disso a devoção popular à
Imaculada Conceição de Maria já era extensa. A festa já existia
no Oriente e na Itália meridional, então dominada pelos
bizantinos, desde o século VII.
A
festa não existia, oficialmente, no calendário da Igreja. Os
estudos e discussões teológicas avançaram através dos tempos sem
um consenso positivo. Quem resolveu a questão foi um frade
franciscano escocês e grande doutor em teologia chamado
bem-aventurado João Duns Scoto, que morreu em 1308. Na linha de
pensamento de são Francisco de Assis, ele defendeu a Conceição
Imaculada de Maria como início do projeto central de Deus: o
nascimento do seu Filho feito homem para a redenção da humanidade.
Transcorrido
mais um longo tempo, a festa acabou sendo incluída no calendário
romano em 1476 pelo Papa Sisto IV. Em 1570, foi confirmada e
formalizada pelo papa Pio V, na publicação do novo ofício, e,
finalmente, no século XVIII, o papa Clemente XI tornou-a
obrigatória a toda a cristandade.
Quatro
anos mais tarde, as aparições de Lourdes foram as prodigiosas
confirmações dessa verdade, do dogma. De fato, Maria proclamou-se,
explicitamente, com a prova de incontáveis milagres: "Eu sou a
Imaculada Conceição".
Deus
quis preparar ao seu Filho uma digna habitação. No seu projeto de
redenção da humanidade, manteve a Mãe de Deus, cheia de graça,
ainda no ventre materno. Assim, toda a obra veio da gratuidade de
Deus misericordioso. Foi Deus que concedeu a ela o mérito de
participar do seu projeto. Permitiu que nascesse de pais pecadores,
mas, por preservação divina, permanecesse incontaminada.
Maria,
então, foi concebida sem a mancha do orgulho e do desamor, que é o
pecado original. Em vista disso, a Imaculada Conceição foi a
primeira a receber a plenitude da bênção de Deus, por mérito do
seu Filho, e que se manifestou na morte e na Ressurreição de
Cristo, para redenção da humanidade que crê e segue seus
ensinamentos. Hoje, não comemoramos a memória de um santo, mas a
solenidade mais elevada, maior e mais preciosa da Igreja: a
Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria, a rainha de todos
os santos, a Mãe de Deus.
A
Igreja Católica comemora a festa da Imaculada Conceição em 8 de
Dezembro.
Imaculada
Conceição de Nossa Senhora como Dogma de Fé
(bula
Ineffabilis Deus)
Em
honra da santa e indivisa Trindade, para decoro e ornamento da
Virgem Mãe de Deus, para exaltação da fé católica, e para
incremento da religião cristã, com a autoridade de Nosso Senhor
Jesus Cristo, dos bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo, e com a
nossa, declaramos, pronunciamos e definimos a doutrina que sustenta
que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua
conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente,
em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano,
foi preservada imune de toda mancha de pecado original, essa
doutrina foi revelada por Deus e, portanto, deve ser sólida e
constantemente crida por todos os fiéis.
ORAÇÃO: Ó
Deus, que preparastes uma digna habitação para o vosso Filho, pela
imaculada conceição da Virgem Maria, preservando-a de todo pecado
em previsão dos méritos de Cristo, concedei-nos chegar até vós
purificados também de toda culpa por sua materna intercessão. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo.
Fonte:
Catecismo da Igreja Católica - Edições Paulinas - Wikipédia