Liturgia Diária
Comentada 03/05/2013
5ª
Semana da Páscoa - 1ª Semana do Saltério
Prefácio
dos Apóstolos I ou II - Ofício da Festa
Cor:
Vermelho - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Estes são os santos que Deus escolheu no seu amor. Deu-lhes uma
glória eterna, aleluia!
Oração do Dia: Ó Deus, vós nos alegrais cada ano com a festa dos apóstolos São
Felipe e São Thiago. Concedei-nos, por suas preces, participar de tal modo da
paixão e ressurreição de vosso Filho, que vejamos eternamente a vossa face. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: 1Cor 15,1-8
O Senhor apareceu a Tiago e, depois, apareceu aos apóstolos todos
juntos.
Irmãos, quero lembrar-vos o evangelho que vos preguei e que recebestes,
e no qual estais firmes. Por ele sois salvos, se o estais guardando tal qual
ele vos foi pregado por mim. De outro modo, teríeis abraçado a fé em vão.
Com efeito, transmiti-vos, em primeiro lugar, aquilo que eu mesmo tinha
recebido, a saber: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras;
que foi sepultado; que, ao terceiro dia, ressuscitou, segundo as Escrituras’; e
que apareceu a Cefas e, depois, aos Doze. Mais tarde, apareceu a mais de
quinhentos irmãos, de uma vez. Destes, a maioria ainda vive e alguns já
morreram. Depois, apareceu a Tiago e, depois, apareceu aos apóstolos todos
juntos. Por último, apareceu também a mim, como a um abortivo - Palavra do Senhor.
Comentando a Liturgia: "Cristo ressuscitado" é o
fundamento de nossa fé. Neste texto de Paulo estão as linhas principais do
"Credo" cristão, e o mais antigo testemunho sobre a tradição da
doutrina da Igreja das origens. Funda-se Paulo no "fato" da
ressurreição de Cristo, a certeza basilar da fé cristã, certeza oferecida e
confirmada por longa série de testemunhas que “viram" o
"Ressuscitado".
Este é o ensinamento da Igreja, este o "evangelho", a alegre
notícia que trouxe a salvação e funda todas as outras realidades da fé, das
quais é a suprema garantia. Aqui é afirmada a "tradição" da Igreja,
ou seja, o ensinamento vivo que se transmite com base nas Escrituras. É-nos
dado um estilo de anúncio na evangelização e na catequese.
Salmo: 18(19A),2-3.4-5 (R. 5a)
Seu som ressoa e se espalha em toda terra.
Os céus proclamam a glória do Senhor, / e o firmamento, a obra de suas
mãos; / o dia ao dia transmite esta mensagem, / a noite à noite publica esta
notícia.
Não são discursos nem frases ou palavras, / nem são vozes que possam ser
ouvidas; / seu som ressoa e se espalha em toda a terra, / chega aos confins do
universo a sua voz
Evangelho: Jo 14,6-14
Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces?
Naquele tempo, Jesus disse a Tomé: "Eu sou o
caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim. Se vós me
conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o
vistes". Disse Filipe: "Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos
basta!"
Jesus respondeu: "Há quanto tempo estou convosco e não me conheces,
Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: 'Mostra-nos o Pai?' Não
acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo,
não as digo por mim mesmo, mas é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as
suas obras. Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditai, ao
menos, por causa destas mesmas obras.
Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que
eu faço, e fará ainda maiores que estas. Pois eu vou para o Pai, e o que
pedirdes em meu nome, eu realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no
Filho. Se pedirdes algo em meu nome, eu o realizarei". - Palavra
da Salvação.
Comentando o Evangelho (Antônio Carlos Santini / Com.
Católica Nova Aliança): A História percorrida pela Humanidade é
permanente busca de sentido. Todas as civilizações se interrogaram sobre o
absoluto, fazendo as perguntas essenciais: Quem sou? De onde venho? Para onde
vou? O céu estrelado, a vastidão do oceano, a fúria dos elementos – tudo levou
o homem a olhar para cima e para dentro de si mesmo, tentando intuir verdades
além da matéria imediata, além daquilo “que os olhos podem ver”...
Em sua busca, como às apalpadelas, nasceram mitos, teogonias, cultos
religiosos. Livros sagrados, pirâmides e mausoléus são os indícios dessa
incessante procura. Entretanto, é o próprio Deus quem se antecipa ao homem.
Depois de escolher um povo de predileção, Deus falou a ele por meio dos
profetas e patriarcas. Mas só na plenitude dos tempos, quando o Filho de Deus
se fez carne, nascendo de Mulher e habitando entre nós, é que nos foi oferecido
um caminho definitivo para chegar a Deus. Este Caminho é Jesus Cristo.
Caminho, ponte, canal – são imagens que apontam para a missão do Filho:
pôr-nos em contato com o Pai, nossa fonte e nosso alvo, nossa indispensável
mediação. Sem nenhum mérito nosso, mas puro dom gracioso de um Deus que é amor,
a presença do Filho entre nós representa o ponto máximo da revelação do Deus
que se debruça sobre as criaturas e deseja adotá-las como filhos. Contemplar o
Filho é conhecer o Pai (cf. Jo 14, 9).
Depois disso, nós já não precisamos temer os espíritos do fogo e os
demônios do vento; já não precisamos sacrificar nossos jovens para amansar
divindades sangrentas; já não precisamos adivinhar enigmas reservados a uns
poucos “iluminados”. Deus veio até nós em Jesus e pudemos vê-lo, ouvi-lo e
tocá-lo (cf. 1Jo 1, 1-3). E esse Deus era todo amor...
Que esperamos, pois, para caminhar POR Cristo, COM Cristo, EM Cristo, na
direção do Pai? Caminhar com Cristo – e o primeiro nome da Igreja foi
exatamente “caminho”! (Cf. At 2, 47; 19, 23.) resume-se a imitar o Filho em seu
amor obediente ao Pai, acolhendo sua voz e cumprindo a missão por Ele proposta.
Ser todo para o Pai!
Seguir o Caminho é, simplesmente, pisar em suas pegadas. Amar como ele
amou...
INTENÇÕES PARA O MÊS DE MAIO:
Geral – Responsáveis pela Justiça: Que os responsáveis por administrar
a justiça ajam sempre com integridade e consciência reta.
Missionária – Seminários: Que os Seminários, em particular
os que se encontram em Igreja de missão, formem pastores segundo o Coração de
Cristo, inteiramente dedicados ao anúncio do Evangelho.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Pascal: Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de
Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia
de festa, ou melhor, “como um grande Domingo” (Santo Atanásio; conforme NALC
22).
Os Domingos deste tempo sejam tidos como Domingos da Páscoa e, depois do
Domingo da Ressurreição, sejam chamados 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º Domingos da
Páscoa. Os oito primeiros dias do Tempo Pascal formam a Oitava da Páscoa e são
celebrados como solenidades do Senhor (NALC 24). O oitavo dia é constituído
pelo domingo seguinte a Páscoa. A oitava da Páscoa tem precedência sobre
quaisquer outras celebrações.
Qualquer solenidade que coincida com um dos domingos da Páscoa tem sua
celebração antecipada para o sábado; se, porém, ocorrer durante a oitava da
Páscoa, fica transferida para o primeiro dia livre que se seguir a oitava. As
festas celebram-se segundo a data do calendário; quando ocorrerem em domingo do
Tempo Pascal, omitem-se nesse ano.
Diz-se o Glória durante a Oitava da Páscoa, nas solenidades e festas, já
o Credo só nas solenidades. O Círio Pascal permanece junto ao altar por todo o
Tempo Pascal, isto é, da noite de Páscoa ao Domingo de Pentecostes, e acende-se
em todas as Missas dominicais.
O Domingo de Pentecostes encerra este tempo sagrado de cinquenta dias
(NALC 23). No Brasil, celebra-se no 7º Domingo da Páscoa e solenidade da Ascensão
do Senhor.
Cor Litúrgica: VERMELHO - Simboliza o fogo purificador, o
sangue e o martírio. Usada nas missas de Pentecostes e santos mártires.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo