Liturgia Diária Comentada 20/01/2013
2ª Domingo do Tempo Comum - 2ª Semana do Saltério
Prefácio dos domingos comuns - Ofício Dominical comum
Cor: Verde - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Salmo 65,4 - Que toda a terra se prostre diante de vós, ó Deus, e
cante louvores ao vosso nome, Deus altíssimo!
Oração do Dia: Deus eterno e todo-poderoso, que governais o céu e a terra,
escutai com bondade as preces do vosso povo e dai ao nosso tempo a nossa paz.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: Is 62,1-5
A noiva é a alegria do noivo.
Por amor de Sião não me calarei, por amor de Jerusalém não descansarei,
enquanto não surgir nela, como um luzeiro, a justiça e não se acender nela,
como uma tocha, a salvação. As nações verão a tua justiça, todos os reis verão
a tua glória; serás chamada com um nome novo, que a boca do Senhor há de
designar. E serás uma coroa de glória na mão do Senhor, um diadema real nas
mãos de teu Deus.
Não mais te chamarão Abandonada, e tua terra não mais será chamada
Deserta; teu nome será Minha Predileta e tua terra será a Bem-Casada, pois o
Senhor agradou-se de ti e tua terra será desposada. Assim como o jovem desposa
a donzela, assim teus filhos te desposam; e como a noiva é a alegria do noivo,
assim também tu és a alegria de teu Deus. - Palavra do Senhor.
Salmo: 95,1-2a.2b-3.7-8a.9-10a.c
(R. 1a.3b)
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, manifestai os seus prodígios entre
os povos!
Cantai ao Senhor Deus um canto novo,/ cantai ao Senhor Deus, ó terra
inteira!/ Cantai e bendizei seu santo nome!
Dia após dia anunciai sua salvação,/ manifestai a sua glória entre as
nações,/ e entre os povos do universo seus prodígios!
Ó família das nações, dai ao Senhor,/ ó nações, dai ao Senhor poder e
glória,/ dai-lhe a glória que é devida ao seu nome!/ Oferecei um sacrifício nos
seus átrios.
Adorai-o no esplendor da santidade,/ terra inteira, estremecei diante
dele!/ Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!”/ pois os povos ele julga com
justiça.
Segunda Leitura: 1Cor 12,4-11
Estas coisas as realiza um e o mesmo Espírito, que distribui a cada um
conforme seu querer.
Irmãos: Há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito. Há
diversidade de ministérios, mas um mesmo é o Senhor. Há diferentes atividades,
mas um mesmo Deus que realiza todas as coisas em todos.
A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum. A um
é dada pelo Espírito a palavra da sabedoria. A outro, a palavra da ciência
segundo o mesmo Espírito. A outro, a fé no mesmo Espírito. A outro, o dom de
curas no mesmo Espírito. A outro, o poder de fazer milagres. A outro, profecia.
A outro, discernimento de espíritos. A outro, falar línguas estranhas. A outro,
interpretação de línguas.
Todas estas coisas as realiza um e o mesmo Espírito, que distribui a
cada um conforme quer. - Palavra do Senhor.
Evangelho: Jo 2,1-11
Jesus realizou este início dos sinais em Caná da Galiléia.
Naquele tempo, houve um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus
estava presente. Também Jesus e seus discípulos tinham sido convidados para o
casamento. Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm
mais vinho”. Jesus respondeu-lhe: “Mulher, por que dizes isto a mim? Minha hora
ainda não chegou”. Sua mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei o que ele vos
disser”.
Estavam seis talhas de pedra colocadas aí para a purificação que os
judeus costumam fazer. Em cada uma delas cabiam mais ou menos cem litros. Jesus
disse aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de água”. Encheram-nas até a
boca. Jesus disse: “Agora tirai e levai ao mestre-sala”. E eles levaram.
O mestre-sala experimentou a água, que se tinha transformado em vinho.
Ele não sabia de onde vinha, mas os que estavam servindo sabiam, pois eram eles
que tinham tirado a água. O mestre-sala chamou então o noivo e lhe disse: “Todo
mundo serve primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão
embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho bom até agora!”
Este foi o início dos sinais de Jesus. Ele o realizou em Caná da Galileia
e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele - Palavra da
Salvação.
Comentando o Evangelho (Antônio Carlos Santini / Com Católica
Nova Aliança): Um casamento na roça. Em Caná de Galiléia. Mal
iniciada a festa, o vinho vem a faltar. Para os padrões daquela sociedade,
casamento sem vinho é um fracasso. Onde está o vinho, aí está a alegria. Tudo
faz pensar em gente pobre, um noivo sem muitos recursos e – quem sabe – uma
inesperada afluência de “convidados”: os numerosos discípulos que já acompanhavam
Jesus de Nazaré.
Mas, como anota o evangelista João, “estava lá a Mãe de Jesus”. E foi
ela quem percebeu a situação constrangedora. Enquanto os convivas cuidam de si
mesmos, ela está atenta às necessidades dos outros. Por isso mesmo, Maria se dirige
ao Filho e apresenta-lhe a situação: “Eles não têm vinho...” E o faz como quem
sabe que seu Filho tem condições de resolver o problema. A Mãe conhece o seu
Filho.
Até onde dá a perceber o texto um tanto obscuro, Jesus tenta esquivar-se
do caso, como se não tivesse nada a ver com a situação. Maria ouve a resposta
do Filho, mas age como quem vê por um outro ângulo. E dá aos serventes –
seguramente primos e parentes do noivo – a ordem que ainda ressoa em nossos
ouvidos: “Fazei tudo o que ele vos disser!” A obediência deles garante a todos
um agradável desfecho: notável quantidade de vinho, somada à qualidade ainda
mais notável!
Esta passagem do Evangelho de João, por mais pitoresca que ela seja,
acaba por se tornar “incômoda” para aqueles que duvidam da intercessão da Mãe
de Deus. Temos uma situação bem concreta: há uma necessidade material, Maria a
percebe e pede a interferência de Jesus. Apesar de uma recusa inicial, o Mestre
“cede” e faz o primeiro milagre de sua vida pública.
Aliás, nada mais claro como imagem da Igreja que intercede junto a Deus
pelas necessidades do povo. É em Maria que a Igreja se inspira para assumir sua
missão de intercessora.
E tem mais! Não se trata de alguma cura que pudesse ser traduzida como
fenômeno “psicossomático” ou alucinação coletiva: trata-se de uma autêntica
transformação da matéria, água transmudada em vinho, com todas aquelas
diferenças organolépticas que envolvem cor, aroma e sabor.
Daquele dia em diante, os pobres da roça ficaram sabendo que a Mãe pode
influir nas decisões do Filho. Ficaram sabendo que a misericórdia move o poder.
Os acadêmicos continuam esperneando. Mas os pobres preferem crer em seus
próprios sentidos...
INTENÇÕES PARA O MÊS DE JANEIRO:
Geral – Conhecimento do Mistério de Cristo: Que neste
"Ano da Fé" os cristãos possam aprofundar no conhecimento do mistério
de Cristo e testemunhar nossa fé com alegria.
Missionária – Comunidades cristãs do Oriente Próximo e Médio: Que as
comunidades cristãs do Oriente Próximo e Médio, recebam a força da fidelidade e
a perseverança, em particular quando são discriminadas.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração da Festa do
Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes da Quaresma. Recomeça na
segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das Primeiras
Vésperas do 1º Domingo do Advento NALC 44.
Cor Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo