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sexta-feira, 8 de maio de 2015

Intolerância, fanatismo e genocídio

Cardeal Odilo Pedro Scherer

Intolerância, fanatismo e genocídio




Cardeal Odilo Pedro SchererArcebispo de São Paulo (SP)

No próximo dia 8 de maio, na Catedral da Sé, em São Paulo, será celebrada uma Missa em sufrágio das vítimas do primeiro grande massacre do século 20, conhecido como “Genocídio Armênio”. Em 1915, o partido dos “Jovens Turcos”, que mandava no império turco-otomano, resolveu suprimir a minoria armênia que viva em seu território; na ocasião, morreram cerca de um milhão e meio de armênios. Já no final do século 19, de 1894 a 1896, o sultão Abdul Hamid, do mesmo império, havia promovido a eliminação de cerca de 300 mil armênios.

Na raiz desse genocídio esteve a situação territorial do povo armênio não resolvida, a discriminação étnica das presentes em várias partes do território turco, bem como a intolerância e o racismo. O ódio crescente contra os armênios levou à “solução final”, ou seja, à expulsão e eliminação dessa minoria. Circunstâncias históricas, como as atenções do mundo concentradas sobre as frentes de batalha da primeira grande guerra mundial, favoreceram o descaso geral em relação ao sofrimento do povo armênio.
Os armênios, no entanto, vivendo na pequena República da Armênia criada naquelas circunstâncias ou nos vários países do mundo, inclusive no Brasil, para onde emigraram, sempre lutaram pelo reconhecimento do massacre sofrido e pela dignidade da memória de suas vítimas.
Embora a Turquia moderna não aceite que aquela tragédia promovida pelo império turco-otomano mereça a qualificação de “genocídio”, muitos países assim a reconhecem e qualificam. Recentemente, em meados de abril deste ano, a União Européia afirmou, em bloco, que foi um genocídio. Também a Santa Sé tem se manifestado nesse sentido e, em 12 de abril passado, o papa Francisco celebrou no Vaticano uma Missa pelas vítimas daquela tragédia.
No século 20, o mundo assistiu a vários outros genocídios, como o dos judeus promovido pelo regime nazista da Alemanha durante a segunda grande guerra; mais para o final do século, houve também genocídio e limpeza étnica nas guerras balcânicas, que sucederam à fratura da Yugoslávia pós-comunista. No século 21, já estamos assistindo ao genocídio promovido no Iraque e na Síria pelo “Estado Islâmico”.
Genocídio é um crime contra a humanidade, que consiste em promover todo tipo de ações com o objetivo de destruir ou eliminar total ou parcialmente um grupo nacional, étnico, racial ou religioso (cf. Aurélio). Embora não seja sempre fácil ter de imediato a informação e a noção exatas dessas ocorrências criminosas, elas devem ser condenadas com firmeza e veemência, não sendo aceitável nenhuma cumplicidade com elas.
Vale uma reflexão para o que acontece atualmente em várias partes do mundo, onde novos genocídios estão em curso. Em diversas regiões da África (“África esquecida”), estão sendo dizimados ou eliminados inteiros grupos étnicos e religiosos. O mesmo faz o “Estado Islâmico”, impondo-se com terror e violência sobre minorias cristãs e outras, no Iraque e na Síria. O mundo assiste, perplexo; mas parece pouco convencido da gravidade da situação e do risco do alargamento desse crime para outras áreas.
O genocídio, geralmente, é a “solução final” de um longo processo de discriminação, intolerância e ódio, alimentado no meio da população por grupos fundamentalistas radicais e fanáticos, ou por partidos oportunistas. No início, parece apenas ação de alguns “extremistas”, que até são vistos como anti-sociais e intratáveis; no entanto, geralmente, decide-se ignorá-los e seguir em frente.
Grupos assim, porém, podem alimentar a discriminação e o ódio que, não corrigidos, acabam tomando força e levando a verdadeiras paranóias de intolerância e ódio na sociedade. Não raro, tais arroubos de intolerância têm alguma motivação político-religiosa equivocada. Quem pensa ou crê diferente, passa a ser visto como inimigo perigoso, que precisa ser destruído. A carga explosiva se alimenta de episódio em episódio, até que um estopim de conflito se acende e deflagra a tragédia.
Alimentar ódios e discriminações de qualquer tipo pode ser cômodo para caudilhos sedentos de poder. Para o convívio social, no entanto, isso pode ser fermento de imensas tragédias, como o genocídio armênio que recordamos.
Publicado em O SÃO PAULO, ed. de 06.05.2015

Fonte:
http://cnbb.org.br/outros/cardeal-odilo-pedro-scherer/16454-intolerancia-fanatismo-e-genocidio

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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