Liturgia Diária
Comentada 07/05/2013
6ª Semana da Páscoa - 2ª Semana do Saltério
Prefácio pascal - Ofício do dia
Cor: Branco - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Apocalipse 19,7.6 - Alegremo-nos, exultemos e demos glória a
Deus, porque o Senhor todo-poderoso tomou posse do seu reino, aleluia!
Oração do Dia: Ó Deus, que o vosso povo sempre exulte pela sua renovação
espiritual. Alegrando-nos hoje porque adotados de novo como filhos de Deus,
esperamos confiantes e alegres o dia da ressurreição. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: At 16,22-34
Crê no Senhor Jesus, e sereis salvos tu e todos os de tua família.
Naqueles dias, a multidão dos filipenses levantou-se contra Paulo e
Silas; e os magistrados, depois de lhes rasgarem as vestes, mandaram açoitar os
dois com varas. Depois de açoitá-los bastante, lançaram-nos na prisão,
ordenando ao carcereiro que os guardasse com toda a segurança. Ao receber essa
ordem, o carcereiro levou-os para o fundo da prisão e prendeu os pés deles no
tronco.
À meia-noite, Paulo e Silas estavam rezando e cantando hinos a Deus. Os
outros prisioneiros os escutavam. De repente, houve um terremoto tão violento
que sacudiu os alicerces da prisão. Todas as portas se abriram e as correntes
de todos se soltaram.
O carcereiro acordou e viu as portas da prisão abertas. Pensando que os
prisioneiros tivessem fugido, puxou da espada e estava para suicidar-se. Mas
Paulo gritou com voz forte: “Não te faças mal algum! Nós estamos todos aqui”.
Então o carcereiro pediu tochas, correu para dentro e, tremendo, caiu aos pés
de Paulo e Silas.
Conduzindo-os para fora, perguntou: “Senhores, que devo fazer para ser
salvo?” Paulo e Silas responderam: “Crê no Senhor Jesus, e sereis salvos tu e
todos os de tua família”. Então Paulo e Silas anunciaram a Palavra do Senhor ao
carcereiro e a todos os de sua família. Na mesma hora da noite, o carcereiro
levou-os consigo para lavar as feridas causadas pelos açoites. E,
imediatamente, foi batizado junto com todos os seus familiares. Depois fez
Paulo e Silas subirem até sua casa, preparou-lhes um jantar e alegrou-se com
todos os seus familiares por ter acreditado em Deus. - Palavra do
Senhor.
Comentando a Liturgia: A conduta clara, franca e
serena dos verdadeiros discípulos do evangelho abrem fendas de duvida na
indiferença de quem vive no ateísmo e na superficialidade. Exatamente por estas
aberturas é que entra a fé. - Palavra do Senhor.
Salmo: 137, 1-2a. 2bc-3. 7c-8
(R. 7c)
Ó Senhor, me estendeis o vosso braço e me ajudais.
Ó Senhor, de coração eu vos dou graças, porque ouvistes as palavras dos
meus lábios! Perante os vossos anjos vou cantar-vos e ante o vosso templo vou
prostrar-me.
Eu agradeço vosso amor, vossa verdade, porque fizestes muito mais que
prometestes; naquele dia em que gritei, vós me escutastes e aumentastes o vigor
da minha alma.
Estendereis o vosso braço em meu auxílio e havereis de me salvar com
vossa destra. Completai em mim a obra começada; ó Senhor, vossa bondade é para
sempre! Eu vos peço: não deixeis inacabada esta obra que fizeram vossas mãos!
Evangelho: Jo 16,5-11
Se eu não for, não virá até vós o Defensor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Agora, parto para
aquele que me enviou, e nenhum de vós me pergunta: Para onde vais? Mas, porque
vos disse isto, a tristeza encheu os vossos corações. No entanto, eu vos digo a
verdade: É bom para vós que eu parta; se eu não for, não virá até vós o Defensor;
mas, se eu me for, eu vo-lo mandarei. E quando vier, ele demonstrará ao mundo
em que consistem o pecado, a justiça e o julgamento: o pecado, porque não
acreditaram em mim; a justiça, porque vou para o Pai, de modo que não mais me
vereis; e o julgamento, porque o chefe deste mundo já está condenado”. -
Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho Antônio Carlos Santini / Com Católica Nova
Aliança:
É a despedida da Última Ceia. Jesus anuncia que, ao fim de sua missão
terrena, está prestes a voltar para o Pai. Chega ao fim aquele período
histórico em que sua presença física podia ser compartilhada pelos discípulos.
Por quase três anos, viveram a experiência narrada por São João: “nossos olhos
viram, nossos ouvidos ouviram e nossas mãos têm como que apalpado...” (1Jo 1,
2). Agora, porém, é o adeus...
Para os consolar, o Mestre acena-lhes com a promessa do Espírito Santo,
a quem chama de Paráclito ou Consolador. Mas a tristeza invade os corações dos
discípulos. Apegados à pessoa de Jesus, não conseguem alegrar-se com a volta do
seu Senhor para o Pai, tampouco com o dom do Espírito.
O que nos deveria impressionar, acima de tudo, é a consciência clara que
Jesus manifesta acerca de sua filiação divina e a sua certeza de que, apesar da
iminência da paixão e da cruz, não será abandonado pelo Pai. É igualmente clara
a convicção de que lhe foi dada uma missão: sente-se o Enviado do Pai.
Esta ligação ou relação entre Jesus e seu Pai costuma ficar diluída em
nossas pregações. Mesmo ao admirar Jesus como mestre da Palavra, dono de
superpoderes (a ponto de dominar os elementos e curar as enfermidades!) ou
profeta que arrasta multidões, nem sempre mantemos viva diante de nossos olhos
a percepção de que o Pai age em Jesus. Por Jesus. Com Jesus.
Mas Jesus sabe disso: nada faz sem o Pai (Jo 14, 31). Ora ao Pai antes
de escolher seus discípulos (Lc 6, 12-16). Dá graças ao Pai pela alegria das
experiências missionárias dos apóstolos (Lc 10, 21). Agradece antecipadamente
ao Pai para, a seguir, chamar Lázaro para fora do túmulo (Jo 11, 41-42).
Abandona-se ao Pai na hora de sua angústia (Lc 22, 42). E é dessa maneira que
ele nos dá o modelo de vida cristã: uma existência que se desenrola sob os
olhos amorosos de Deus, na estatura de filhos que tudo lhe devem e, por isso
mesmo, vivem em permanente ação de graças.
Tenhamos, ainda, em conta este fato: em todas as suas orações
registradas nos Evangelhos – com exceção do Salmo recitado na cruz (Mc 15, 34)
– Jesus sempre se dirige a Deus como o seu Abbá, termo da linguagem infantil
com que uma criança de colo se dirige ao papai.
Enfim, o cristianismo não se reduz a uma doutrina ou tábua de valores
morais. O cristianismo é, acima de tudo, uma filiação...
INTENÇÕES PARA O MÊS DE MAIO:
Geral – Responsáveis pela Justiça: Que os responsáveis por
administrar a justiça ajam sempre com integridade e consciência reta.
Missionária – Seminários: Que os Seminários, em particular
os que se encontram em Igreja de missão, formem pastores segundo o Coração de
Cristo, inteiramente dedicados ao anúncio do Evangelho.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Pascal: Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de
Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia
de festa, ou melhor, “como um grande Domingo” (Santo Atanásio; conforme NALC
22).
Os Domingos deste tempo sejam tidos como Domingos da Páscoa e, depois do
Domingo da Ressurreição, sejam chamados 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º Domingos da
Páscoa. Os oito primeiros dias do Tempo Pascal formam a Oitava da Páscoa e são
celebrados como solenidades do Senhor (NALC 24). O oitavo dia é constituído
pelo domingo seguinte a Páscoa. A oitava da Páscoa tem precedência sobre
quaisquer outras celebrações.
Qualquer solenidade que coincida com um dos domingos da Páscoa tem sua
celebração antecipada para o sábado; se, porém, ocorrer durante a oitava da
Páscoa, fica transferida para o primeiro dia livre que se seguir a oitava. As
festas celebram-se segundo a data do calendário; quando ocorrerem em domingo do
Tempo Pascal, omitem-se nesse ano.
Diz-se o Glória durante a Oitava da Páscoa, nas solenidades e festas, já
o Credo só nas solenidades. O Círio Pascal permanece junto ao altar por todo o
Tempo Pascal, isto é, da noite de Páscoa ao Domingo de Pentecostes, e acende-se
em todas as Missas dominicais.
O Domingo de Pentecostes encerra este tempo sagrado de cinquenta dias
(NALC 23). No Brasil, celebra-se no 7º Domingo da Páscoa e solenidade da Ascensão
do Senhor.
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo