O documento conclusivo do I Sínodo Diocesano, realizado de setembro de 2008 a julho de 2010, ressalta a importância da busca pelo conhecimento da parte do catequista, bem como o leigo na função de protagonista da missão evangelizadora. Assim, o objetivo, portanto, é que um discípulo bem formado seja um missionário capacitado.
Com base nas orientações do Plano Diocesano de Evangelização e Pastoral (PDEP), no Projeto Estratégico 9, foi articulada a criação da Escola Catequética Diocesana (ECAT) nas Regiões Pastorais. Iniciada em fevereiro desse ano, a Escola Bíblico-Catequética está presente nas Regiões Pastorais, sendo uma resposta para a urgência de uma formação sistemática, a fim de que os catequistas tenham sempre em mente a importância de uma evangelização renovada, atualizada, dinâmica e comprometida com uma espiritualidade de seguimento a Jesus Cristo e de pertença à Comunidade Eclesial.
A Comissão Diocesana para a Animação Bíblico-Catequética reuniu-se em meados do mês de outubro para criação de um grupo específico de alinhamento, articulação e desenvolvimento das escolas nas regiões. Pe. Edinei Evaldo Batista, Pe. Thiago Dias Domiciano e Pe. Éverton Machado dos Santos, assessores para a Animação Bíblico Catequética e os representantes da comissão nas regiões pastorais, coordenação diocesana e a coordenadora da Escola Catequética Diocesana já existente na Diocese discutiram o caminho a ser seguido com o projeto.
“A intenção é facilitar o acesso a uma formação inicial de qualidade para os catequistas, por isso, elas são oferecidas nas Regiões Pastorais e as aulas tem duração de um ano. O conteúdo formativo abrange aspectos bíblico, teológico, pastoral e metodológico. Atualmente, todas as regiões estão contempladas, sendo que as regiões III e IV são atendidas pela mesma ECAT”, explica Pe. Éverton.
Para 2018, 612 catequistas foram inscritos, divididos pelas seis turmas. A meta do PDEP é que até 2021, todos os catequistas da Diocese tenham concluído a formação, uma vez que, em 2022, será exigido o certificado das Escolas Catequéticas para ingresso na pastoral nas paróquias. A proposta é que todos os habilitados recebam o Ministério Extraordinário da Catequese.
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Os resultados. Ainda que a curto prazo, percebe-se o entusiasmo dos catequistas ao adquirirem novos conhecimentos, mas, a médio e a longo prazo será possível constatar um grupo de catequistas melhor formado e, por isso mesmo, melhor preparado em responder aos desafios que se impõem à Iniciação à Vida Cristã, conforme já foi mencionado no início da reportagem. Certamente, a catequese não precisa apenas de catequistas bem formados no sentido acadêmico. Sobretudo, é necessária uma espiritualidade de comunhão com o Cristo vivo através da Igreja. “Isso não poderá nunca desaparecer no horizonte do educador da fé. No entanto, desprezar uma boa formação seria desprezar o sopro do Espírito que quer nos capacitar sempre mais para a missão”, assegura Pe. Éverton.
Uma das metas do Projeto 9 é promover a capacitação dos catequistas para que sua missão seja mais eficiente e eficaz. Na FOTO, ECAT da Região 3 e 4.
Representantes e coordenadores das RP’s já estão recebendo opiniões satisfatórias acerca das aulas da ECAT. “Recebemos um grande incentivo para esse despertar nas palavras de nosso bispo, Dom Cesar, no Encontrão Diocesano de Catequistas do ano passado. Quando ele se referiu ao Projeto das Escolas, que ofereceria uma oportunidade de uma sólida formação para os novos catequistas e oportunidade para aprofundamento a todos os catequistas já atuantes na catequese, muitos já começaram a nos procurar para informarem-se quando teria início,” lembra Maria Aparecida Pillizari, coordenadora diocesana da Animação Bíblico-Catequética.
Maria Aparecida comentou ainda da alegria que contagiava os catequistas nas primeiras aulas, todos com muito interesse em assimilar as matérias e obter os conteúdos passados pelos professores. Ela destacou ainda o empenho e disponibilidade dos professores e das paróquias que cederam espaço para que o projeto fosse colocado em prática.
“A ECAT, que está dando os seus primeiros passos neste novo modelo, surge como uma resposta aos desafios que nos são impostos. O nosso coração transborda de alegria e gratidão àqueles que abraçaram esse projeto. Oxalá todas as nossas comunidades paroquiais descubram o valor dessa iniciativa que veio para somar aos esforços que já existem no processo evangelizador em nossa Diocese. Que Maria, a Mãe da Evangelização, e São José intercedam por nós!”
Pe. Éverton Machado dos Santos