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quinta-feira, 2 de maio de 2019

Homilia do III DOMINGO DA PÁSCOA


DIOCESE DE LIMEIRA - III DOMINGO DA PÁSCOA

Limeira, 05 de maio de 2019



 “JESUS APROXIMOU-SE, TOMOU O PÃO

E DISTRIBUIU-O POR ELES”
        Jo 21,13


LEITURAS: 1ª Leitura: At 5,27b-32.40b-41; Salmo Responsorial: 29 (30),2.4.5-6.11.12a.13b (R/.2a); 2ª Leitura: Ap 5,11-14; Evangelho: Jo 21,1-19

COR LITÚRGICA: Branco ou Dourado

Também neste domingo pascal, tem destaque no espaço celebrativo o Círio Pascal, que representa o Ressuscitado, que permanece junto dos seus, renovando através de Seu amor o seu chamado ao seguimento.


ANIMADOR: Esta é a Páscoa do Senhor que nos ama com amor incondicional, Aleluia!
Ao celebrarem a Páscoa semanal do Senhor, os cristãos fazem a experiência do Cristo Ressuscitado que oferece de modo incondicional o seu amor. O chamado a Pedro, para que apascente o seu rebanho, perpetua-se na profissão de fé da Igreja ao longo dos séculos, sobretudo na autoridade do Papa. Cada batizado é cooperador nesta missão, fazendo germinar o amor que se faz serviço por Cristo que não está morto, mas vivo e ressuscitado.

CONTEXTUALIZANDO A PALAVRA
O terceiro domingo da Páscoa, domingo da pesca milagrosa, orienta-se à experiência da companhia do Ressuscitado que se manifesta aos seus discípulos.

O Tempo Pascal integra o “Grande Dia do Senhor”, o Dia que Ele mesmo fez para nós. Neste período, a Igreja se encontra com Jesus e busca contemplá-lo de modo especial através dos mesmos gestos que Ele realizava enquanto estava na companhia de seus discípulos. A liturgia celebrada nos dá acesso a estes gestos de maneira que permaneçamos unidos a Jesus corporalmente, assumindo na história humana o posto de sacramento daquele que é Morto-Ressuscitado.

Supliquemos ao Senhor que abra nossos olhos para percebermos sua presença em nosso meio, sobretudo, frente a nossas labutas, de modo que sejamos firmes na missão evangelizadora, apesar de tantos percalços e traumas.

RECORDANDO A PALAVRA
A cena do Evangelho de hoje mostra o ressuscitado aparecendo mais uma vez a seus discípulos, às margens do mar Tiberíades. Neste relato, aparece a atividade de sete discípulos (v.2), o que simbolicamente representa a totalidade. Pedro é o seu líder. É de Pedro a decisão primeira de ir lago adentro para pescar, sendo seguido pelos outros discípulos. Tal relato dá-se de noite, tempo propício para a pesca. Mas, eles nada apanham. Ao que tudo indica, encontravam-se numa situação de desânimo, tristeza, frustração e falta de perspectivas.

Ao amanhecer, na beira do lago, veem um homem, que eles ainda não reconhecem como Jesus. Ele pede de comer. Como os discípulos nada têm, a ordem é que voltem a pescar. O resultado foi surpreendente: as redes se enchem e a fartura foi tamanha que todos matam a sua fome e o mestre é reconhecido. A palavra de Jesus os reanima. Ele prepara e faz com eles a partilha do pão e do peixe. Chegando à praia, os discípulos veem em primeiro lugar os sinais do amor de Jesus para com eles. Pedro se enche de tamanha energia que, sozinho arrasta a rede para a praia com cento e cinquenta e três grandes peixes. Tal gesto ilustra-nos que a comunidade, sob o mandato de Jesus, é capaz de reunir todos os povos em torno de si, sem sofrer qualquer ruptura.

Terminada a celebração, começa um diálogo entre Jesus e o líder Pedro. O Texto parece indicar que, nas comunidades joaninas dos anos 90, a autoridade de Pedro estava abalada. Jesus quer que Pedro fundamente essa autoridade no amor-doação que se faz total, gratuito, recíproco. Jesus não quer de Pedro apenas uma amizade de bem querer ou companheirismo, que fraqueja facilmente. Por isso, repete três vezes a pergunta.

Das lideranças das comunidades Jesus exige amor até as últimas consequências. Esse amor fiel ao projeto de Jesus deve ser construído nas relações comunitárias, no serviço realizado pelo Apóstolo. O texto sintomaticamente faz uma alusão à tríplice negação de Pedro.

