Liturgia Diária
Comentada 23/04/2013
4ª Semana da Páscoa - 4ª Semana do Saltério
Prefácio pascal - Ofício do dia
Cor: Branco - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Apocalipse 19,7.6 - Alegremo-nos, exultemos e demos glória a
Deus, porque o Senhor todo-poderoso tomou posse do seu reino, aleluia!
Oração do Dia: Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, celebrando o mistério da
ressurreição do Senhor, possamos acolher com alegria a nossa redenção. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: At 11,19-26
Começaram a pregar também aos gregos, anunciando-lhes a Boa Nova do
Senhor Jesus.
Naqueles dias, aqueles que se haviam espalhado por causa da perseguição
que se seguiu à morte de Estêvão chegaram à Fenícia, à ilha de Chipre e à
cidade de Antioquia, embora não pregassem a Palavra a ninguém que não fosse
judeu. Contudo, alguns deles, habitantes de Chipre e da cidade de Cirene,
chegaram a Antioquia e começaram a pregar também aos gregos, anunciando-lhes a
Boa Nova do Senhor Jesus. E a mão do Senhor estava com eles. Muitas pessoas
acreditaram no Evangelho e se converteram ao Senhor.
A notícia chegou aos ouvidos da Igreja que estava em Jerusalém. Então
enviaram Barnabé até Antioquia. Quando Barnabé chegou e viu a graça que Deus
havia concedido, ficou muito alegre e exortou a todos para que permanecessem
fiéis ao Senhor, com firmeza de coração. É que ele era um homem bom, cheio do
Espírito Santo e de fé. E uma grande multidão aderiu ao Senhor.
Então Barnabé partiu para Tarso, à procura de Saulo. Tendo encontrado
Saulo, levou-o a Antioquia. Passaram um ano inteiro trabalhando juntos naquela
Igreja, e instruíram uma numerosa multidão. Em Antioquia os discípulos foram,
pela primeira vez, chamados com o nome de cristãos. - Palavra do
Senhor.
Comentando a Liturgia: A perseguição que se abate
sobre a Igreja de Jerusalém, longe de estancar no nascedouro a experiência
cristã, torna-se paradoxalmente uma das causas de sua difusão e dinamismo
missionário. Com efeito, ela obriga a comunidade dos apóstolos a sair dos
acanhados limites geográficos e ideológicos do judaísmo.
Salmo: 86, 1-3. 4-5. 6-7 (R. Sl
116, 1a)
Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes.
O Senhor ama a cidade que fundou no Monte santo; ama as portas de Sião
mais que as casas de Jacó. Dizem coisas gloriosas da Cidade do Senhor.
Lembro o Egito e Babilônia entre os meus veneradores. Na Filistéia ou em
Tiro ou no país da Etiópia, este ou aquele ali nasceu. De Sião, porém, se diz:
"Nasceu nela todo homem; Deus é sua segurança".
Deus anota no seu livro, onde inscreve os povos todos: "Foi ali que
estes nasceram". E por isso todos juntos a cantar se alegrarão; e,
dançando, exclamarão: "Estão em ti as nossas fontes!"
Evangelho: Jo 10,22-30
Eu e o Pai somos um.
Celebrava-se, em Jerusalém, a festa da Dedicação do Templo. Era inverno.
Jesus passeava pelo Templo, no pórtico de Salomão. Os judeus rodeavam-no e
disseram: “Até quando nos deixarás em dúvida? Se tu és o Messias, dize-nos
abertamente”.
Jesus respondeu: “Já vo-lo disse, mas vós não acreditais. As obras que
eu faço em nome do meu Pai dão testemunho de mim; vós, porém, não acreditais,
porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu
as conheço e elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se
perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão. Meu Pai, que me deu estas
ovelhas, é maior que todos, e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai. Eu e o
Pai somos um”. - Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta):
Os judeus insistiam com Jesus, exigindo que ele afirmasse, abertamente,
sua identidade de Messias. Jesus, porém, tinha motivos para não ceder a uma tal
pressão. Existe um caminho muito simples para reconhecê-lo: prestar atenção nas
obras que ele realiza!
Só consegue reconhecer Jesus a partir de suas obras, quem se faz
discípulo dele. A condição de discípulo coloca o indivíduo na perspectiva justa
para observar o agir de Jesus e tirar as conclusões a respeito de sua
identidade. Como? Permitindo olhá-lo com benevolência, sem preconceitos, nem má
intenção. Colocando-se em sintonia com o Senhor, o discípulo pode discernir
quem, de fato, é Jesus. Igualmente, capacita-o para ler, nas entrelinhas da
ação de Jesus, sua condição de Messias, realizador das antigas esperanças de
Israel, restaurador da vida e da esperança. E mais, sua condição divina, pois,
as obras que Jesus realiza são exclusivas de quem é o Filho de Deus.
Quem não se torna discípulo, ou seja, sua ovelha, não está em condições
de reconhecê-lo como Messias, por mais prodigiosa que seja a obra realizada por
Jesus. Quem não está predisposto a ser discípulo, não abre mão da posição já
tomada, nem confessa a messianidade de Jesus. Por isso, não era oportuno perder
tempo com tal tipo de gente. Se não quisessem crer nele a partir das obras,
paciência!
INTENÇÕES PARA O MÊS DE ABRIL:
Geral – Celebração da Fé: Que a celebração pública e orante
da Fé seja fonte de vida para os que creem.
Missionária – Igrejas locais e território de missão: Que as Igrejas
locais e territórios de missão sejam sinais e instrumentos de esperança e
ressurreição.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Pascal: Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de
Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia
de festa, ou melhor, “como um grande Domingo” (Santo Atanásio; conforme NALC
22).
Os Domingos deste tempo sejam tidos como Domingos da Páscoa e, depois do
Domingo da Ressurreição, sejam chamados 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º Domingos da
Páscoa. Os oito primeiros dias do Tempo Pascal formam a Oitava da Páscoa e são
celebrados como solenidades do Senhor (NALC 24). O oitavo dia é constituído
pelo domingo seguinte a Páscoa. A oitava da Páscoa tem precedência sobre
quaisquer outras celebrações.
Qualquer solenidade que coincida com um dos domingos da Páscoa tem sua
celebração antecipada para o sábado; se, porém, ocorrer durante a oitava da
Páscoa, fica transferida para o primeiro dia livre que se seguir a oitava. As
festas celebram-se segundo a data do calendário; quando ocorrerem em domingo do
Tempo Pascal, omitem-se nesse ano.
Diz-se o Glória durante a Oitava da Páscoa, nas solenidades e festas, já
o Credo só nas solenidades. O Círio Pascal permanece junto ao altar por todo o
Tempo Pascal, isto é, da noite de Páscoa ao Domingo de Pentecostes, e acende-se
em todas as Missas dominicais.
O Domingo de Pentecostes encerra este tempo sagrado de cinquenta dias
(NALC 23). No Brasil, celebra-se no 7º Domingo da Páscoa e solenidade da Ascensão
do Senhor.
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo