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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Leitura Crítica da Sagrada Escritura X Fundamentalismo


· Revelação Divina e Inspiração Bíblica
Revelação Divina:
- Não é um “bloco caído do céu sobre o teto da humanidade”;
- Não é algo estranho ao ser humano;
- Não se manifesta de forma abstrata, desencarnada, fora da realidade;
- Não se apresenta de forma mágica e extra-ordinária;
- É a comunicação concreta de Deus, de forma sobrenatural, manifestada naquilo
que é natural;
- É a comunicação feita por Deus ao homem, de verdades que o homem ignorava
antes da intervenção de Deus;
- Jesus Cristo é a própria comunicação de Deus. Ele aperfeiçoa e completa a
Revelação;
-Toda comunicação de Deus se dá no plano natural. Deus proporciona , nas coisas
criadas, um permanente testemunho de si;
-Deus continua se revelando cotidianamente, comunicando nada além do que já fora
revelado em Cristo, porém, de uma forma sempre nova.
Inspiração Bíblica
- A Bíblia, toda ela é sob inspiração do Espírito Santo;
- Os livros da Bíblia têm deus como verdadeiro autor, e assim foram confiados à
Igreja;
- Deus escolheu homens, dos quais se servi, fazendo-os usar suas próprias
faculdades e capacidades, como verdadeiros autores;
- Inspiração Bíblica não é um ditado de palavras vindas do céu;
- Também não é uma força estranha que faz o ser humano agir de forma não
humana;
- Deus fala ao coração do homem e não aos seus ouvidos;
- Deus ilumina o ser humano no discernimento dos conceitos que ele já tem, entre o
que é e o que não é vontade de Deus;
- É fruto de uma intimidade com Deus e com seu plano de amor.
“Inspiração Bíblica é, antes do mais, uma luz que ajuda o homem a avaliar os
conhecimentos que já tem; ela nada acrescenta, nem mesmo em matéria
religiosa e teológica”.
· História e Relato Bíblica
Nas Sagradas escrituras existe uma infinidade de relatos que não são histórias no
sentido moderno da palavra.
História
- É o Acontecimento, o fato concreto, o movimento narrado tal qual acontecido;
- Aponta para a informação positivista e concreta de um fato que se dá,
necessariamente em um lugar e em determinado tempo, cosiderando todas as
influências externas e internas de cada época e situação;
- No mundo antigo, a história era o passado lembrado, recordado; o passado era o
que era dito e narrado e não se fazia uso de documentos antigos;
- Nas narrativas bíblicas estão implícitas, quando não explícitas, aspectos, sejam de
ordem literária, social, econômica, política, que nos aproximam de determinados
fatos históricos.
Relato Bíblico
Distinção entre eventos (acontecimentos) e relatos (interpretações dos acontecimentos)
Tradições orais Diferente de
História no sentido Fala mais do hoje
Moderno. Que do ontem.
3 ou 4 séculos
Presença de Deus no cotidiano
1a fixação por escrito (950 a . C)
- Os relatos não são narrações de eventos, ou seja, apresentação de fatos,
acontecimentos ou reportagem jornalística;
- São a interpretação de certos eventos, de certos acontecimentos;
- No caso dos relatos bíblicos, este se tratam da interpretação dos eventos à luz da fé
de Israel, fé consciente de que Deus é presente na história;
- O Relato Bíblico utiliza-se do passado para pensar no presente e falar para o
presente. Os relatos falam mais do hoje que do ontem;
- Na Bíblia, nós encontramos, mais que o puro fato, o relato dos acontecimentos, a
explicação dos fatos.
“ Por isso dizemos que, mais que o puro fato, é importante o ensinamento que está
escondido, talvez no que costumamos chamar de ‘efeitos especiais do texto’”.
Paróquia Nossa Senhora do Rosário
I Semana Bíblico-Catequética
15/07/2003
A História de Israel
História de Israel
Relatos (lendas, epopéias, contos populares, genealogias, etc.)
Através deles capta-se algo sobre a vida nesse tempo.
☻PATRIARCAS ► Nomes: Abraão, Isaac, Jacó = epônimos (representam grupos ou clãs)
no início, independentes.
Jacó provavelmente o mais antigo
- residiam do outro lado do Eufrates
- vão para Canaã quando da conquista dos assírios
- adoram “Pahad” (Deus da descendência)
- entram na Palestina por volta de 1250 a .C. este grupo vem do Egito
Abraão Este nome, isoladamente, só aparece 3 vezes nos profetas (Mq 7,20; Is 29,22; Ez 33,24)
- itinerário de Abraão => Ur à Harã => ITINERÁRIO DOS EXILADOS DA Babilônia
- Abraão (geograficamente) => região de Hebron e de Mambré.
Israel O personagem central é um líder e não um patriarca (Moisés).
- não vem da Suméria mas do Delta do Nilo;
- chamados “hapiru”;
- venera Javé
- grupo fugitivo do Egito.
☻ JOSUÉ ► Entrada na Terra Prometida
Três possibilidades - tomada extraordinária de Jericó;
- Tratado com os habitantes de lá (Gabaonitas);
- Ocupação pacífica da Terra.
Tratado de Siquém Josué e clã de Jacó
 Javé é reconhecido (Deus da linhagem + da libertação)
 Fundição das tradições (Jacó + Israel)
 Pacto de aliança
Confederação de tribos Organização das tribos.
☻ OS TRÊS PRIMEIROS REIS DE ISRAEL falta de confiança no sistema carismático dos Juízes.
Saul (1030-1010, era da tribo de Benjamim) => 1o rei (mais para chefe tirano que para rei)
Morre em combate (suicídio)
Davi => início da literatura bíblica
- É de Belém;
- É rei primeiro de Judá, depois de todo Israel;
- Conquista Jerusalém (2Sm 5, 6-12);
- Fundador de um império; Tem fim sombrio => disputa pelo poder (filhos de suas
mulheres)
Salomão => filho ilegítimo
(unção)
A realeza se adapta a de
Canaã.
Salomão => (970-933)
- Organiza o país em doze prefeituras;
- Desenvolve o comércio, a arte, a indústria;
- Constrói o palácio real;
- Faz alianças;
- Constrói o Templo (mas também santuários pagãos)
Política de Salomão e sua ideologia => faz surgir descontentamento no Norte do país
Cobrança de altos impostos para a construção do
Templo
O cisma está no ar.
☻ OS DOIS REINOS ATÈ O EXÍLIO (933-587)
Salomão morre é sucedido por Roboão (incompetente => cobrança de altos impostos)
Divisão do Reino
- Israel (Norte) => capital (Samaria) => Monarca (Jeroboão)
- Judá (Sul) => capital (Jerusallém) => Monarca (Roboão)
- DUAS HISTÓRIAS SEPARADAS
Interrnamente
- fosso entre ricos e pobres
- aumento da injustiça
- DAÍ SURGIREM OS PROFETAS
Elias e Eliseu => pregaram no Reino do Norte, após 900 a . C (não deixaram nenhum escrito)
Entre 783 e 740 a .C Amós e Oséias (Israel)
Isaías e Miquéias (Judá)
Entre 640 e 550 a .C Sofonias, Naum, Jeremias, Habacuc, Ezequiel (Judá)
Criticam a política, denunciam alianças, injustiça social e formalidade de culto.
721 A Assíria arrasa o Reino do Norte (Deportação)
587 Nabucodonosor II destrói o templo, cega o rei, obriga a elite ir para a Babilônia
Judá é exilada => aqui profetizou Jeremias, Ezequiel e o
Deutero-Isaías.
Ao povo do exílio resta apenas a fé em Deus e suas
tradições.
538 Ciro, que havia conquistado a Babilônia sem derramamento de sangue.
Dá liberdade aos judeus voltam para a Palestina (Restauração)
Nova corrente profética (Ageu, ProtoZacarias 1-8,
Joel, Abdias)
Teologia otimista
336-331 Conquistas de Alexandre Magno
- Adesão da cultura graga;
- Apostasias;
- Templo dedicado a Zeus;
- Resistência armada dos Macabeus.
63 Pompeu => General Romano se apodera de Jerusalém
Período em que surgem:
- Teologia moralizante (Eclesiástico, Tobias, redação final de Jô, Provérbios, do Saltério)
Orientação escatológica (Daniel, Deutero-Zacarias 9..., Éster e Judite)
Paróquia Nossa Senhora do Rosário
I Semana Bíblico-Catequética
16/07/2003
OBSRVAÇÕES PRÁTICAS PARA A LEITURA DA
SAGADA ESCRITURA
a) Alguns Gêneros Literários
Antes de mais nada é necessário sabermos que a Bíblia não é um super-livro, mas uma biblioteca
com 73 livros, variados entre si, com diversas formas e características próprias.
Em cada época e em cada ambiente e cultura existem maneiras próprias de se expressar os
sentimentos, as aspirações, esperanças, decepções, planejamentos, enfim, expressar aquilo que se passa pelo
pensamento e pelo coração, seja de um indivíduo ou de um povo.
Entre seus diversos livros existem os mais consideráveis “gêneros literários”. Há, por exemplo,
narrativas históricas, como as dos livros históricos do Antigo Testamento e do Evangelhos; há um livro
com 150 orações, que é o livro dos Salmos, e ainda outras orações em Lamentações; há também uma
coletânea de exortações, críticas, gritos de saudade e por justiça, sobretudo nos livros dos profetas; há
diversas cartas, cujas principais são as de São Paulo; há ainda uma coleção de pelo menos 10 poemas de
amor no Cântico dos Cânticos; algumas novelas, como por exemplo, Judite, Tobias, Éster; compilação de
leis no Pentateuco; diálogos filosóficos em Jô e Eclesiastes; um Romance enigmático para dar esperança no
Apocalipse de São João; e ainda livros com sentenças e enigmas, no caso dos Provérbios Eclesiástico.
Vejamos alguns gêneros:
Prosa É “a maneira natural de falar ou de escrever, sem forma retórica ou métrica, por oposição
ao verso” Sob esta forma literária básica, encontramos no Antigo Testamento: ditos, sermões, orações,
documentos (leis e listas) e muitas narrativas de caráter histórico e poético. Alguns exemplos: a história de
Abraão (Gn 12-25); a festa da Páscoa (Ex 12); Deus faz aliança com Israel (Ex 19-24), etc.
Gênero dos Provérbios Provérbios é uma frase curta, bem construída, que expressa uma verdade
adquirida através da experiência e que se impõe pela forma breve e pela agudez das observações” O Livro dos
Provérbios, é todo ele sob esta forma.
Cânticos São cantigas de trabalho, colheita, amor, núpcias, sátiras, funeral, hinos ao rei e ao
vencedor, hinos litúrgico (têm destaque os Salmos), poesia sapiencial. Sob esta forma literária muitos textos
aparecem no Antigo Testamento.
Etiologia O termo vem da língua grega “aitía” = motivo, causa, origem + “logos” =
interpretação, esclarecimento, estudo. Etiologia é, pois, o estudo sobre origem das coisas. A etiologia tenta
buscar no passado respostas e , talvez, justificativas para a vivência presente. Dessa forma, vamos ter pelo
menos cinco tipos de etiologia: “Etiologia etnológica” => que tem por objetivo explicar as relações de
amizade ou inimizade entre o povo de Israel e outro povos; “Etiologia etimológica” => pretende explicar
uma palavra ou expressão vinda de uma língua estrangeira e que o sentido original não se conhecia mais.;
“Etiologia geográfica” => dá-se nas histórias interpretativas que pretendiam explicar o nome de
determinados lugares. ; Etiologia cultural religiosa” => tem o objetivo de apontar para o povo, como sendo
por ordem de Deus, a observância dos costumes religiosos e das leis sobre a alimentação ; “Etiologia
antropológica” => reduzem as experiências da vida humana (como o sofrimento, dor e morte) ao
pecado.desta maneira, estes acontecimentos são afirmados como castigo ou punição da parte e Deus.
Midraxe Do hebraico “midrash”. É importante sabermos que o “midraxe não é uma tentativa de
procurar o sentido literal do texto sagrado”. É uma meditação sobre o texto sagrado ou uma reconstrução
imaginosa do lugar e do episódio narrado. O seu objetivo é sempre a aplicação prática do texto ao presente”.
Exemplos dessa forma de meditação, que resulta na reconstrução imaginosa de um episódio fictício com
objetivo pastoral, estão espalhados por todo o Antigo Testamento.
O midraxe não quer ser história, mas uma explicação prática e atualizada de verdades propostas no
passado.
Simbolismo dos números O número para o Oriente Antigo, além de possuir valor aritmético,
possui também valor filosófico e religioso.
4 => O número do Universo (4 átomos, 4 pontos cardeais, 4 estações do ano). Exemplo: Quando se
fala “nos quatro cantos da terra”, quer dizer em todo os lugares.
6 => Número imperfeito, limitado, do tempo, da história. Exemplo: 666 = número absolutamente
imperfeito.
7 => Número da perfeição, do divino, do definitivo, da plenitude. Exemplo: Perdoar 70 vezes 7 quer
dizer sempre).
10 => Número preferido para épocas históricas; é o número completo. Exemplo: Os dez leprosos; as
dez virgens.
12 => Número da descendência, da fertilidade, do nascimento. Exemplo: Com as doze tribos nasce o
povo de Israel. Com os doze apóstolos nasce a Igreja.
40 => Número que indica “muitas vezes fim do tempo de miséria, de punição, mas também de
prova”1. Exemplo: O povo quando saiu do Egito passou 40 anos nodeserto. Jesus depois de ser batizado ficou
40 dias no deserto.
Também os números que na Bíblia indicam a idade dos grandes homens como Noé, Matuzalém e
outros, são simbólicos, que querem demonstrar a bênção dada àqueles que são fiéis a Deus.
b) Terminologia
A palavra Bíbliaé originária do termo grego “tà bíblia”, que significa “os livros”. Assim, “o nome
Bíblia é o conjunto de todos os livros do Antigo Testamento e do Novo Testamento, a coleção completa de
tudo o que foi escrito sob inspiração do Espírito Santo”. A Bíblia também é conhecida como Escritura,
Escritura Sagrada, Livros Sagrados, e ainda, Testamento. Podemos afirmar que é mais que uma biblioteca; “é
a literatura de um povo, o povo escolhido, o povo de Deus”.
A palavra Testamento é uma aproximação da palavra grega “diatheke” , que indica a Aliança que
Deus fez com o povo que ele escolheu: o povo de Israel.
Existe uma distinção entre o que chamamos de Bíblia Hebraica e Bíblia Grega, no que respeita a
divisão e nomenclatura dada aos conjuntos de livros de seus respectivos cânons. A Bíblia Hebraica está
dividida em: Lei (TORAH) ; os Profetas, dividido em anteriores (Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis) e
posteriores (todos os outros) (NEBIIM); os Excritos (KATUBIM). Or isso, a Bíblia Hebraica é também
chamada TANAK.
A Bíblia Grega está dividida da seguinte forma: Pentateuco, Livros Históricos, Livros Proféticos e
Livros Sapienciais.
c) Local e época da redação da S.E.
“A Bíblia não foi escrita no mesmo lugar, mas em muitos lugares e países diferentes. A
maior parte do Antigo Testamento e do Novo Testamento foi escrita na Palestina, a terra onde o
povo vivia, por onde Jesus andou e onde nasceu a Igreja.
Algumas partes do Antigo Testamento foram escrita na Babilônia, onde o povo viveu no
cativeiro, no século sexto antes de Cristo. Outras partes do Antigo Testamento foram escrita no
Egito, para onde muita gente tinha emigrado depois do cativeiro.
O Novo Testamento tem partes que foram escritas na Síria, na Ásia Menor, na Grécia e
na Itália, onde havia muitas comunidades, fundadas ou visitadas pelo Apóstolo São Paulo.
Como diversos são os lugares em que foram redigidos os textos sagrados, também
diversificado é o tempo em que surgiram os mesmos. Antes de serem redigidos muitos deles já
existiam na cabeça do povo e eram contados de pai para filho, e postos em comum dentro de
casa, na família e nas celebrações e festas.
Os primeiros textos escritos surgiram após 1250 a .C, uma vez que até aproximadamente
esta data o povo estava escravizado no Egito, e o êxodo deve ter ocorrido por esta época.
Os últimos textos foram redigidos em torno do ano 100 d.C. Como nós hoje decoramos as
letras dos cânticos, assim o povo decorava e transmitiam as histórias, as leis, as profecias, os
Salmos, os provérbios e tantas outras coisas que, depois, foram escritas na Bíblia.
d) As línguas da Bíblia
A Bíblia foi escrita em três línguas diferente, a saber: o hebraico, o aramaico e o grego.
O Antigo Testamento em sua maior parte foi escrito em hebraico, a língua que todo o povo falava na
Palestina, antes de serem levados para o cativeiro babilônico no século VI a. C. Porém, depois do cativeiro o
povo passou a falar aramaico, e, por isso, alguns fragmentos desta língua são encontrados em alguns textos,
mesmo o povo continuando a escrever, copiar e ler em hebraico.
No Antigo Testamento somente dois livros são escritos em grego: o livro da Sabedoria e o segundo
livro de Macabeus. Porém, 1 Macabeus, Judite, Tobias, alguns trechos do livro de Daniel (3, 24-90; 13-14) e
alguns versículos do livro de Éster só nos chegaram através de antigas versões gregas. O livro do Eclesiástico,
também chamado Sirácida, só nos chegou em grego.
O Novo Testamento, todo ele foi escrito em grego. No tempo de Jesus o povo da Palestina falava o
aramaico em casa, usava o hebraico na leitura da Bíblia, e o grego no comércio e na política. Neste mesmo
tempo de Jesus ainda não existia o Novo Testamento. Só existia o Antigo. O Novo estava sendo vivido e
preparado lá em Nazaré.
Houve, ainda, a tradução da Bíblia do hebraico para o grego, executada no século III a.C., por
aqueles judeus que, tendo saído do cativeiro foram para o Egito e lá esqueceram a língua original e
absorveram juntamente com a cultura grega também a língua grega. Esta tradução do hebraico para o grego
foi chamada de Septuaginta ou Setenta (LXX) .
e) O Cânon Bíblico
O significado etimológico do termo cânon (originário da palavra grega kanôn) é de vara de medir,
régua, etc. Este termo com o temo foi tomando um novo sentido. Passou a ser entendido como norma,
regra. Mais adiante vai ser interpretada como critério de fé, e lista dos livros sagrados.
“Um livro é chamado canônico porque é considerado inspirado... Um livro canônico é um livro
reconhecido pela Igreja como inspirado e proposto aos fiéis como Palavra de Deus e fonte de doutrina
revelada”.
Os livros canônicos (inspirados) são divididos em dois grupos: os protocanônicos e os
deuterocanônicos.
Os protocanônicos, ou seja, os primeiros livros inspirados, são aqueles livros acerca dos quais nunca
se duvidou de sua canonicidade, mas ao contrário, sempre tiveram sua dignidade respeitada como legítima
Palavra de Deus.
Já os deuterocanônicos (do grego : deutero = segundo) ou seja, os “segundos canônicos”, ou
canônicos de segunda ordem, são aqueles livros sobre os quais houveram discussões acerca de sua
legitimidade como Palavra de Deus, porém, que mais tarde foram incorporados aos protocanônicos (primeiros
canônicos).
Para os protestantes, os livros que nós chamamos de deuterocanônicos são chamados de apócrifos.
Para nós católicos, apócrifos são os livros que foram recusados pela Igreja como não canônicos. A estes os
protestantes chamam de pseudoepígrafos.
Os nossos livros e passagens bíblicas deuterocanônicos são: Tobias, Baruc (com a carta de Jeremias),
Judite, Sabedoria, Eclesiástico (Sirácida), 1 e 2 Macabeus, Éster 10,4-16, Daniel 3,24-90, Hebreus, Tiago,
Judas, 2 Pedro, 2 e 3 João , Apocalipse e as passagens de Marcos 16,9-20 e João 7,53 – 8,11.
É importante ficar claro que, para nós católicos, os livros protocanônicos e os deuterocanônicos têm
valor igual.
f) Diferença entre as Bíblias Católica e Protestante
O Cânon Católico contem 46 livros no Antigo Testamento e 27 livros no Novo Testamento, num
total de 73 livros Sagrados. Já o Cânon Protestante possui no Antigo Testamento apenas 39 livros listados,
e no Novo Testamento 27 livros como no Cânon Católico. Somando os livros, o Cânon Protestante
apresenta 66 livros Sagrados. Daí surgir a seguinte pergunta: Por que e de onde vem esta diferença?
Bom, a questão nos remete ao primeiro século da era cristã, tempo em que surgiram os textos
sagrados relativos a Jesus Cristo, textos estes que os cristãos já aderiam como que a “continuação dos
livros sagrados dos judeus” Devido a este fato os judeus acharam por bem reunirem-se em “Jâmnia, ao sul
da Palestina, por volta do ano 100 d.C. a fim de estabelecer as exigências que deveriam caracterizar os
livros sagrados ou inspirados por Deus”. A preocupação dos judeus era justamente o fato de aqueles
novos livros , como por exemplo, as Cartas Paulinas e os próprios Evangelhos tomarem espaço entre
os livros que eles tinham por sagrados. Ora, os judeus, na sua maioria , não tinham aderido a mensagem
de Jesus, e dessa forma nunca poderiam aceitar como canônicos os livros que se punham a professar esta
mensagem. Assim, em Jâmnia ficou decidido a caracterização dos livros sagrados segundo os quatro
seguintes critérios:
1. Em primeiro lugar, o livro para ser tido como canônico não poderia ter sido escrito
fora da Palestina, terra prometida;
2. Depois, os livros não poderiam ser escritos em outra língua a não ser o hebraico,
língua considerada sagrada e mãe de Israel (fica excluído qualquer texto escrito em
aramaico ou grego);
3. Em terceiro lugar, ficariam excluídos todos os textos escritos depois do tempo do
sacerdote Esdras, ou seja, após mais ou menos 425 a.C.;
4. E por fim, nenhum livro poderia ter qualquer que fosse, mesmo que mínimo, ponto
de contradição com a Lei de Moisés, chamada Tora, a qual conhecemos como
Pentateuco.
Em Alexandria, porém, lá no Egito, havia um colônia judaica, que como já dissemos anteriormente,
não falava mais o hebraico, e já haviam absorvido a língua e a cultura grega. Esta colônia “não adotou os
critérios nacionalistas estipulados pelos judeus de Jâmnia”. Estes judeus de Alexandria, por exemplo,
aceitavam como Palavra de Deus alguns livros e texto que os judeus da Palestina não aceitavam. Os livros
que nós chamamos de deuterocanônicos ou canônicos de segunda ordem, eram venerados pelos
alexandrinos, mas foram excluídos pelos palestinos, pelo fato de não se encaixarem nas exigências de
Jâmnia. “Podemos, pois, dizer que havia dois cânones entre os judeus no início da era cristã: o restrito da
Palestina, e o amplo de Alexandria”.
A diferença entre a Bíblia protestante e a Bíblia dos católicos está diretamente relacionada a esta
diferença entre os cânones palestino e alexandrino. “Os protestantes preferiram a lista mais curta e mais
antiga da Bíblia Hebraica, e os católicos, seguindo o exemplo dos apóstolos, ficaram com a lista mais
comprida da tradução grega dos Setenta” que contém, inclusive, os sete livros deuterocanônicos.
Quanto ao Novo Testamento não há diferença entre as Bíblias. Tanto católicos como protestante
absorveram na íntegra os livros todos por canônicos.
Paróquia Nossa Senhora do Rosário
I Semana Bíblico-Catequética
17/07/2003
O Deus que se encontra no caminho
b) O que distingue a fé bíblica em Deus das outras religiões do mundo
Imagens dos deuses do mundo antigo
Devem ser zeladas (a divindade toma lugar)
Culto e adoração = proximidade da divindade
Esperança de estabelecer o modo atuante dos deuses
Forma humana, de animais e mista (manifestação de um único poder divino)
Deus Bíblico rejeita as imagens dele (não quer e não pode estar em nenhuma imagem
deste mundo)
- A rejeição está ligada ao Ser mais íntimo de Deus e ao modo como ele
quer que os homens o experimentem;
- O Deus Bíblico é infinitamente diferente do homem (quando imaginado
pode ser posto à frente, mas também pode ser posto de lado quando
incômodo);
- Ele quer mostrar quem Ele é através de pessoas vivas (homem = imagem
e semelhança).
c) Como e porque a Bíblia fala tantas vezes dos inícios
Narrativas = Bússola (indicação do caminho que leva à imitação de Deus).
- Interiorização dos personagens e das histórias passadas (atualização e
identificação);
- Lembranças perturbadoras;
- Inclusão do presente na história.
Modos de narrar união entre “aquele tempo” e “hoje” (sem preocupar-se com a precisão
do ambiente original Ex 3,2.7.8)
modificação da história para atualização (Ex 17,1-7 e Nm 20,2-12)
Imagem Bíblica das origens linear, genealógica pluralidade de caminhos (junção de
tradições)
d) A Bíblia e a nossa pergunta sobre “o que aconteceu de fato”
Pergunta histórica => é importante e essencial, porém, não atende todos os anseios (ex =
fuga do Egito/ 12 tribos)
=> conseqüência da estrutura encarnatória dos testemunhos bíblicos
(evidência para os cristãos = Cristo).
Núcleo histórico Temos que dar vivacidade aos lugares de ação
Deus Bíblico ≠ projeção do homem e dos símbolos de seus anseios.
Paróquia Nossa Senhora do Rosário
Formação Bíblico-Catequética
18/07/2003
O Deus que dá a vida no deserto
a) Informações egípcias sobre os nômades do Sinai do 2o milênio a.C
Imagens, inscrições e narrativas do Egito Antigo = testemunhos
Egípcios achavam os beduínos perturbadores e perigosos
Ações militares Nômades; Instalações fronteiriças; Guardas vigiando.
Para intimidar (lideradas por Faraó)
Provas pré-bíblicas do
nome JAVÉ
país de Shosu Javé (lista de estrangeiros vencidos por Amenófis III)
Pode ser nome de Deus protetor, como da própria região
b) Um Deus que quer ser próximo no deserto
“deus do Sinai” Jz 5; Sl 68, 8-11; Dt 33.
Proveniência de Javé três aspectos: faz as montanhas tremerem (reviravolta nas
situações); os céus pingam,
escorrem (fertilidade da terra); Javé não é
localmente limitado (sai para revelar-se).
Geograficamente imprecisa
Maná Pão do céu
Fenômeno que acontece, até hoje, na península do Sinai (encontrado na tamarga do
maná)
É um milagre (por causa da situação do deserto)
c) Javé que dá os dez mandamentos em cima de uma montanha no
deserto
Revelação dos 10 mandamentos não único e simples acontecimento
Muitas experiências vivenciadas por Israel.
Local da Revelação (não histórico, mas teológico) => Javé quer estar
perto
Simbolismo nas afirmações (teofanias)
Tábuas da Lei relação com as colunas legislativas erigidas por
Hamurab na Babilônia.
Representa a ordem da criação

Padre Ademir N. Faria

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

Programe-se

Catequese com Adultos/ Paróquia NSª do Rosário - todo domingo das 08h30 as 10h00 / "Vida Sim, Aborto não!"

" Encontros Catequéticos domingo, as 08h30."

*Catequese com Adultos/ Paróquia Nossa Senhora do Rosário - Vila Tesouro - São José dos Campos - SP. * "Vida sim, aborto não!

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