Primeira Leitura: Rm 10,9-18
A fé vem da pregação e a pregação se faz pela palavra de Cristo.
Irmãos, se, com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, no teu
coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. É crendo no
coração que se alcança a justiça e é confessando a fé com a boca que se
consegue a salvação. Pois a Escritura diz: “Todo aquele que nele crer não
ficará confundido”.
Portanto, não importa a diferença entre judeu e grego; todos têm o mesmo
Senhor, que é generoso para com todos os que o invocam. De fato, todo aquele
que invocar o Nome do Senhor será salvo. Mas como invocá-lo, sem antes crer
nele? E como crer, sem antes ter ouvido falar dele? E como ouvir, sem alguém
que pregue? E como pregar, sem ser enviado para isso? - Palavra do
Senhor.
Salmo: 18(19A),2-3.4-5 (R. 5a)
Seu som ressoa e se espalha em toda terra.
Os céus proclamam a glória do Senhor, e o firmamento a obra de suas
mãos; o dia ao dia transmite esta mensagem, a noite à noite publica esta
notícia.
Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possam ser
ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do
universo a sua voz.
Evangelho: Mt 4,18-22
Imediatamente deixaram as redes e o seguiram.
Naquele tempo, quando Jesus andava à beira do mar da Galiléia, viu dois
irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao
mar, pois eram pescadores. Jesus disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós
pescadores de homens”. Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram.
Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de
Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu, consertando as
redes. Jesus os chamou. Eles imediatamente deixaram a barca e o pai, e o
seguiram. - Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho (Antônio Carlos Santini / Com Católica
Nova Aliança): Muitas vezes, quem andou pelas estradas da vida um
tanto alheio à voz de Deus e, inesperadamente, é envolvido por sua luz, pode ter
a ilusão de que sua vida pregressa foi tempo perdido. Não foi. Nada se perde em
nossa vida.
Vejam só o caso do apóstolo André. Juntamente com Simão Pedro, seu
irmão, passara longos anos na rude faina de pescador. Sua velha barca, aquelas
redes cansadas (cf. Mt 4, 21), o Lago de Tiberíades tantas vezes sem peixes
(cf. Lc 5, 5; Jo 20, 3), o risco das tempestades (cf. Lc 8, 23) – tudo lhe
serviria de treinamento para a futura missão.
De fato, de um pescador se exigem virtudes muito especiais. Paciência, quando
o peixe é arisco. Determinação, para insistir na pesca. Coragem, para enfrentar
os elementos. Fibra, para suportar o sol, o vento, os insetos. Gente mole não
costuma se dedicar à pesca...
Ora, a futura tarefa de evangelizar e “pescar homens” para Deus iría
exigir de André e seus companheiros exatamente aquelas virtudes. É que os
homens podem ser mais ariscos que os peixes. Custam a morder a isca. Preferem
remexer no lodo do fundo. Preferem a vida errante, sem compromissos. O
evangelizador passará noites em claro, seguirá por rotas perigosas e, não raro,
voltará de mãos vazias. No caso de André, o Apóstolo não se abalaria com nada
disso. Afinal, já tinha experiência anterior. Estava calejado, sem sonhos
românticos e sem falsas ilusões...
Em nosso caso, trazemos a experiência de família, da escola, do trabalho
– e nada disso se perde quando vem a hora de anunciar ao mundo o Evangelho de
Jesus. Cada um com seu dom, eis a Comunidade evangelizadora em sua missão.
Porteiros e auxiliares da limpeza, músicos e pregadores, administradores e
conselheiros, todos somam habilidades e serviços para o Reino de Deus. E quanto
mais essa cooperação se efetivar no amor, tanto mais farta será a pescaria,
tanto mais fértil a colheita. E poderemos voltar os olhos para o passado, mesmo
ali onde abundou o pecado, e dar a graças a Deus que nos chamou ao seu serviço.
Enfim, como escreveu Jean Vanier, o fundador da Comunidade da Arca, “nós
não somos chamados a fazer coisas extraordinárias, e sim coisas ordinárias,
porém, com um amor extraordinário”.
LITURGIA COMPLEMENTAR
34ª Semana do Tempo Comum - 2ª Semana do Saltério
Prefácio dos Apóstolos - Ofício da Festa
Cor: Vermelho - Ano Litúrgico “B” – São Marcos
Antífona: Mateus 4,18 - Junto ao mar da Galileia, viu o Senhor dois
irmãos: Pedro e André, que pescavam. Ele os chamou: “Vinde comigo; eu vos
farei, de hoje em diante, pescadores de homens”
Oração do Dia: Nós vos suplicamos, ó Deus onipotente, que o apóstolo santo
André, pregador do evangelho e pastor da vossa Igreja, não cesse no céu de
interceder por nós. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo. Amém!
Cor Litúrgica: VERMELHO - Simboliza o fogo purificador, o
sangue e o martírio. Usada nas missas de Pentecostes e santos mártires.
Tempo Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração da Festa do
Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes da Quaresma. Recomeça na
segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das Primeiras
Vésperas do 1º Domingo do Advento NALC 44.
INTENÇÕES PARA O MÊS DE NOVEMBRO
Geral – Ministros do Evangelho: Para que os Bispos, presbíteros e
todos os ministros do Evangelho deem valente testemunho de fidelidade ao Senhor
crucificado e ressuscitado.
Missionária – A Igreja peregrina: Para que a Igreja peregrina nesta
terra, resplandeça como luz das nações.
Acesse através do link:
Nós do “Católicos com Jesus” preparamos em estudo que está sendo postado
um capitulo por semana, sempre na quarta-feira.
Adaptação: Ricardo e Marta / Comunidade São Paulo Apóstolo
Fonte: CNBB – Missal Cotidiano