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terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Compreensão e celebração

Dom Genival Saraiva
Administrador Apostólico da arquidiocese da Paraíba


Na liturgia a Igreja vive o mistério do nascimento de Jesus, desde o início do Advento, como preparação, e na solenidade do Natal, como celebração alegre, que se prolonga até a festa do Batismo do Senhor. O mistério da encarnação nunca será plenamente compreendido à luz da razão e somente à luz da fé será devidamente celebrado. A relação entre razão e fé tem se estabelecido, ontem e hoje, como conflito, antagonismo, equilíbrio, de conformidade com a linha de pensamento das pessoas. Quem acredita no Deus da revelação segue a linha do equilíbrio entre razão e fé. Por entender que a razão humana não tem a explicação para fenômenos que ultrapassam a sua capacidade de compreensão, a pessoa conta com a graça da fé em sua adesão aos mistérios revelados por Deus.

Um texto de São Máximo, um abade do séc. VII, refere-se ao nascimento de Jesus como “O Mistério sempre novo”, visto com o olhar da razão e da fé. “O Verbo de Deus nasceu segundo a carne uma vez por todas. (...) Assim, o Verbo de Deus revela-se sempre a nós do modo que nos convém, e contudo ninguém pode conhecê-lo perfeitamente, por causa da imensidade de seu mistério. (...) Nasce o Cristo, Deus que se faz homem, assumindo um corpo dotado de uma alma racional, ele por quem tudo que existe saiu do nada. No Oriente brilha uma estrela visível em pleno dia e conduz os magos ao lugar onde está deitado o Verbo feito homem, para demonstrar misticamente que o Verbo, contido na lei e nos profetas, supera o conhecimento sensível e conduz as nações à plena luz do conhecimento. (...) Deus se fez homem perfeito, sem que nada lhe faltasse do que é próprio da natureza humana, à exceção do pecado (o qual, aliás, não era inerente à natureza humana). (...) O grande mistério da encarnação de Deus permanecerá sempre um mistério! Como pode o Verbo que está em pessoa e essencialmente na carne existir ao mesmo tempo em pessoa e essencialmente junto do Pai? Como pode o Verbo, totalmente Deus por natureza, fazer-se totalmente homem por natureza, sem detrimento algum das duas naturezas, nem da divina, na qual é Deus nem da humana, na qual se fez homem? Só a fé pode alcançar esses mistérios, ela que é precisamente a substância e o fundamento das realidades que ultrapassam toda inteligência e compreensão”.
Jesus, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade, “se faz homem”, “homem perfeito”, “totalmente Deus por natureza”, “totalmente homem por natureza”. O abade acima referido deixa bem claro que a razão humana tem seus limites para compreender o mistério da encarnação de Jesus “que nasceu da virgem Maria”. Fiel ao ensinamento da Igreja Católica, afirma que “Só a fé pode alcançar esses mistérios”. Apesar de ensinada pelo Catecismo da Igreja, nem sempre é lembrada essa verdade explicitada por São Máximo - o estado de graça em que foram criados o homem e a mulher; como ensina o Gênesis, “E Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou, macho e fêmea os criou” (Gn 1, 27). Sendo perfeito, Deus não poderia criar imperfeito o ser que é sua imagem e semelhança. A imperfeição humana surgiu com o desvio de conduta de Adão e Eva que redundou no pecado que “aliás, não era inerente à natureza humana”, como ensina São Máximo.
No calendário litúrgico, encerrado o Tempo de Natal, começa o Tempo Comum que se estende até a terça-feira antes da Quarta-feira de Cinzas, início da Quaresma. Assim, ao longo do Ano Litúrgico, os cristãos passam da compreensão do mistério de Cristo, alcançada à luz da fé, a uma melhor participação na sua celebração.
http://www.cnbb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=20097:compreensao-e-celebracao&catid=334&Itemid=204

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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