Liturgia Diária
Comentada 17/04/2013
3ª Semana da Páscoa - 3ª Semana do Saltério
Prefácio pascal - Ofício do dia
Cor: Branco - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Salmo 70,8.23 - Que o vosso louvor transborde de minha boca; meus
lábios exultarão de alegria, aleluia!
Oração do Dia: Permanecei, ó Pai, com vossa família e, na vossa bondade, fazei
que participem eternamente da ressurreição do vosso Filho aqueles a quem destes
a graça da fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: At 8, 1b-8
Iam por toda a parte, pregando a Palavra.
Naquele dia, começou uma grande perseguição contra a Igreja de
Jerusalém. E todos, com exceção dos apóstolos, se dispersaram pelas regiões da
Judeia e da Samaria. Algumas pessoas piedosas sepultaram Estêvão e observaram
grande luto por causa dele. Saulo, porém, devastava a Igreja: entrava nas casas
e arrastava para fora homens e mulheres, para atirá-los na prisão. Entretanto,
aqueles que se tinham dispersado iam por toda a parte, pregando a Palavra.
Filipe desceu a uma cidade da Samaria e anunciou-lhes o Cristo. As multidões
seguiam com atenção as coisas que Filipe dizia. E todos unânimes o escutavam,
pois viam os milagres que ele fazia. De muitos possessos saíam os espíritos
maus, dando grandes gritos. Numerosos paralíticos e aleijados também foram
curados. Era grande a alegria naquela cidade. - Palavra do Senhor.
Comentando a Liturgia: Com o anúncio da Palavra, o
diácono Felipe leva aos samaritanos, libertação e alegria. A alegria é dom do
Espírito e fruto da fé que segue à pregação.
Homens que somos de pouca fé, não sabemos ler nos fatos os sinais
dolorosos do Espírito. Para a Igreja, os dias de sofrimento, crise e
contestação são dias ricos de uma graça desconhecida, graça nova e gloriosa em
seu caminho para o Pai.
Salmo: 65, 1-3a. 4-5. 6-7a
(R.1)
Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira.
Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, cantai salmos a seu nome
glorioso, dai a Deus a mais sublime louvação! Dizei a Deus: “Como são grandes
vossas obras!
Toda a terra vos adore com respeito e proclame o louvor de vosso nome!”
Vinde ver todas as obras do Senhor: seus prodígios estupendos entre os homens!
O mar ele mudou em terra firme, e passaram pelo rio a pé enxuto.
Exultemos de alegria no Senhor! Ele domina para sempre com poder!
Evangelho: Jo 6,35-40
Esta é a vontade do meu Pai: toda pessoa que vê o Filho tenha a vida
eterna.
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a
mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede. Eu, porém, vos
disse que vós me vistes, mas não acreditais. Todos os que o Pai me confia virão
a mim, e quando vierem, não os afastarei. Pois eu desci do céu não para fazer a
minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E esta é a vontade daquele
que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os
ressuscite no último dia. Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que
vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia”. -
Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta):
Ao afirmar ser o pão da vida, Jesus estava evocando um fato importante
da história de Israel, o êxodo do Egito e a longa travessia pelo deserto, onde
o povo, faminto e sedento, foi saciado pela Providência divina. Aliás, jamais o
povo viu-se privado de pão e água, naquela circunstância delicada de sua
história, pois Deus caminhava com ele.
Da mesma forma, a Providência divina jamais deixou de agir em favor da
humanidade. Sua bondade manifestou-se, de forma grandiosa, ao saciar,
definitivamente, a fome e a sede da humanidade, por meio de seu Filho Jesus.
Quem dele se acerca, não terá mais fome nem sede. Antes, poderá estar certo de
ter forças para alcançar à meta da caminhada.
A evocação do êxodo oferece uma perspectiva particular para considerar
quem, na fé, adere ao Ressuscitado. O cristão faz parte do verdadeiro povo de
Deus, a caminho para a casa do Pai. É o êxodo definitivo, durante o qual
defronta-se com toda sorte de desafios, correndo o risco de não perseverar até
o fim.
Sabendo-se saciado pelo alimento celeste - Jesus -, o cristão recobra as
forças, e não se deixa abater pelos reveses da vida. A Eucaristia
sacramentaliza esta experiência de fé. Alimentando-se com o pão eucarístico os
cristãos revigoram sua fé no Senhor ressuscitado. É o alimento verdadeiro.
Engana-se quem imagina poder enfrentar o deserto do mundo, sem contar com ele.
INTENÇÕES PARA O MÊS DE ABRIL:
Geral – Celebração da Fé: Que a celebração pública e orante
da Fé seja fonte de vida para os que creem.
Missionária – Igrejas locais e território de missão: Que as Igrejas
locais e territórios de missão sejam sinais e instrumentos de esperança e
ressurreição.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Pascal: Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de
Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia
de festa, ou melhor, “como um grande Domingo” (Santo Atanásio; conforme NALC
22).
Os Domingos deste tempo sejam tidos como Domingos da Páscoa e, depois do
Domingo da Ressurreição, sejam chamados 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º Domingos da
Páscoa. Os oito primeiros dias do Tempo Pascal formam a Oitava da Páscoa e são
celebrados como solenidades do Senhor (NALC 24). O oitavo dia é constituído
pelo domingo seguinte a Páscoa. A oitava da Páscoa tem precedência sobre
quaisquer outras celebrações.
Qualquer solenidade que coincida com um dos domingos da Páscoa tem sua
celebração antecipada para o sábado; se, porém, ocorrer durante a oitava da
Páscoa, fica transferida para o primeiro dia livre que se seguir a oitava. As
festas celebram-se segundo a data do calendário; quando ocorrerem em domingo do
Tempo Pascal, omitem-se nesse ano.
Diz-se o Glória durante a Oitava da Páscoa, nas solenidades e festas, já
o Credo só nas solenidades. O Círio Pascal permanece junto ao altar por todo o
Tempo Pascal, isto é, da noite de Páscoa ao Domingo de Pentecostes, e acende-se
em todas as Missas dominicais.
O Domingo de Pentecostes encerra este tempo sagrado de cinquenta dias
(NALC 23). No Brasil, celebra-se no 7º Domingo da Páscoa e solenidade da Ascensão
do Senhor.
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo