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sexta-feira, 10 de maio de 2019

Homilia do IV DOMINGO DA PÁSCOA


DIOCESE DE LIMEIRA - IV DOMINGO DA PÁSCOA

Limeira, 12 de maio de 2018






“EU DOU-LHES A VIDA ETERNA E ELAS

JAMAIS SE PERDERÃO”  Jo 10,28




LEITURAS: 1ª Leitura: At 13,14.43-52; Salmo Responsorial: 99 (100), 2.3.5 (R/. 3ac); 2ª Leitura: Ap 7,9.14b-17 e Evangelho: Jo 10, 27-30

COR LITÚRGICA: Branco ou Dourado.

O Círio Pascal permanece em destaque no espaço celebrativo, memorando-nos a presença do Cristo Ressuscitado que doa de si para que suas ovelhas jamais pereçam. Neste IV Domingo, consagrado como “Domingo do Bom Pastor”, pode-se acrescer no espaço celebrativo uma imagem ou estampa do Cristo Bom Pastor.


ANIMADOR: O Ressuscitado, o Bom Pastor, dá a vida eterna pelo bem do rebanho, Aleluia! No quarto Domingo Pascal, Jesus manifesta-se como o Bom Pastor, que vela pelo bem de seu rebanho, oferecendo sua vida, que é vida eterna. Ele conhece suas ovelhas, e suas ovelhas lhe seguem! Que todos os fiéis, participes da vocação batismal, encantem-se sempre mais pela voz de Jesus, e através da conversão diária, guiem-se pelo seu exemplo e ensinamentos. Também hoje, recorda-se o Dia Mundial de Oração pelas Vocações.

CONTEXTUALIZANDO A PALAVRA
No Tempo Pascal, o quarto Domingo é tradicionalmente chamado de domingo do “Bom Pastor”. O título tem razão de ser, pois as leituras e as orações nos levam a contemplar Jesus como o Bom Pastor, aquele que dá a sua vida pelas ovelhas. Na Páscoa, esse mistério é ainda mais acentuado quando se considera a morte e ressurreição do Senhor como a suprema doação da vida do Filho de Deus para a salvação do mundo.

A oblação que Jesus faz de sua vida se prolonga na vida de muitos homens e mulheres que se entregam pela vida dos outros, doando-se gratuitamente por motivações das quais poderiam se eximir. Entretanto por decisão livre, por solidariedade, por reconhecimento de tudo o que são e possuem, movidos pelos impulsos do Espírito, religiosos ou não, fazem da sua existência um serviço de amor capaz de gerar vida nova e, em muitos casos, salvação.

A Eucaristia é o lugar privilegiado de reconhecimento desses sinais do Ressuscitado espalhados na sociedade e no mundo. Ela abre nossos olhos e ouvidos para contemplar a misteriosa ação de Deus na história, projetando a luz da fé sobre as coisas bonitas que a televisão, os jornais, e a cultura atualmente não querem mostrar.

O cristão, que vive da vida nova do Ressuscitado, rompe com os esquemas que aprisionam a vida que Deus ofereceu livremente para todos em seu Filho. Com a força e a coragem do Pastor, lutam pela universalidade da salvação que não ficou aprisionada nem à cruz e nem ao sepulcro.

RECORDANDO A PALAVRA
A narrativa evangélica traz riquezas imensuráveis, sobretudo, quando confrontadas com as demais leituras da liturgia desse dia. Jesus não se declara o Bom Pastor. Porém o capítulo, de onde o texto foi extraído, oferece essa auto declaração de Jesus, como tal, aqui prolongada em contexto de conflito. De fato, os versículos extraídos não deixam transparecer em que situação Jesus afirmou tais coisas.

Jesus estava sendo pressionado pelos seus opositores a declarar abertamente se era ou não o Messias. Tirando o fato de que a ideia do Messias no tempo de Jesus era um tanto ambígua e que, por isso, Jesus se recusara a afirmar publicamente a sua messianidade, o contexto faz entender quem são as ovelhas de Jesus. Por certo, não são aqueles que o pressionam, pois esses não escutam a sua voz, rejeitam a sua Palavra e as obras que lhe dão corpo.

Eles ainda não reconhecem a estreita ligação de Jesus com o Pai. As afirmações de Jesus no evangelho, na verdade, fazem contraste com a rejeição dos seus adversários que, ao final do diálogo, apanham pedras para lapidar Jesus.

No entanto, o contexto litúrgico explicita e amplia a visão a outros aspectos não tão claros e oferece novas relações, pois as ovelhas são dadas a Jesus pelo Pai. Ele, na verdade, é o Pastor de Israel, assim reconhecido pelos judeus, conforme entoou o salmo de resposta: “nós somos seu povo e seu rebanho”.

De outro lado, a liturgia aponta para as ovelhas como aquelas que escutam a voz do Filho de Deus. Essa é sua marca distintiva: elas não se distinguem mais por uma raça ou nação, mas pela adesão ao Messias, o Filho de Deus, e a sua Palavra. Assim narra os Atos, quando mostra a oposição dos judeus ao anúncio do evangelho e a adesão dos pagãos. Do mesmo modo, o livro do Apocalipse fala de “uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar”.

A mudança de perfil das ovelhas assinala aquilo que verdadeiramente importa: a escuta da voz de Cristo, que significa a adesão a Ele. Essas são dadas pelo Pai ao Filho. A pertença a Jesus é assegurada pelo Pai e igualmente pelo Filho, visto que ambos são um só. As ovelhas também se perdem, pois são participantes da vida eterna que lhes foi dada por Jesus.

Mas o Filho que com o Pai é um, e igual ao Pai tem firme na mão suas ovelhas, tem também alguma identificação com elas. No livro do Apocalipse, Ele é o Cordeiro. Com seu sangue, as ovelhas lavaram e alvejaram as suas vestes. O texto, retomando a mesma temática do Salmo 23 (22) diz que o Cordeiro é o pastor que conduzirá as ovelhas para as fontes da água da vida. Cristo é, a um só tempo, Pastor e Cordeiro, um com o Pai e um com o rebanho.

ATUALIZANDO A PALAVRA
Dois aspectos enriquecem a vida cristã neste Domingo: a comunhão e a doação de si. Jesus entra em comunhão com o seu rebanho e se doa voluntariamente pela salvação dos seus. Essa comunhão e autodoação têm sua fonte no amor entre o Pai e o Filho. Comunhão e autodoação é o modo de ser de Deus e, por meio de Jesus passa a ser o modo de ser dos cristãos.

Assuntos e realidades como a fome, a violência, a dependência química, a injustiça que arranca os direitos essenciais à vida, as doenças, a corrupção, que criminosamente se propagam entre nós, são do nosso interesse e exigem ações da nossa parte em vista da vida e da salvação de todos. A experiência da ressurreição não pode ser entendida como graça particular, porém como missão, norma de uma vida aberta e devotada aos outros.

Não se faz necessário bancar o super-herói atento aos atos criminosos ou perigos sofridos por outrem. A vida exige que trabalhemos, cumpramos nossas obrigações, façamos nossos deveres, como cuidar da casa, da família, da própria saúde, até mesmo do lazer e do descaso. Contudo, é preciso encontrar lugar para o amor abnegado, gratuito e desinteressado. Encontrar tempo para sair de si e encontrar o outro que necessita.

LIGANDO A PALAVRA COM A AÇÃO LITÚRGICA
Através da Oração do Dia, a Liturgia deste Domingo eleva uma suplica a Deus para que os fiéis sejam conduzidos “à comunhão das alegrias celestes, para que o rebanho possa atingir a fortaleza do Pastor”. A Oração é bela e profunda, pois traduz de modo perfeito e poético o fim da vida cristã. A liturgia coloca os fiéis em jogo de identidade com o Bom Pastor: pela reunião, pela Palavra, pela Eucaristia, pela missão, todos vão se configurando a Cristo e deixando que ele imprima na comunidade, pela força do Espírito, as feições que lhe são próprias.

Na reunião da comunidade, todos fortalecem sua identidade de povo escolhido e reunido no amor de Cristo. Na escuta da Palavra, segundo o que ensina o evangelho de hoje, todos participam de sua vida entregue voluntariamente para a salvação do mundo, nos ritos de envio, todos são dispersos na força do Espírito para levar a Paz de Cristo ao mundo.

Mas nada disso é feito sem que provenha do próprio Cristo a iniciativa: de reunir seu rebanho, de lhes falar ao coração, de nutrir sua fé à mesa da eucaristia, de lhes fortalecer no envio. É a fortaleza do Pastor que configura o rebanho.

Essa fortaleza é o outro nome do Espírito que conduziu Jesus e que agora age sobre o seu Corpo, a Igreja, distribuindo para todos os membros as riquezas da Cabeça. A celebração nos faz rebanho do Cristo. Todavia um rebanho para os outros, em vista da salvação do mundo.

ORAÇÃO DA ASSEMBLEIA
PRES.: Irmãos e irmãs, a voz do Bom Pastor ecoa no coração do rebanho, oferecendo-lhe a vida em plenitude. Através de seu amor, Jesus zela pelas ovelhas, ao mesmo tempo que as conduz ao Pai. Nas súplicas que agora elevamos, roguemos ao Ressuscitado para que sejamos sempre dóceis a sua voz:

R/. Jesus Bom Pastor, atendei nossas súplicas!

1.    Pela Igreja de Deus, aprisco do Ressuscitado, para que testemunhando o seu Mestre e Senhor, conduza seus fiéis a vida e a salvação, rezemos.

2.    Pelos nossos pastores: o Papa Francisco, nosso Bispo Vilson, nosso pároco e todo o Clero, para que para que sejam fiéis continuadores da missão iniciada por Jesus em instaurar no mundo o Reino de Deus, rezemos.

3.     Por todos os jovens que o Bom Pastor chama a segui-lo, para que sejam sempre mais atentos ao seu doce e suave convite: “Vem e segue-me” (Mt 19,21), rezemos.

4.    Para que o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, fomente em nossas Paróquias e Comunidades, a promoção vocacional, cooperando assim, para que em nosso meio surjam novas e santas vocações de amor-doação, rezemos.

5.    Por todos nós, que nesta Eucaristia ouvimos a voz do Bom Pastor, e tomamos parte no Seu Banquete, para que nos empenhemos no serviço em prol do rebanho e abramos nossos corações ao Espírito Santo que fala através dos sinais dos tempos, rezemos.

PRES.: Senhor Jesus, Bom Pastor de nosso rebanho, abri nossos corações ao apelo de Vossa voz, e acolhei nossas preces que humildemente vos dirigimos, para que jamais falta ao rebanho a diligência de seu Pastor. Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
T.: Amém.

LITURGIA EUCARÍSTICA

ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS

PRES.: Concedei, ó Deus, que sempre nos alegremos por estes mistérios pascais, para que nos renovem constantemente e sejam fonte de eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor.
T.: Amém.

ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO
PRES.: Velai com solicitude, ó Bom Pastor, sobre o vosso rebanho e concedei que vivam nos prados eternos as ovelhas que remistes pelo sangue do vosso Filho. Que convosco vive e reina para sempre.
T.: Amém.

AVISOS

BENÇÃO SOLENE: TEMPO PASCAL, p. 523 do Missal Romano.

PRES.: Deus, que pela ressurreição do seu Filho único vos deu a graça da redenção e vos adotou como filhos e filhas, vos conceda a alegria de sua benção.
T.: Amém.

PRES.: Aquele que, por sua morte, vos deu a eterna liberdade, vos conceda, por sua graça, a herança eterna.
T.: Amém.

PRES.: E, vivendo agora retamente, possais no céu unir-vos a Deus, para o qual, pela fé, já ressuscitastes no batismo.
T.: Amém.

PRES.: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho + e Espírito Santo, Aleluia, Aleluia.
T.: Amém, Aleluia, Aleluia!

PRES.: Ide, em paz e o Senhor vos acompanhe, Aleluia, Aleluia!
T.: Graças a Deus, Aleluia, Aleluia!


"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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