Observemos a mesma intenção no livro dos Atos dos Apóstolos. Os apóstolos, liderados por Pedro, dão testemunho do Mestre até o sofrimento e a tortura. Pedro, que já fora pedra de tropeço, agora aprendeu o sentido do amor. Com intrepidez, diante do sumo sacerdote, proclama: “É preciso obedecer a Deus, antes que aos homens” (v.29), aconteça o que acontecer. Para os discípulos, essa foi, com certeza, uma profunda experiência do ressuscitado. O Espírito de Jesus lhes deu essa compreensão que não haviam captado durante a vida pública de Jesus. Agora eles se identificam com o Senhor, a ponto de vibrarem com os sofrimentos e a cruz.

O texto do Apocalipse também busca reanimar a fé das comunidades joaninas no Cordeiro imolado, que passou pela humilhação da cruz e da morte, agora vivo e ressuscitado junto ao trono de Deus. Apesar da situação de morte que as comunidades estão vivendo, a visão de João aponta para uma grande liturgia no céu: miríades de anjos entoam um hino ao Cordeiro.

Ele recebe sete atribuições: poder, riqueza, sabedoria, força honra, glória e louvor. É a superação de todo tipo de dor, sofrimentos, tristeza, morte. Isto é incontestável, verdade pura. Por isso se proclama solenemente: amém! Lembremos que essas honras, que o Cordeiro recebeu, eram atribuídas somente a reis e imperadores, que se autoproclamavam deuses.

ATUALIZANDO A PALAVRA
Por vezes o modo como agimos frente as exigências do mundo, assemelha-se ao dos discípulos: vamos peregrinando nas escuridões sem contar com a luz do ressuscitado, nos perdemos na ótica do capitalismo globalização (consumismo, individualismo, competição, guerras, violência, depressão). Assim, faz-se necessário, o reencontro com o Ressuscitado, através da recordação de sua Palavra que nos exorta a prática do amor incondicional.

A comunidade só se mantém unida, quando centra seu discurso e práxis em Jesus. Pedro é o primeiro que toma a iniciativa de ir mar adentro pescar. A cena parece sugerir que os discípulos estão na missão em terras de gentios, de pagãos. Daí o símbolo do mar, cheio de desafios. Quais são os desafios de nossa ação evangelizadora hoje? Em que ambientes evangelizamos? (CNBB. Comunidade de comunidades: uma nova paróquia. A conversão pastoral de paróquia. Doc. CNBB, 100, Brasília: Edições CNBB, n. 11-27).

A cena mostra os discípulos agindo em conjunto, em grupo. No erro, nas escuridões da vida, a presença do companheiro é muito importante. Nosso serviço evangelizador deve ser partilhado, feito em mutirão. Assim clareia mais, fica mais fácil enxergar Jesus. Muitas vezes é o individualismo e a insensibilidade que não nos permite ver Jesus. Ele está no meio de nós na partilha, ressuscitado, e nós não percebemos sua presença ou nos tornamos indiferentes a ela.

Manter os olhos e ouvidos bem abertos para a escuta da Palavra reanima o evangelizador e possibilita que as redes se encham de peixes. A comunidade que obedece a Jesus será certamente uma comunidade fecunda, cheia de vida e exemplar nos gestos de misericórdia e também caridade.

João, dito discípulo amado é o primeiro a reconhecer Jesus. O amor de Jesus por João certamente deixará marcas profundas em sua vida. Neste interim, cabe-nos uma indagação: temos intimidade com Jesus?

Pedro, que estava nu, vestiu a roupa e atirou-se ao mar. Talvez se tenha lembrado do manto que Jesus colocou, quando se pôs a servir no lava-pés. Quando temos fé no ressuscitado, nosso entusiasmo pelo serviço é facilitado: entramos no mar da vida e servimos com alegria e facilidade, sem pesar as consequências.

O grande sinal de Jesus é a comunhão, a partilha do pão e do peixe. “Venham comer”! Quando encontramos estes gestos de solidariedade em nosso dia a dia, sabemos que são sinais do Reino. Neles reconhecemos Jesus, sem precisar perguntar “quem é aquele homem que está lá na praia?”.

O diálogo entre Jesus e Pedro revela que nenhum agente de pastoral pode apascentar o rebanho de Deus, se não permite ser conduzido pela vontade de Deus; se não estamos prontos a testemunhar Cristo com o dom de nós mesmos, sem reservas nem cálculos, por vezes à custa da nossa própria vida.

LIGANDO A PALAVRA COM A AÇÃO LITÚRGICA
Hoje, Jesus nos convida uma vez mais: “venham e comam”. Somos uma comunidade eucarística com a missão de testemunharmos em nossas vidas a vontade do Pai.

A oração do dia reza a exultação do povo em ser renovado pela Páscoa de Cristo e lança aos fiéis o desafio de permanecerem na esperança da ressurreição. Santo Atanásio afirmava: “Jesus ressuscitado, converte a vida do ser humano em uma festa contínua” (URTASUN, Cornelio. Las oraciones del Misal. Escuela de espitiruallidad cristian. Barcelona: Centro de Pastoral Litúrgica, 1995, p. 263).

E acrescentou: “a Páscoa rejuvenesce a vida dos fiéis”. De fato, somos “novas criaturas” que entoam o “canto novo” que consiste na “glória de seu nome”, conforme indica-nos a antífona de entrada: “Aclamai a Deus, toda terra, cantai a glória de seu nome, rendei-lhe glória e louvor, aleluia!”.

A celebração litúrgica ao realizar a vida de Cristo, no coração da assembleia, lhe permite irradiar a glória do Senhor que não significa outra coisa que torná-lo manifesto ao mundo por meio da fidelidade ao seu mandato e à sua herança: o amor. Amar os irmãos, arriscar-se pela fraternidade universal que torna forma nos pequenos gestos de carinho e solidariedade locais, revela o Nome de Deus em nós, Este nome é “Cristo”: Cristo em nós, fazendo-nos partícipes de sua ressurreição por causa de sua compaixão para com o gênero humano.

A vida nova que abraçamos se exprime pelos gestos típicos que dão forma à celebração litúrgica. Gestos humanos que se tornam divinos, porque Cristo os assume. E uma vez que os gestos são expressão de quem somos, nós mesmos tomamos parte na eternidade, cujas portas foram abertas a nós por Cristo uma vez por todas.

Lembrando que a eternidade não tem a ver com “duração” da vida, mas com a sua qualidade. Ao darmos corpo ao amor de Cristo, tornando-nos memória perigosa d’Ele, permitimos que Ele em nós se manifeste e – arriscando-nos uns pelos outros – adentramos no céu. 

ORAÇÃO DA ASSEMBLEIA
PRES.: Irmãos e irmãs, Cristo Ressuscitado se faz presente e atuante na Comunidade, convidando e renovando o convite ao Seu seguimento, por meio de uma vida de total amor e gratuidade. Na oração que elevamos, peçamos pela fidelidade de seu povo escolhido:

R/. Cristo Ressuscitado, escutai nossas súplicas!

01. Pela Igreja de Deus, que todos os anos faz memória e atualiza a Páscoa do Senhor, para que os mistérios que neste tempo celebramos, antecipem no coração dos fiéis as alegrias da Páscoa definitiva, rezemos.

02. Pelo Santo Padre, o Papa Francisco, por nosso Bispo Diocesano, Dom Vilson, e pelo Clero, para que, acolhendo e renovando em seus corações o convite que o próprio Cristo lhes faz, possam anunciar o Seu amor entre todos os fiéis, rezemos.

03. Por nossas Paróquias e Comunidades, que se reúnem para celebrar o Senhor em cada Liturgia, para que sejam fortalecidas pelo Espírito Santo e revelem em seus respectivos contextos a face de uma Igreja em saída, rezemos.

04. Pelos que não creem em Cristo ou que negam sua fé frente aos desafios do mundo, para que deixem-se tocar pela Palavra e pelo bom testemunho dos irmãos, e confessem a semelhança de Pedro seu amor por Jesus, rezemos.

05.  Por nossa comunidade que se reúne para a Páscoa semanal do Senhor, para que a Palavra e o Pão Eucarístico nos instruam e fortaleçam na luta por um mundo mais justo, rezemos.

PRES.: Senhor Jesus, que, pelos vossos mistérios pascais, fortaleceis a Igreja pelo chamado e missão dos discípulos, fazei-nos também fieis em vosso seguimento e autênticos colaboradores da causa de vosso Reino. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos.
T.: Amém.

LITURGIA EUCARÍSTICA

ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS
PRES.: Acolhei, ó Deus, as oferendas da vossa Igreja em festa. Vós que sois a causa de tão grande júbilo, concedei-lhe também a eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor.
T.: Amém.

ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO
PRES.: Ó Deus, olhai com bondade o vosso povo e concedei aos que renovastes pelos vossos sacramentos a graça de chegar um dia à glória da ressurreição da carne.  Por Cristo, nosso Senhor.
T.: Amém.

AVISOS

BENÇÃO SOLENE: TEMPO PASCAL, p. 523 do Missal Romano.

PRES.: Deus, que pela ressurreição do seu Filho único vos deu a graça da redenção e vos adotou como filhos e filhas, vos conceda a alegria de sua benção.
T.: Amém.

PRES.: Aquele que, por sua morte, vos deu a eterna liberdade, vos conceda, por sua graça, a herança eterna.
T.: Amém.

PRES.: E, vivendo agora retamente, possais no céu unir-vos a Deus, para o qual, pela fé, já ressuscitastes no batismo.
T.: Amém.

PRES.: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho + e Espírito Santo, Aleluia, Aleluia.
T.: Amém, Aleluia, Aleluia!

PRES.: Ide, em paz e o Senhor vos acompanhe, Aleluia, Aleluia!
T.: Graças a Deus, Aleluia, Aleluia!

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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