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sexta-feira, 17 de março de 2017

Os jovens e a confissão - Catequese quaresmal - 3

Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ


Um dos belos temas que o Papa Francisco tem insistido é sobre o Sacramento da Reconciliação. Após o Ano da Misericórdia, a insistência continua para que os cristãos façam experiência do amor misericordioso de Deus no Sacramento da Reconciliação. É muito belo ver o exemplo de uma juventude de fé que reza e se aproxima deste sacramento. Neste nosso terceiro encontro, em que quero manifestar todo meu afeto por todos os jovens que trabalham nas pastorais, movimentos e associação, e às vésperas do “24 horas para o Senhor” e durante este tempo de “mutirões de confissões”, queremos aprofundar um pouco mais a respeito do Sacramento da Penitência e louvar a Deus pela participação do jovem na busca deste Sacramento.

O específico do Sacramento da Penitência, em sua forma atual, consiste formalmente no fato de ele fazer parte da confissão pessoal e concreta dos pecados e que, em vista dessa confissão, o clérigo autorizado concede a absolvição. A isso corresponde o próprio Sacramento da Penitência em seu conteúdo: nele se unem elementos do juízo e da reconciliação. O Sacramento da Penitência é sinal realizador do juízo divino da graça para a reconciliação do pecador na comunhão da Igreja.
O objetivo do Sacramento da Penitência é reconciliação, e isso no mencionado triplo sentido: reconciliação com Deus, que significa, simultaneamente, a redenção do afastamento de Deus; reconciliação com os semelhantes, que supera o abismo causado pela negação do amor; reconciliação do ser humano consigo mesmo, como superação da autoalienação dada com cada pecado. O nível teológico e o nível social estão intimamente inter-relacionados: a reconciliação acorre na reconciliação com a Igreja. Essa fórmula clássica da teologia da penitência mostra a estrutura básica de todos os Sacramentos: nas relações humanas acontece a proximidade transformadora de Deus.
A palavra que anuncia a reconciliação deve ser acolhida no coração humano para que possa dar fruto. A resposta do homem é chamada comumente de conversão, ou seja, de volta. Não há reconciliação sem a iniciativa de Deus, mas também não há sem a resposta do homem. O Sacramento da Penitência supõe essencialmente um diálogo. 
No Antigo Testamento, sofrimento e culpa, mas também perdão e salvação se encontram em relação íntima. Isto já o ilustram as narrativas da queda na proto-história bíblica (cf. Gn 3; 4,1-16; 6-8; 11,1-9). O nexo entre culpa e destino está bem claro para os profetas: porque os ricos em Israel exploraram os pobres, vivem despreocupadamente no luxo e não se importam com a ruína do povo, “por isso agora têm que ir para o exílio” (Am 6,7). Porque Israel abandonou o seu Deus, “fonte da água viva”, por isso tem que agora viver com as cisternas rachadas que cavam para si mesmos: “Teu mau procedimento te castiga” (cf. Jr 2, 13.19). Da mesma forma estão ligadas entre si a salvação do exílio, a transformação interior e uma nova relação com Deus. Em Ezequiel, a transformação é descrita com as metáforas da purificação com água limpa, da concessão de um coração novo, da abertura dos sepulcros, da reunião das ossadas, da revivificação pelo sopro de Deus.
No Novo Testamento, o sinal sacramental clássico para a conversão e perdão dos pecados é o Batismo. Por ele também está caracterizada a “nova vida” dos batizados: eles “morreram com Cristo”, para com Ele ressuscitarem (cf. Rm 6, 4.8).  Jesus tornou-se, em pessoa, a expiação de todos os pecados, “instrumento de propiciação por seu próprio sangue”. (Hb 3,25)
O Sacramento da Penitência é constituído de três atos do penitente e da absolvição dada pelo sacerdote. Os atos do penitente são o arrependimento, a confissão ou manifestação dos pecados ao Sacerdote e o propósito de cumprir a penitência e as obras de reparação. A Igreja tem em seu mandamento que devemos confessar pelo menos uma vez no ano, por ocasião da festa da Páscoa da Ressurreição. 
Este tempo de Quaresma é propício para isto. Quantos jovens buscam este Sacramento! Nos últimos anos, tenho visto um grande número de jovens em nossa Arquidiocese ir em busca deste Sacramento. Quantos vão aos mutirões de Confissão realizados em nossas paróquias durante este tempo de Quaresma! Quantos ainda ao longo do ano buscam este Sacramento para estar em comunhão com Deus, a Igreja e com ele mesmo! E para aqueles jovens que estão afastados deste Sacramento, eis o tempo, eis o momento de se aproximar do Senhor, que os acolhe de braços abertos. 
A você jovem, coragem, pois Deus o ama, Deus o chama a ser um discípulo e missionário. Que o exemplo da alegria de tantos jovens reconciliados pelo Sacramento da Penitência contagie tantos outros para entrarem nesse caminho de conversão e de vida. Somos embaixadores que convocam a todos: reconciliai-vos com Deus! Eis o tempo favorável!

http://www.cnbb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=20459:os-jovens-e-a-confissao-catequese-quaresmal-3&catid=364&Itemid=204

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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