Dom Vilson Dias de Oliveira
DIOCESE DE LIMEIRA
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6)
Leituras: Atos 6, 1-7; Salmo 32 (33),
1-2,4-5.18-19 (R/.22); Primeira Carta de Pedro 2, 4-9; e João 14, 1-12.
COR
LITÚRGICA: BRANCA OU DOURADA
Animador: Aleluia irmãos e irmãs, Jesus Ressuscitou! Neste dia
Jesus nos diz que é “o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo14, 6). Nele encontramos
o sentido da vida, pois só seremos autênticos, quando nos afeiçoarmos mais com
Ele, no seu jeito de ser e principalmente no amor, como Ele nos amou. Hoje, de
um modo especial, vamos rezar por todas as mães, para que Deus as ilumine e dê
forças e coragem e que Maria seja o espelho em suas vidas.
1. Situando-nos brevemente
Neste 5º Domingo da Páscoa, celebramos a manifestação de Jesus
Ressuscitado como caminho, verdade e vida, pelo qual chegaremos ao Pai.
Perante às inseguranças do seguimento e das incertezas da
estrada, ele nos alenta em nossa caminhada com sua presença confortadora. Jesus
deixa claro que é caminho para o Pai.
Caminhar implica conhecer para onde se deseja chegar. O cansaço
não advém tanto do fazer caminho, mas do fato de não se saber aonde chegar.
Como Igreja que caminha na estrada de Jesus rumo ao Pai,
empenhemo-nos no compromisso batismal.
Que a melhor homenagem que hoje tributamos às nossas mães seja o
louvor e a ação de graças que, na alegria familiar elevamos a Deus, fonte de
todas as bênçãos do céu.
2. Recordando a Palavra
Na primeira leitura dos Atos dos Apóstolos, o aumento do número dos discípulos suscita o surgimento de novas
lideranças, para superar os desafios e aprimorar a atuação missionária das
comunidades primitivas. A eleição dos sete diáconos de origem grega
contribui para a abertura e a unidade da comunidade. A dedicação à oração e ao
serviço da Palavra (6,4) assegura a formação de novas comunidades, a eficácia
apostólica e a transformação social.
O serviço às mesas, a “diaconia”, é confiado a pessoas indicadas
pela comunidade. Os primeiros sete diáconos, “repletos do Espírito Santo e de
sabedoria”, tornam-se colaboradores dos apóstolos na evangelização. Seu
comprometimento assegura a assistência às viúvas desamparadas, representantes
dos pobres e excluídos. Os diáconos se dedicavam também ao anúncio do evangelho
e à administração do sacramento do Batismo (cf. At 8,4ss) mas seu ministério
era distinto daquele dos presbíteros (cf. 1Tm 3,8-13). Os apóstolos “oraram e
impuseram as mãos sobre eles” (At 6,6), demonstrando que o serviço do amor ao
próximo deve ser exercido de forma comunitária e ordenado. O dinamismo do
Espírito, a força da oração e da Palavra de Deus proporciona o crescimento das
comunidades, multiplica o número dos discípulos que aderem à fé em Cristo (cf.
6,7).
O salmo 32(33) convida a louvar o Senhor ao som de instrumentos
musicais, a cantar um cântico novo de alegria. O Senhor manifesta sua bondade e
fidelidade na criação do universo e na caminhada de libertação do povo. A sua
palavra realiza a verdade, o direito, a justiça. O seu olhar pousa sobre os que
confiam e esperam em seu amor.
Na leitura da Carta de Pedro, a comunidade eclesial, templo de
pedras vivas, é sustentada por Jesus Cristo, “a pedra que os construtores
rejeitaram (e que) tornou-se a pedra angular” (2,7; Cf. Sl 117 [118], 22). Os
cristãos, unidos a Jesus Cristo pelo Batismo, participam de sua vida, morte
salvífica e ressurreição e tornam-se pedras vivas na construção de um mundo
melhor. A missão batismal é ressaltada por meio das expressões: “raça
escolhida, o sacerdócio régio do Reino, a nação santa, o povo que ele
conquistou” (2,9). Essas imagens remetem à comunidade da aliança (cf. Ex
19,5-6), ao compromisso de Israel, o povo escolhido e formado por Deus para
anunciar o seu louvor (cf. Is 43,20-21).
O contexto da leitura do Evangelho é o da despedida de Jesus à
comunidade dos discípulos. As palavras de Jesus fortalecem a fé e à confiança
dos discípulos: “Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em Deus, tende fé
em mim também” (14,1). A partida de Jesus abre o caminho para a vida plena em Deus:
“Na casa de meu Pai há muitas moradas. Vou preparar um lugar para vós” (14,2).
Os discípulos, que haviam compartilhado a vida com o Mestre,
precisam agora acreditar em Jesus ressuscitado como o caminho para chegar ao
Pai. Tomé expressa o anseio da comunidade, para conhecer o caminho, de maneira experiencial:
“Como podemos conhecer o caminho?” (14,5). A resposta de Jesus é reveladora:
“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim”
(14,6). Jesus é o caminho que conduz ao Pai, pois ele é a verdade que liberta,
testemunhada no amor e na fidelidade até o fim. Assim, ele é o caminho da
salvação que oferece a vida plena (1, 4; 5,26; 10,10.28; 11,25-26). Quem segue
os passos de Jesus encontra o caminho, a verdade e a vida em sua Pessoa, que
proporciona a experiência de Deus como Pai.
Enquanto Tomé deseja conhecer o caminho, Felipe indaga sobre o
fim do caminho: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta” (14, 8). Ele manifesta
a necessidade do encontro profundo com o Pai por meio de Cristo. A resposta de
Jesus: “Há tempo estou convosco, e não me conheces, Felipe? Quem me viu, viu o Pai”
(14,9), mostra a comunhão perfeita de amor que há entre ele e o Pai. Jesus
revela o rosto do Pai através de sua vida, palavras e ações salvíficas: “Quem
me vê, vê aquele que me enviou” (Jo 12,45).
Jesus revela uma unidade perfeita com o Pai, na vida e na
missão: “Eu estou no Pai e o Pai está em mim” (14, 10.11; 10,38). Ele cumpriu
plenamente a obra confiada pelo Pai. Como o Mestre Jesus, os discípulos revelam
o Pai através de uma vida centrada no amor misericordioso. Quem permanece com
Jesus está em comunhão com o Pai e realiza suas obras de amor. O envio do
Espírito Santo, sua ação nos discípulos assegura “obras ainda maiores” (14,12), ou seja, a expansão da obra salvadora de Jesus. Como continuadores da
missão, os seguidores de Cristo testemunham a unidade entre o Pai e o Filho.
3. Atualizando a Palavra
Jesus se manifesta como o Caminho, a Verdade e a Vida, através
de sua entrega por amor, que culminou na morte salvífica e ressurreição. Nas
comunidades primitivas, os cristãos eram identificados como o “Caminho” (At
9,2; 18,25; 24,22), pois seguiam a Cristo de forma radical na vida e na missão.
Iluminados pela fé dos primeiros cristãos, somos chamados a
seguir Cristo como o Caminho, para construirmos um mundo mais justo e
solidário. Ao levar a termo o amor e a fidelidade, ou seja, “a graça e a
verdade” (Jo 1,14), características da ação de Deus (Ex 34,6), Cristo nos
ensina a amar os que sofrem e são esquecidos. Seguindo o Cristo vivo,
encontramos o caminho da verdade e da vida em plenitude.
Os seguidores e seguidoras de Cristo encontram, na oração e na
adesão à Palavra os meios essenciais para assegurar a eficácia da
evangelização, o serviço solidário aos irmãos necessitados. A ação do Espírito,
o testemunho e o anúncio da Boa-Nova de Jesus proporcionam o surgimento de
pessoas comprometidas com os pobres excluídos. O exemplo de Jesus, Caminho,
Verdade e Vida, que se entregou totalmente por amor, leva à formação de
comunidades servidoras da Palavra e da caridade.
A vida na fé é um longo caminho iniciado no batismo. Pelo
batismo, participamos da vida nova em Cristo e nos tornamos “a raça escolhida,
o sacerdócio do Reino, a nação santa, o povo que ele conquistou”, para anunciar
as maravilhas da salvação. A Palavra do Senhor faz renascer a confiança e leva
a reconhecermos que somos o seu povo: “Vós sois aqueles que antes não eram
povo, agora porém são Povo de Deus” (1Pd 2,10). Guiados pela luz de Cristo nos
tornamos povo sacerdotal, com a missão de transformar a sociedade e santificar
o mundo, através do amor e da solidariedade. Com a força de Cristo
ressuscitado, a “pedra angular” trilhamos o caminho a serviço da vida em meio
aos desafios.
Poderíamos nos interrogar: “Como vai o caminho cristão que
iniciei no Batismo? Está parado? Errei o caminho? Vagueio continuamente e não
sei para onde ir espiritualmente? Paro diante das coisas que gosto: a
mundanidade, a vaidade, ou vou sempre em frente, tornado concretas as palavras
de Jesus: ‘Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida?’ No caminho da vida cristã é
importante verificar constantemente se estamos seguindo com coerência ou se a
experiência de fé foi perdida e ou interrompida ao longo do caminho”
(FRANCISCO. Homilias na Capela da Casa da Santa Marta, 3 de maio de 2016).
4. Ligando a Palavra com ação litúrgica
Nós, comunidade de fé, pedras vivas, raça escolhida, sacerdócio
do Reino, nação santa, povo conquistado, nos reunimos para proclamar as obras
admiráveis daquele que nos chamou das trevas para a luz.
Participarmos ativamente da celebração do Mistério de Cristo,
uma vez que “as ações litúrgicas não são ações privadas, mas celebrações da
Igreja, que é “sacramento de unidade”’, isto é, Povo santo reunido e ordenado
sob a direção dos Bispos” (Sacrosanctum Concilium, n.26).
Renovamos nossa fé nele, que é o Caminho, a Verdade e nos conduz
à verdadeira Vida, construindo desde já uma morada de paz e solidariedade.
Como povo sacerdotal, ofereçamos com ele ao Pai o culto
espiritual, a oferta agradável de nosso louvor e de nossa vida. Que nossos
corações não se perturbem, pois ele está no meio de nós e se dá como alimento
verdadeiro.
Confiantes, deixemos que o Senhor guie nossa caminhada, como
fizeram os primeiros cristãos. No caminho da fé, deixemos que Jesus nos mostre
a verdade, no seu modo de agir, fiel ao projeto do Pai. Pelo batismo coloquemo-nos
a serviço do Reino de Deus a exemplo dos escolhidos da primitiva comunidade
cristã.
Preces dos fiéis:
Presidente: Peçamos a Deus que nos ajude a viver nossa vocação,
caminhando com Cristo, fazendo Dele nossa verdade.
1. Senhor, que os pastores da
Igreja e seu povo sigam Jesus, que é Caminho, Verdade e Vida. Peçamos:
Todos: Que Jesus, seja nosso Caminho, Verdade e Vida.
2. Senhor, que as autoridades se
deixem iluminar pelos valores do Evangelho e defendam os direitos dos mais
pobres. Peçamos:
3. Senhor, que nossas comunidades
possam encontrar soluções criativas e eficazes para suas dificuldades. Peçamos:
4. Senhor, que os pais e mães
conduzam seus filhos e filhas no caminho da verdade e da vida. Peçamos:
5. Senhor, abençoe todas as mães, a
fim de que possam seguir o exemplo de Maria, que dedicou vida e amor a seu
Filho Jesus. Peçamos:
(Outras
intenções)
Presidente: Deus de bondade, atende as preces de teus filhos e
filhas, e nos ajude a continuarmos firmes na fé. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.
III. LITURGIA EUCARÍSTICA
ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS:
Presidente: Ó Deus, que, pelo sublime diálogo
deste sacrifício, nos fazeis participar de vossa única e suprema divindade,
concedei que, conhecendo vossa verdade lhe sejamos fiéis por toda a vida. Por
Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.
ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO:
Presidente: Ó Deus de bondade, permanecei junto
ao vosso povo e fazei passar da antiga à nova vida aqueles a quem concedestes a
comunhão nos vossos mistérios. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém
Benção Final
Presidente: O Senhor esteja convosco.
Todos: Ele está no meio de nós.
Presidente: Abençoe-vos o Deus todo-poderoso Pai,
Filho e Espírito Santo.
Todos: Amém.
Presidente: Vamos em paz e que o Senhor vos
acompanhe, Aleluia, Aleluia!
Todos: Graças a Deus, Aleluia, Aleluia!
ATIVIDADES DO BISPO
DIOCESANO
Dia 12 de maio – sexta-feira: Atendimento na
residência episcopal – 09h até 11h confirmar
Assunto: Crisma – São
Judas Tadeu – Padre Alex Sander Turek Machado – Descalvado – 19h30min.
Dia 13 de maio – sábado: Crisma – Jesus
Crucificado – Padre Vladimir – Iracemápolis – 19h00.
Dia 14 de maio – domingo: Crisma – Santuário
São Sebastião – Padre Luiz Fabiano – Porto Ferreira – 08h00; Crisma – Sagrado
Coração de Jesus – Padre Gilmarcos – Limeira, às 19h00.
Dia 18 de maio – quinta-feira: Conselho
de Presbíteros – região norte -09h00 Pe. Vinícius – Pirassununga; Missa –
novena Santa Rita de Cássia – Leme – Padre João Bosco – 19h30min.
Dia 19 de maio – sexta-feira: Crisma na
Paróquia São Sebastião de Descalvado, Pe. Osmar Ataíde, às 19h00.
Dia 20 de maio – sábado: Crisma na Paróquia São
Domingos Sávio, Americana, Pe. Ricardo Ap. Santos, às 18h00.