Liturgia Diária
Comentada 22/04/2013
4ª Semana da Páscoa - 4ª Semana do Saltério
Prefácio pascal - Ofício do dia
Cor: Branco - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Romanos 6,9 - O Cristo, ressuscitado dos mortos, já não morre; a
morte não tem mais poder sobre ele, aleluia!
Oração do Dia: Ó Deus, que, pela humilhação do vosso Filho, reerguestes o mundo
decaído, enchei de santa alegria os vossos filhos e filhas que libertastes da
escravidão do pecado e concedei-lhes a felicidade eterna. Por nosso Senhor
Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: At 11,1-18
Também aos pagãos Deus concedeu a conversão que leva para a vida!
Naqueles dias, os apóstolos e os irmãos, que viviam na Judéia, souberam
que também os pagãos haviam acolhido a Palavra de Deus. Quando Pedro subiu a
Jerusalém, os fiéis de origem judaica começaram a discutir com ele, dizendo:
“Tu entraste na casa de pagãos e comeste com eles!”
Então, Pedro começou a contar-lhes, ponto por ponto, o que havia
acontecido: “Eu estava na cidade de Jope e, ao fazer oração, entrei em êxtase e
tive a seguinte visão: Vi uma coisa parecida com uma grande toalha que,
sustentada pelas quatro pontas, descia do céu e chegava até junto de mim. Olhei
atentamente e vi dentro dela quadrúpedes da terra, animais selvagens, répteis e
aves do céu. Depois ouvi uma voz que me dizia: Levanta-te, Pedro, mata e come’.
Eu respondi: ‘De modo nenhum, Senhor! Porque jamais entrou coisa profana e
impura na minha boca’. A voz me disse pela segunda vez: ‘Não chames impuro o
que Deus purificou’. Isso se repetiu por três vezes. Depois a coisa foi
novamente levantada para o céu.
Nesse momento, três homens se apresentaram na casa em que nos
encontrávamos. Tinham sido enviados de Cesaréia à minha procura. O Espírito me
disse que eu fosse com eles sem hesitar. Os seis irmãos que estão aqui me
acompanharam e nós entramos na casa daquele homem.
Então ele nos contou que tinha visto um anjo apresentar-se em sua casa e
dizer: ‘Manda alguém a Jope para chamar Simão, conhecido como Pedro. Ele te
falará de acontecimentos que trazem a salvação para ti e para toda a tua
família’. Logo que comecei a falar, o Espírito Santo desceu sobre eles, da
mesma forma que desceu sobre nós no princípio. Então eu me lembrei do que o
Senhor havia dito: ‘João batizou com água, mas vós sereis batizados no Espírito
Santo’.
Deus concedeu a eles o mesmo dom que deu a nós que acreditamos no Senhor
Jesus Cristo. Quem seria eu para me opor à ação de Deus? Ao ouvirem isso, os
fiéis de origem judaica se acalmaram e glorificaram a Deus, dizendo: “Também
aos pagãos Deus concedeu a conversão que leva para a vida!”- Palavra do
Senhor.
Comentando a Liturgia: O episódio de Jope e o batismo
do pagão Cornélio representam uma superação, a partir deste momento, torna-se
claro, que os pagãos poderão ser levados ao batismo sem serem primeiro
submetidos às praticas do judaísmo.
Salmo: 41, 2-3; 42, 3.4 (R. Cf.
Sl 41, 3a)
Minha alma suspira por vós, ó meu Deus.
Assim como a corça suspira pelas águas correntes, suspira igualmente
minh’alma por vós, ó meu Deus!
A minh’alma tem sede de Deus, e deseja o Deus vivo. Quando terei a
alegria de ver a face de Deus?
Enviai vossa luz, vossa verdade: elas serão o meu guia; que me levem ao
vosso Monte santo, até vossa morada!
Então irei aos altares do Senhor, Deus da minha alegria. Vosso louvor
cantarei, ao som da harpa, meu Senhor e meu Deus!
Evangelho: Jo 10,1-10
Eu sou a porta das ovelhas.
Naquele tempo, disse Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo, quem não
entra no redil das ovelhas pela porta, mas sobe por outro lugar, é ladrão e
assaltante. Quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. A esse o porteiro
abre, e as ovelhas escutam a sua voz; ele chama as ovelhas pelo nome e as
conduz para fora. E, depois de fazer sair todas as que são suas, caminha à sua
frente, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. Mas não seguem um
estranho, antes fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos”.
Jesus contou-lhes esta parábola, mas eles não entenderam o que ele
queria dizer.
Então Jesus continuou: “Em verdade, em verdade vos digo, eu sou a porta
das ovelhas. Todos aqueles que vieram antes de mim são ladrões e assaltantes,
mas as ovelhas não os escutaram. Eu sou a porta. Quem entrar por mim será
salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem. O ladrão só vem para roubar,
matar e destruir. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. -
Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta):
Os discípulos devem estar alertas. De todos os lados, surgem pressões,
visando afastá-los do projeto de Jesus. Quem não está atento, corre o risco de
ser enganado. O pastor das ovelhas age de maneira muito diferente dos
salteadores e ladrões. Cada um é reconhecido por seu modo de proceder.
O pastor tem com as ovelhas um relacionamento feito de confiança e
amizade. A intimidade permite que se conheçam mutuamente. As ovelhas conhecem-no
pela voz. Ele as chama pelo nome. Cada ovelha tem um valor particular. Elas são
levadas para pastar, sob a atenta vigilância do pastor, que lhes dá segurança e
as defende.
Esta é a imagem do relacionamento de Jesus com seus discípulos.
Contrariamente ao pastor, agem os estranhos que não nutrem um autêntico
interesse pelas ovelhas. Atuando com engodo, podem colocá-las em perigo. Sua
única preocupação consiste em tirar proveito de sua ingenuidade, abandonando-as
quando não se prestam às suas perversas intenções. A atitude natural das
ovelhas é fugir, quando se aproxima um estranho, cuja voz não conhecem. Elas
sabem que estão correndo perigo. Contudo, são suficientemente espertas para não
se deixarem levar por quem é ladrão e salteador.
O discípulo de Jesus não se deixa enganar. Ele sabe distinguir muito bem
entre o pastor e os ladrões e salteadores. Por isso, não hesita em fugir,
quando estes se aproximam.
INTENÇÕES PARA O MÊS DE ABRIL:
Geral – Celebração da Fé: Que a celebração pública e orante
da Fé seja fonte de vida para os que creem.
Missionária – Igrejas locais e território de missão: Que as Igrejas
locais e territórios de missão sejam sinais e instrumentos de esperança e
ressurreição.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Pascal: Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de
Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia
de festa, ou melhor, “como um grande Domingo” (Santo Atanásio; conforme NALC
22).
Os Domingos deste tempo sejam tidos como Domingos da Páscoa e, depois do
Domingo da Ressurreição, sejam chamados 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º Domingos da
Páscoa. Os oito primeiros dias do Tempo Pascal formam a Oitava da Páscoa e são
celebrados como solenidades do Senhor (NALC 24). O oitavo dia é constituído
pelo domingo seguinte a Páscoa. A oitava da Páscoa tem precedência sobre
quaisquer outras celebrações.
Qualquer solenidade que coincida com um dos domingos da Páscoa tem sua
celebração antecipada para o sábado; se, porém, ocorrer durante a oitava da
Páscoa, fica transferida para o primeiro dia livre que se seguir a oitava. As
festas celebram-se segundo a data do calendário; quando ocorrerem em domingo do
Tempo Pascal, omitem-se nesse ano.
Diz-se o Glória durante a Oitava da Páscoa, nas solenidades e festas, já
o Credo só nas solenidades. O Círio Pascal permanece junto ao altar por todo o
Tempo Pascal, isto é, da noite de Páscoa ao Domingo de Pentecostes, e acende-se
em todas as Missas dominicais.
O Domingo de Pentecostes encerra este tempo sagrado de cinquenta dias
(NALC 23). No Brasil, celebra-se no 7º Domingo da Páscoa e solenidade da Ascensão
do Senhor.
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo