Liturgia Diária
Comentada 18/04/2013
3ª Semana da Páscoa - 3ª Semana do Saltério
Prefácio pascal - Ofício do dia
Cor: Branco - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Êxodo 15,1-2 - Cantemos ao Senhor: ele se cobriu de glória. O Senhor é
minha força e o meu cântico: foi pra mim a salvação, aleluia!
Oração do Dia: Ó Deus eterno e onipotente, que nestes dias vos mostrais tão
generoso, dai-nos sentir de mais perto de vosso amor paterno para que,
libertados das trevas do erro, sigamos com firmeza a luz da verdade. Por nosso
Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: At 8,26-40
Aqui temos água. O que impede que eu seja batizado?
Naqueles dias, um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: “Prepara-te e
vai para o sul, no caminho que desce de Jerusalém a Gaza. O caminho é deserto”.
Filipe levantou-se e foi. Nisso apareceu um eunuco etíope, ministro de Candace,
rainha da Etiópia, e administrador geral do seu tesouro, que tinha ido em
peregrinação a Jerusalém. Ele estava voltando para casa e vinha sentado no seu
carro, lendo o profeta Isaías. Então o Espírito disse a Filipe: “Aproxima-te
desse carro e acompanha-o”. Filipe correu, ouviu o eunuco ler o profeta Isaías
e perguntou: “Tu compreendes o que estás lendo?” O eunuco respondeu: “Como
posso, se ninguém me explica?”
Então convidou Filipe a subir e a sentar-se junto a ele. A passagem da
Escritura que o eunuco estava lendo era esta: “Ele foi levado como ovelha ao
matadouro; e qual um cordeiro diante do seu tosquiador, ele emudeceu e não
abriu a boca. Eles o humilharam e lhe negaram justiça; e seus descendentes,
quem os poderá enumerar? Pois sua vida foi arrancada da terra”.
E o eunuco disse a Filipe: “Peço que me expliques de quem o profeta está
dizendo isso. Ele fala de si mesmo ou se refere a algum outro?” Então Filipe
começou a falar e, partindo dessa passagem da Escritura, anunciou Jesus ao
eunuco. Eles prosseguiram o caminho e chegaram a um lugar onde havia água.
Então o eunuco disse a Filipe: “Aqui temos água. O que impede que eu
seja batizado?” O eunuco mandou parar o carro. Os dois desceram para a água e
Filipe batizou o eunuco. Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou
a Filipe. O eunuco não o viu mais e prosseguiu sua viagem, cheio de alegria.
Filipe foi parar em Azoto. E, passando adiante, evangelizava todas as cidades
até chegar a Cesárea. - Palavra do Senhor.
Comentando a Liturgia: Não há caminho de salvação que
não passe por três etapas: escuta da Palavra anunciada pela Igreja, Batismo e
alegria da vida renovada.
Salmo: 65, 8-9. 16-17. 20 (R.
1)
Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira.
Nações, glorificai ao nosso Deus, anunciai em alta voz o seu louvor! É
ele quem dá vida à nossa vida, e não permite que vacilem nossos pés.
Todos vós que a Deus temeis, vinde escutar: vou contar-vos todo bem que
ele me fez! Quando a ele o meu grito se elevou, já havia gratidão em minha
boca!
Bendito seja o Senhor Deus que me escutou, não rejeitou minha oração e
meu clamor, nem afastou longe de mim o seu amor!
Evangelho: Jo 6,44-51
Eu sou o pão vivo descido do céu.
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai
que me enviou não o atrai. E eu o ressuscitarei no último dia. Está escrito nos
Profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus’. Ora, todo aquele que escutou o Pai
e por ele foi instruído, vem a mim. Não que alguém já tenha visto o Pai. Só aquele
que vem de junto de Deus viu o Pai. Em verdade, em verdade vos digo, quem crê
possui a vida eterna.
Eu sou o pão da vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no
entanto, morreram. Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer, nunca
morrerá. Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá
eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo. -
Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho Antônio Carlos Santini / Com Católica Nova
Aliança
A chegada da velhice e a aproximação da morte costumam despertar para a
eternidade mesmo aqueles que viveram “distraídos” das realidades espirituais.
Um poeta modernista brasileiro escreveu: “Como ficou chato ser moderno! / Eu
queria ser eterno!”
Também o povo, em sua “sabença”, costuma afirmar que “caixão não tem
bolso”; com isto, expõe a inutilidade de acumular bens materiais que não
poderemos levar deste mundo, mas por aqui mesmo ficarão. Oprimido pela sensação
de que tudo passa rápido, como grãos da areia que escorre na ampulheta, o homem
tenta eternizar-se através de suas obras, monumentos, realizações, saber
acumulado. Tudo vaidade, diz a Escritura. (Cf. Ecl 1, 2.)
No Evangelho de hoje, Jesus continua seu “discurso eucarístico”.
Confirma ser o “pão que desceu do Céu”, o enviado do Pai, que atrai para Jesus
aqueles que dele se aproximam. É uma forma de dizer que o próprio Pai previu
que o Filho seria alimento de salvação, enviando-o para ser “carne pela vida do
mundo”.
Novamente – notar a insistência de Jesus, mesmo diante da oposição
escandalizada dos judeus! – ele dá uma garantia formal: “Se alguém comer este
pão, viverá eternamente”. S. Tomás de Aquino comenta a passagem: “O Verbo dá a
vida às almas, mas o Verbo feito carne vivifica os corpos. Neste Sacramento (a
Eucaristia) não se contém só o Verbo com a sua divindade, mas também com a sua
humanidade; portanto, não é só causa da glorificação das almas, mas também dos
corpos”. (Com. sobre S. João.)
A força da Eucaristia como alimento transparece também na vida de fiéis
que passaram longos períodos alimentados exclusivamente da comunhão
eucarística. É o caso da francesa Marthe Robin (fundadora dos Foyers de
Charité), ora em processo de beatificação, que viveu nada menos de 50 anos sem
deglutição, impossibilitada de ingerir qualquer alimento sólido ou líquido,
sustentada apenas pela comunhão semanal das quartas-feiras.
Marthe testemunha: “Tão logo ela (a hóstia) é depositada em meus lábios
sedentos, o Céu inteiro desce imediatamente em mim, exalando logo uma
felicidade que ultrapassa minha capacidade de fruí-la”.
Que espaço eu reservo para a comunhão eucarística em minha vida?
INTENÇÕES PARA O MÊS DE ABRIL:
Geral – Celebração da Fé: Que a celebração pública e orante
da Fé seja fonte de vida para os que creem.
Missionária – Igrejas locais e território de missão: Que as Igrejas
locais e territórios de missão sejam sinais e instrumentos de esperança e
ressurreição.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Pascal: Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de
Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia
de festa, ou melhor, “como um grande Domingo” (Santo Atanásio; conforme NALC
22).
Os Domingos deste tempo sejam tidos como Domingos da Páscoa e, depois do
Domingo da Ressurreição, sejam chamados 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º Domingos da
Páscoa. Os oito primeiros dias do Tempo Pascal formam a Oitava da Páscoa e são
celebrados como solenidades do Senhor (NALC 24). O oitavo dia é constituído
pelo domingo seguinte a Páscoa. A oitava da Páscoa tem precedência sobre
quaisquer outras celebrações.
Qualquer solenidade que coincida com um dos domingos da Páscoa tem sua
celebração antecipada para o sábado; se, porém, ocorrer durante a oitava da
Páscoa, fica transferida para o primeiro dia livre que se seguir a oitava. As
festas celebram-se segundo a data do calendário; quando ocorrerem em domingo do
Tempo Pascal, omitem-se nesse ano.
Diz-se o Glória durante a Oitava da Páscoa, nas solenidades e festas, já
o Credo só nas solenidades. O Círio Pascal permanece junto ao altar por todo o
Tempo Pascal, isto é, da noite de Páscoa ao Domingo de Pentecostes, e acende-se
em todas as Missas dominicais.
O Domingo de Pentecostes encerra este tempo sagrado de cinquenta dias
(NALC 23). No Brasil, celebra-se no 7º Domingo da Páscoa e solenidade da Ascensão
do Senhor.
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo