DIOCESE
DE LIMEIRA
Vilson Dias de Oliveira
Deus
chama Samuel: Qual é o chamado que Deus no faz?
Leituras:
Primeiro
Livro de Samuel 3, 3b-10.19; Salmo 39 (40), 2.4ab.7-8a.8b-9.10 (R/
8a.9a); Primeira Carta de São Paulo Apóstolo ao Coríntios 6,
13c-15a.17-20; João 1, 35-42.
COR
LITÚRGICA: VERDE
Animador:
Na
passagem do Ciclo do Natal para o Tempo Comum, o 2º Domingo deste
Tempo, do Ano B, de Marcos, tem como centralidade o encontro com
Jesus. A partir deste encontro as pessoas não são mais as mesmas,
assumem uma nova proposta de vida e transformam-se em apóstolos,
discípulos missionários. Deixemos que o espírito missionário de
nossa Igreja também possa guiar nossos passos no caminho do Mestre!
1.
Situando-nos brevemente
Termina
o Tempo do Natal. Neste tempo, com as comunidades, cantamos: “Glória
a Deus e paz na terra aos homens de boa vontade”. E todos nós, ao
longo da vida, continuamos à procura dessa paz, dessa felicidade e
de Deus. Onde e como encontrar Deus, capaz de saciar nossa sede de
felicidade?
Nesta
celebração, ajudados por João Batista, reconhecemos Jesus, como
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo e como portador do
perdão e da paz verdadeira, vindos de Deus. Por esse motivo, na
liturgia de hoje, fazemos a experiência da intimidade com Ele e
renovamos o compromisso de dar o nosso testemunho do seu nome.
Por
isso é importante darmos conta de que o nosso caminhar é uma
procura de Jesus. Nele buscamos um sentido para a nossa vida pessoal
e comunitária, visto que nos caminhos da vida, muitas vezes,
precisamos parar e dizer ao Senhor: “Fala, que teu servo escuta”.
Desse
modo, temos certeza que, ao celebrarmos a Eucaristia estamos
mergulhando no amor de Jesus por nós, o qual é mostrado e
confirmado no madeiro da cruz.
2.
Recordando a Palavra
A
manifestação de Deus nem sempre é clara aos nossos olhos: Deus não
se impõe! A revelação passa pela meditação das pessoas pelos
sinais e pelos acontecimentos.
A
Primeira Leitura nos aponta a história da vocação de Samuel que
por sua vez tem a iniciativa de Deus, visto que é Ele quem chama,
interpela e desafia o homem a segui-lo. Por isso o texto deixa claro
que Deus não se faz ver, simplesmente, comunica sua voz, captada por
aqueles que estão atentos e prontos a ouvi-lo.
Desse
modo, a vocação de Samuel ajuda a clarear as dificuldades
vocacionais de cada pessoa. Samuel é ainda menino, e o Senhor se
manifesta de noite. A noite é o momento em que os ruídos externos
dão lugar ao silêncio interior. É também hora do sono e, para
ouvir a voz do Deus que fala, é necessário acordar.
De
fato, Deus não chama o menino por meio de visões. Para responder,
Samuel precisa despertar, levantar-se e caminhar. Uma noite de sono
interrompido, acaba resultando na resposta convincente: “Fala,
que teu servo escuta” (3,10).
Isso
demonstra que a vocação é um aprendizado constante, e precisamos
discernir em nós mesmos, o que Deus quer de nossa vida. E para isso
é necessário ouvir a voz do Senhor, isto é, estar atento ao
chamado que a cada instante ele nos faz.
O
Salmo 39 (4) é de ação de graças e súplicas de Cristo, cujo
alimento constitui fazer a vontade do Pai, e que na cruz ofereceu o
seu corpo em sacrifício pela Igreja, a qual, na sua pobreza, sente o
amor e o cuidado de Deus por ela (Igreja).
Por
esse motivo, Paulo lembra que nosso corpo é templo do Espírito
Santo. Ele diz a imortalidade não é uma necessidade física como
comer. Isso porque, com a morte, o estômago e os alimentos serão
destruídos por Deus, ao passo que o corpo será ressuscitado
glorioso pelo poder de Deus. Então, o corpo é destinado não à
imortalidade, e sim ao Senhor.
Paulo
no jeito que lhe é peculiar recorda, ainda, o que significa ser
cristão.
Com
a morte de Jesus, Deus nos “comprou
e pagou”,
de modo que pertencemos a Ele, formando uma só coisa com Cristo.
O
corpo de cada pessoa é, portanto, parte do Corpo de Cristo. Assim, o
corpo de cada pessoa adquire uma dimensão social: “Porventura
ignorais que vossos corpos são membros de Cristo?” (1Cor 6,15). E
“acaso ignorais que vosso corpo é templo do Espírito Santo que
mora em vós e que recebestes de Deus? Ignorais que não pertenceis a
vós mesmos?” (6,19).
Ao
final, Paulo tira as conclusões dessa delicada situação: o cristão
é membro do Corpo de Cristo e templo do Espírito Santo. Os que se
unem ao Senhor formam com Ele um só espírito. E é por meio do
corpo, assim entendido e resgatado, que podemos glorificar a Deus.
Já
o Evangelho de hoje (Jo 1, 35-42) procura responder à pergunta: “Que
procurais?”.
O testemunho de João Batista deve ter mudado completamente a vida
dos dois discípulos. Vendo Jesus passar diz: “Eis
o Cordeiro de Deus”. O
cordeiro pascal e salvador.
Os
dois primeiros discípulos devem tomar a iniciativa, sem esperar que
Jesus os chame. Para eles, bastou o testemunho de João Batista de
que Jesus é o libertador. A partir desse momento descobrem que em
Jesus está à resposta a todos os seus anseios. João Batista por
causa do testemunho perde os discípulos. Estes, pela coragem da
opção que fizeram, dão pleno sentido a suas vidas e passam a serem
testemunhas para os outros.
Jesus,
contudo, pergunta: “Que
procurais?”.
Obviamente, como discípulos, procuramos saber quem é Jesus. E Ele
testa nossa sede, perguntando-nos o que estamos procurando. A
resposta dos discípulos é movida pelo desejo de comunhão. “Onde
moras?”.
No
fundo, querem criar intimidade com Jesus. E para criar intimidade é
preciso partir e fazer experiências. “Vinde
e vede”.
Então eles foram e viram onde Jesus morava. E permaneceram com Ele
naquele dia. Permanecer, no Evangelho de João, é um verbo muito
importante. Mais tarde Jesus dirá: “Permaneçam
em mim”.
3.
Atualizando a Palavra
A
primeira leitura narra o chamado de Samuel. O insistente chamado por
parte de Deus reforça a dificuldade do jovem em identificar quem o
chama. De fato, o versículo 7 afirma que Samuel ainda não conhecia
o Senhor, muito embora ele estivesse dormindo junto à arca, no
Templo. Aqui está a chave da questão: não o chamado em si, mas o
reconhecimento de Deus que se dá por meio de outro.
Só
depois é que o jovem responde já iniciado pela percepção de Eli.
O mesmo se dá com os discípulos: os primeiros só reconhecem Jesus
quando João afirma, “eis
o Cordeiro de Deus”.
Em seguida, são eles que apresentam Jesus a Pedro, conduzindo-o ao
Mestre. O anúncio aos demais discípulos aparece no canto de
aclamação ao Evangelho: o foco recai sobre quem é Jesus e não
sobre o chamamento ou o seguimento.
A
Palavra de Deus nesta celebração chama a atenção para aspectos
importantes da vida cristã. Nosso encontro com o Messias, o Cordeiro
de Deus, se dá pelas mediações da comunidade, dos amigos, nos
sinais e ritos da celebração. Eles nos introduzem no caminho do
seguimento e nos revelam quem é Jesus. Por isso, é importante
avaliar qual a revelação de Deus que a comunidade cristã, a partir
da sua vida e da sua missão, está levando para os outros.
4.
Ligando a Palavra com ação litúrgica
O
rito da apresentação do pão e do vinho é acompanhado pelas
palavras “Felizes os convidados”. Quem preside pode substituir
esta formula mais usual por outra opção. Entre as demais opções
propostas, consta aquele que retoma o salmo 34(33), 9, o mais antigo
canto de comunhão da Igreja: “Provai
e vede como é bom o senhor; feliz o homem que nele se abriga”.
O
cálice e a patena com o vinho e o pão são sinais humildes e
simples da glória de Deus. Mas sua simplicidade nos remete a uma
realidade mais profunda e importante: a glória de Deus continua a se
manifestar em nossa história, onde Jesus nunca passa casualmente.
Na
fragilidade do pão partido e do vinho compartilhado, ele prolonga
seu convite a conhecer sua morada, isto é, seu modo de viver, o
mistério da sua vida. “Provai
e deve”,
quase igual à resposta de Jesus no Evangelho (“Vinde
e vede”), tem
então, no altar, sabor de intimidade e de reconhecimento. Resposta
ao nosso interesse de buscá-lo, segui-lo e conhecê-lo. A visão que
contempla o pão reconhece, pela fé, o Cordeiro de Deus.
Oração
dos fiéis:
Presidente:
Ao Pai que nos liberta e santifica pela força de seu Espírito,
façamos as nossas preces.
1.
Senhor, que a Igreja seja sempre anunciadora desta grande luz que vem
do “Cordeiro de Deus”. Peçamos:
Todos:
Senhor, seja a nossa luz!
2.
Senhor, que nossos governantes possam mostrar sempre a luz da
esperança para tantos irmãos e irmãs sofredores. Peçamos:
3.
Senhor, fortalecei a fé de nossa comunidade, para que o seguimento a
Jesus Cristo seja autêntico, tanto em palavras como em obras.
Peçamos
4.
Senhor, concedei a tua graça a todos os cristãos, que receberam a
luz divina no batismo, para que resplandeçam com a tua glória na
sociedade. Peçamos:
(Outras
intenções)
Presidente:
Senhor, que nos fizestes participantes da vocação e da missão do
teu Filho Jesus, atendei com carinho a nossa prece. Por Cristo, nosso
Senhor.
Todos:
Amém.
III.
LITURGIA EUCARÍSTICA
ORAÇÃO
SOBRE AS OFERENDAS:
Presidente:
Concedei-nos,
ó Deus, a graça de participar constantemente da Eucaristia, pois
todas as vezes que celebramos este sacrifício, torna-se presente a
nossa redenção. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos:
Amém.
ORAÇÃO
APÓS A COMUNHÃO:
Presidente:
Penetrai-nos, ó Deus, com o vosso Espírito da caridade, para que
vivam unidos no vosso amor os que alimentais com o mesmo pão. Por
Cristo, nosso Senhor.
Todos:
Amém.
BÊNÇÃO
E DESPEDIDA:
Presid.:
O Senhor esteja convosco.
Todos:
Ele está no meio de nós.
Presidente:
Concedei,
ó Deus, a vossos fiéis a bênção desejada, para que nunca se
afastem de tua vontade e sempre se alegrem com os teus benefícios.
Por Cristo, nosso Senhor.
Todos:
Amém.
Presidente:
(despede a todos).
Agenda
do bispo Dom Vilson para fevereiro/2018
Dia
01/02 – Quinta-feira: Abertura
da Novena – Lampadário na Paróquia N. Sra. de Lourdes, Pe.
Fernando Mendes, às 20h00, em Limeira, SP.
Dia
02/02 – Sexta-feira: Missa
e Posse de Pároco na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, Pe.
Deivison do Amaral, às 19h30, em Limeira, SP.
Dia
03/02 – Sábado: Casamento
de Murilo Biagiolli, Igreja N. Senhora da Boa Morte e da Assunção,
às 20h00, em Limeira, SP.
Dia
03/02 – Sábado: Leitura
de Documento de Vigário Paroquial do Pe. Paulo Henrique Oliveira,
Basílica Santo Antônio de Pádua, às 18h00, Cidade de Americana.
Dia
04/02 – Domingo: Missa
e Posse de Pároco na Paróquia N. Senhora Auxiliadora, Pe. Diego
Fabian Humeniuk, às 09h00, em Americana, SP.
Dia
04/02 – Domingo: Missa
e Posse de Pároco na Paróquia Santa Gertrudes, Pe. Israel Alves de
Souza, às 18h00, em Cosmópolis, SP.
Dia
09/02 – Sexta-feira: Missa
e Posse de Administrador Paroquial na Quase-Paróquia Nossa Senhora
de Guadalupe, Pe. Isael de Brito, às 19h30, em Americana, SP.
Dia
10/02 – Sábado: Missa
e Posse de Pároco na Paróquia São Benedito, Pe. Luís Fabiano
Canatta, às 18h00, em Americana, SP.
Dia
11/02 – Domingo: Missa
e Posse de Administrador Paroquial na Quase-Paróquia Santa Eulália,
Pe. Bruno Gabriel Steim, às 08h30, em Limeira, SP.
Dia
11/02 – Domingo: Missa
e Posse de Pároco Paróquia Nossa Senhora do Brasil, Pe. Paulo
Sérgio Lopes Gonçalves, às 18h30, em Americana, SP.
Dia
16/02 – Sexta-feira: Missa
e Posse de Pároco Paróquia Santa Ana, Pe. Jefferson Luís Leme da
Silva, às 19h00, em Limeira, SP.
Dia
17/02 – Sábado: Missa
e Posse de Pároco Paróquia São Camilo de Léllis, Pe. Antônio
Carlos de Almeida, às 19h30, em Americana, SP.
Dia
22/02 – Quinta-feira: Missa
e Posse de Administrador Paroquial na Quase-Paróquia Nossa Senhora
de Lourdes, Pe. José Valter Rossini, às 19h30, em Araras, SP.
Dia
23/02 – Sexta-feira: Missa
e Posse de Pároco Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Pe.
Gilmarcos da Silva Teixeira, às 19h30, em Americana, SP.
Dia
24/02 – Sábado: Missa
e Posse de Pároco Paróquia Jesus Crucificado, Pe. Rodrigo Alves, às
18h00, em Iracemápolis, SP.
Dia
25/02 – Domingo: Missa
e Posse de Pároco Paróquia São Paulo Apóstolo, Pe. Vitor Tomé
Minutti, às 08h00, em Limeira, SP.
Dia
25/02 – Domingo: Missa
e Crisma na Paróquia São Francisco de Assis, Pe. Ismael Vanderlei
Avi, as 16h00, em Araras, SP.