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sexta-feira, 12 de maio de 2017

Homilia do 5º DOMINGO DA PÁSCOA 14 de maio de 2017

Dom Vilson Dias de Oliveira
DIOCESE DE LIMEIRA




“Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6)

Leituras: Atos 6, 1-7; Salmo 32 (33), 1-2,4-5.18-19 (R/.22); Primeira Carta de Pedro 2, 4-9; e João 14, 1-12.

COR LITÚRGICA: BRANCA OU DOURADA

Animador: Aleluia irmãos e irmãs, Jesus Ressuscitou! Neste dia Jesus nos diz que é “o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo14, 6). Nele encontramos o sentido da vida, pois só seremos autênticos, quando nos afeiçoarmos mais com Ele, no seu jeito de ser e principalmente no amor, como Ele nos amou. Hoje, de um modo especial, vamos rezar por todas as mães, para que Deus as ilumine e dê forças e coragem e que Maria seja o espelho em suas vidas.


1. Situando-nos brevemente
Neste 5º Domingo da Páscoa, celebramos a manifestação de Jesus Ressuscitado como caminho, verdade e vida, pelo qual chegaremos ao Pai.

Perante às inseguranças do seguimento e das incertezas da estrada, ele nos alenta em nossa caminhada com sua presença confortadora. Jesus deixa claro que é caminho para o Pai.

Caminhar implica conhecer para onde se deseja chegar. O cansaço não advém tanto do fazer caminho, mas do fato de não se saber aonde chegar.
Como Igreja que caminha na estrada de Jesus rumo ao Pai, empenhemo-nos no compromisso batismal.

Que a melhor homenagem que hoje tributamos às nossas mães seja o louvor e a ação de graças que, na alegria familiar elevamos a Deus, fonte de todas as bênçãos do céu.

2. Recordando a Palavra
Na primeira leitura dos Atos dos Apóstolos, o aumento do número dos discípulos suscita o surgimento de novas lideranças, para superar os desafios e aprimorar a atuação missionária das comunidades primitivas. A eleição dos sete diáconos de origem grega contribui para a abertura e a unidade da comunidade. A dedicação à oração e ao serviço da Palavra (6,4) assegura a formação de novas comunidades, a eficácia apostólica e a transformação social.

O serviço às mesas, a “diaconia”, é confiado a pessoas indicadas pela comunidade. Os primeiros sete diáconos, “repletos do Espírito Santo e de sabedoria”, tornam-se colaboradores dos apóstolos na evangelização. Seu comprometimento assegura a assistência às viúvas desamparadas, representantes dos pobres e excluídos. Os diáconos se dedicavam também ao anúncio do evangelho e à administração do sacramento do Batismo (cf. At 8,4ss) mas seu ministério era distinto daquele dos presbíteros (cf. 1Tm 3,8-13). Os apóstolos “oraram e impuseram as mãos sobre eles” (At 6,6), demonstrando que o serviço do amor ao próximo deve ser exercido de forma comunitária e ordenado. O dinamismo do Espírito, a força da oração e da Palavra de Deus proporciona o crescimento das comunidades, multiplica o número dos discípulos que aderem à fé em Cristo (cf. 6,7).

O salmo 32(33) convida a louvar o Senhor ao som de instrumentos musicais, a cantar um cântico novo de alegria. O Senhor manifesta sua bondade e fidelidade na criação do universo e na caminhada de libertação do povo. A sua palavra realiza a verdade, o direito, a justiça. O seu olhar pousa sobre os que confiam e esperam em seu amor.

Na leitura da Carta de Pedro, a comunidade eclesial, templo de pedras vivas, é sustentada por Jesus Cristo, “a pedra que os construtores rejeitaram (e que) tornou-se a pedra angular” (2,7; Cf. Sl 117 [118], 22). Os cristãos, unidos a Jesus Cristo pelo Batismo, participam de sua vida, morte salvífica e ressurreição e tornam-se pedras vivas na construção de um mundo melhor. A missão batismal é ressaltada por meio das expressões: “raça escolhida, o sacerdócio régio do Reino, a nação santa, o povo que ele conquistou” (2,9). Essas imagens remetem à comunidade da aliança (cf. Ex 19,5-6), ao compromisso de Israel, o povo escolhido e formado por Deus para anunciar o seu louvor (cf. Is 43,20-21).

O contexto da leitura do Evangelho é o da despedida de Jesus à comunidade dos discípulos. As palavras de Jesus fortalecem a fé e à confiança dos discípulos: “Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em Deus, tende fé em mim também” (14,1). A partida de Jesus abre o caminho para a vida plena em Deus: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Vou preparar um lugar para vós” (14,2).

Os discípulos, que haviam compartilhado a vida com o Mestre, precisam agora acreditar em Jesus ressuscitado como o caminho para chegar ao Pai. Tomé expressa o anseio da comunidade, para conhecer o caminho, de maneira experiencial: “Como podemos conhecer o caminho?” (14,5). A resposta de Jesus é reveladora: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim” (14,6). Jesus é o caminho que conduz ao Pai, pois ele é a verdade que liberta, testemunhada no amor e na fidelidade até o fim. Assim, ele é o caminho da salvação que oferece a vida plena (1, 4; 5,26; 10,10.28; 11,25-26). Quem segue os passos de Jesus encontra o caminho, a verdade e a vida em sua Pessoa, que proporciona a experiência de Deus como Pai.

Enquanto Tomé deseja conhecer o caminho, Felipe indaga sobre o fim do caminho: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta” (14, 8). Ele manifesta a necessidade do encontro profundo com o Pai por meio de Cristo. A resposta de Jesus: “Há tempo estou convosco, e não me conheces, Felipe? Quem me viu, viu o Pai” (14,9), mostra a comunhão perfeita de amor que há entre ele e o Pai. Jesus revela o rosto do Pai através de sua vida, palavras e ações salvíficas: “Quem me vê, vê aquele que me enviou” (Jo 12,45).

Jesus revela uma unidade perfeita com o Pai, na vida e na missão: “Eu estou no Pai e o Pai está em mim” (14, 10.11; 10,38). Ele cumpriu plenamente a obra confiada pelo Pai. Como o Mestre Jesus, os discípulos revelam o Pai através de uma vida centrada no amor misericordioso. Quem permanece com Jesus está em comunhão com o Pai e realiza suas obras de amor. O envio do Espírito Santo, sua ação nos discípulos assegura “obras ainda maiores” (14,12), ou seja, a expansão da obra salvadora de Jesus. Como continuadores da missão, os seguidores de Cristo testemunham a unidade entre o Pai e o Filho.

3. Atualizando a Palavra
Jesus se manifesta como o Caminho, a Verdade e a Vida, através de sua entrega por amor, que culminou na morte salvífica e ressurreição. Nas comunidades primitivas, os cristãos eram identificados como o “Caminho” (At 9,2; 18,25; 24,22), pois seguiam a Cristo de forma radical na vida e na missão.

Iluminados pela fé dos primeiros cristãos, somos chamados a seguir Cristo como o Caminho, para construirmos um mundo mais justo e solidário. Ao levar a termo o amor e a fidelidade, ou seja, “a graça e a verdade” (Jo 1,14), características da ação de Deus (Ex 34,6), Cristo nos ensina a amar os que sofrem e são esquecidos. Seguindo o Cristo vivo, encontramos o caminho da verdade e da vida em plenitude.

Os seguidores e seguidoras de Cristo encontram, na oração e na adesão à Palavra os meios essenciais para assegurar a eficácia da evangelização, o serviço solidário aos irmãos necessitados. A ação do Espírito, o testemunho e o anúncio da Boa-Nova de Jesus proporcionam o surgimento de pessoas comprometidas com os pobres excluídos. O exemplo de Jesus, Caminho, Verdade e Vida, que se entregou totalmente por amor, leva à formação de comunidades servidoras da Palavra e da caridade.

A vida na fé é um longo caminho iniciado no batismo. Pelo batismo, participamos da vida nova em Cristo e nos tornamos “a raça escolhida, o sacerdócio do Reino, a nação santa, o povo que ele conquistou”, para anunciar as maravilhas da salvação. A Palavra do Senhor faz renascer a confiança e leva a reconhecermos que somos o seu povo: “Vós sois aqueles que antes não eram povo, agora porém são Povo de Deus” (1Pd 2,10). Guiados pela luz de Cristo nos tornamos povo sacerdotal, com a missão de transformar a sociedade e santificar o mundo, através do amor e da solidariedade. Com a força de Cristo ressuscitado, a “pedra angular” trilhamos o caminho a serviço da vida em meio aos desafios.

Poderíamos nos interrogar: “Como vai o caminho cristão que iniciei no Batismo? Está parado? Errei o caminho? Vagueio continuamente e não sei para onde ir espiritualmente? Paro diante das coisas que gosto: a mundanidade, a vaidade, ou vou sempre em frente, tornado concretas as palavras de Jesus: ‘Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida?’ No caminho da vida cristã é importante verificar constantemente se estamos seguindo com coerência ou se a experiência de fé foi perdida e ou interrompida ao longo do caminho” (FRANCISCO. Homilias na Capela da Casa da Santa Marta, 3 de maio de 2016).

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica
Nós, comunidade de fé, pedras vivas, raça escolhida, sacerdócio do Reino, nação santa, povo conquistado, nos reunimos para proclamar as obras admiráveis daquele que nos chamou das trevas para a luz.

Participarmos ativamente da celebração do Mistério de Cristo, uma vez que “as ações litúrgicas não são ações privadas, mas celebrações da Igreja, que é “sacramento de unidade”’, isto é, Povo santo reunido e ordenado sob a direção dos Bispos” (Sacrosanctum Concilium, n.26).

Renovamos nossa fé nele, que é o Caminho, a Verdade e nos conduz à verdadeira Vida, construindo desde já uma morada de paz e solidariedade.

Como povo sacerdotal, ofereçamos com ele ao Pai o culto espiritual, a oferta agradável de nosso louvor e de nossa vida. Que nossos corações não se perturbem, pois ele está no meio de nós e se dá como alimento verdadeiro.

Confiantes, deixemos que o Senhor guie nossa caminhada, como fizeram os primeiros cristãos. No caminho da fé, deixemos que Jesus nos mostre a verdade, no seu modo de agir, fiel ao projeto do Pai. Pelo batismo coloquemo-nos a serviço do Reino de Deus a exemplo dos escolhidos da primitiva comunidade cristã.

Preces dos fiéis:
Presidente: Peçamos a Deus que nos ajude a viver nossa vocação, caminhando com Cristo, fazendo Dele nossa verdade.
1. Senhor, que os pastores da Igreja e seu povo sigam Jesus, que é Caminho, Verdade e Vida. Peçamos:
Todos: Que Jesus, seja nosso Caminho, Verdade e Vida.

2. Senhor, que as autoridades se deixem iluminar pelos valores do Evangelho e defendam os direitos dos mais pobres. Peçamos:

3. Senhor, que nossas comunidades possam encontrar soluções criativas e eficazes para suas dificuldades. Peçamos:

4. Senhor, que os pais e mães conduzam seus filhos e filhas no caminho da verdade e da vida. Peçamos:

5. Senhor, abençoe todas as mães, a fim de que possam seguir o exemplo de Maria, que dedicou vida e amor a seu Filho Jesus. Peçamos:
(Outras intenções)
Presidente: Deus de bondade, atende as preces de teus filhos e filhas, e nos ajude a continuarmos firmes na fé. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

III. LITURGIA EUCARÍSTICA
ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS:
Presidente: Ó Deus, que, pelo sublime diálogo deste sacrifício, nos fazeis participar de vossa única e suprema divindade, concedei que, conhecendo vossa verdade lhe sejamos fiéis por toda a vida. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO:
Presidente: Ó Deus de bondade, permanecei junto ao vosso povo e fazei passar da antiga à nova vida aqueles a quem concedestes a comunhão nos vossos mistérios. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém

Benção Final
Presidente: O Senhor esteja convosco.
Todos: Ele está no meio de nós.

Presidente: Abençoe-vos o Deus todo-poderoso Pai, Filho e Espírito Santo.
Todos: Amém.

Presidente: Vamos em paz e que o Senhor vos acompanhe, Aleluia, Aleluia!
Todos: Graças a Deus, Aleluia, Aleluia!

ATIVIDADES DO BISPO DIOCESANO
Dia 12 de maio – sexta-feira: Atendimento na residência episcopal – 09h até 11h confirmar
Assunto: Crisma – São Judas Tadeu – Padre Alex Sander Turek Machado – Descalvado – 19h30min.

Dia 13 de maio – sábado: Crisma – Jesus Crucificado – Padre Vladimir – Iracemápolis – 19h00.

Dia 14 de maio – domingo: Crisma – Santuário São Sebastião – Padre Luiz Fabiano – Porto Ferreira – 08h00; Crisma – Sagrado Coração de Jesus – Padre Gilmarcos – Limeira, às 19h00.

Dia 18 de maio – quinta-feira: Conselho de Presbíteros – região norte -09h00 Pe. Vinícius – Pirassununga; Missa – novena Santa Rita de Cássia – Leme – Padre João Bosco – 19h30min.

Dia 19 de maio – sexta-feira: Crisma na Paróquia São Sebastião de Descalvado, Pe. Osmar Ataíde, às 19h00.

Dia 20 de maio – sábado: Crisma na Paróquia São Domingos Sávio, Americana, Pe. Ricardo Ap. Santos, às 18h00.


"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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