Liturgia Diária
Comentada 20/05/2013
7ª Semana do Tempo Comum - 3ª Semana do Saltério
Prefácio Comum - Ofício do dia
Cor: Verde - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Salmo 12,6 - Confiei, Senhor, na vossa misericórdia; meu
coração exulta porque me salvais. Cantarei ao Senhor pelo bem que me fez!
Oração do Dia: Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre o
que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo Por nosso Senhor
Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: Eclo 1,1-10
Antes de todas as coisas foi criada.
Toda a sabedoria vem do Senhor Deus. Ela esteve e está sempre com Ele.
Quem pode contar a areia do mar, as gotas de chuva, os dias do tempo? Quem
poderá medir a altura do céu, a extensão da terra, a profundeza do abismo?
Antes de todas as coisas foi criada a sabedoria, a inteligência prudente vem da
eternidade. Fonte da sabedoria é a palavra de Deus no mais alto dos céus e seus
caminhos são os mandamentos eternos.
A quem foi revelada a raiz da sabedoria? Quem conheceu as capacidades do
seu engenho? A ciência da sabedoria, a quem foi revelada? E quem compreendeu
sua grande experiência? Só um é o altíssimo, criador onipotente, rei poderoso e
a quem muito se deve temer, assentado em seu trono e dominando tudo, Deus. Ele
é quem a criou no espírito santo: Ele a viu, a enumerou e mediu; ele a derramou
sobre todas as suas obras e em cada ser humano, segundo a sua bondade. Ele a
concede àqueles que o temem - Palavra do Senhor.
Salmo: 92, 1ab. 1c-2. 5 (R.1a)
Reina o Senhor, revestiu-se de esplendor.
Deus é Rei e se vestiu de majestade, revestiu-se de poder e de
esplendor!
Vós firmastes o universo inabalável, vós firmastes vosso trono desde a
origem, desde sempre, ó Senhor, vós existis!
Verdadeiros são os vossos testemunhos, refulge a santidade em vossa
casa, pelos séculos dos séculos, Senhor!
Evangelho: Mc 9,14-29
‘Eu tenho fé, mas ajuda a minha falta de fé.’
Naquele tempo, descendo Jesus do monte com Pedro, Tiago e João e
chegando perto dos outros discípulos, viram que estavam rodeados por uma grande
multidão. Alguns mestres da Lei estavam discutindo com eles. Logo que a
multidão viu Jesus, ficou surpresa e correu para saudá-lo.
Jesus perguntou aos discípulos: “Que discutis com eles?” Alguém na
multidão respondeu: “Mestre, eu trouxe a ti meu filho que tem um espírito mudo.
Cada vez que o espírito o ataca, joga-o no chão e ele começa a espumar, range
os dentes e fica completamente rijo. Eu pedi aos teus discípulos para
expulsarem o espírito, mas eles não conseguiram”.
Jesus disse: Ó geração incrédula! Até quando estarei convosco? Até
quando terei de suportar-vos? Trazei aqui o menino”. E levaram-no o menino.
Quando o espírito viu Jesus, sacudiu violentamente o menino, que caiu no chão e
começou a rolar e a espumar pela boca.
Jesus perguntou ao pai: “Desde quando ele está assim?” O pai respondeu:
“Desde criança. E muitas vezes, o espírito já o lançou no fogo e na água para
matá-lo. Se podes fazer alguma coisa, tem piedade de nós e ajuda-nos”.
Jesus disse: “Se podes!... Tudo é possível para quem tem fé”. O pai do
menino disse em alta voz: “Eu tenho fé, mas ajuda a minha falta de fé”. Jesus
viu que a multidão acorria para junto dele. Então ordenou ao espírito impuro:
“Espírito mudo e surdo, eu te ordeno que saias do menino e nunca mais entres
nele”. O espírito sacudiu o menino com violência, deu um grito e saiu. O menino
ficou como morto, e por isso todos diziam: “Ele morreu!” Mas Jesus pegou a mão
do menino, levantou-o e o menino ficou de pé.
Depois que Jesus entrou em casa, os discípulos lhe perguntaram a sós:
“Por que nós não conseguimos expulsar o espírito?” Jesus respondeu: “Essa
espécie de demônios não pode ser expulsa de nenhum modo, a não ser pela
oração”. - Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho Ricardo e Marta / Católicos com Jesus:
Fique atento ao dialogo: “Mestre, eu te trouxe meu filho, que tem um
espírito mudo”. “Roguei a teus discípulos que o expelissem, mas não o puderam”.
“Se tu, porém, podes alguma coisa”. “Se podes alguma coisa!... Tudo é possível
ao que crê”. “Creio! Vem em socorro à minha falta de fé!”
A principio podemos julgar desrespeitoso e incoerente o “Se tu podes”,
mas é altamente compreensivo partindo-se do pressuposto que aquele homem não
conhecia Jesus. Certamente levou o filho a sua presença movido pelo desespero
de pai diante da doença do filho, e quem sabe, também influenciado pelos
comentários dos milagres.
Jesus vê que aquele homem anseia por libertação, não só do filho, mas
dele também. O texto não relatar, mas é possível pensar que Jesus dirigiu a ele
mais que uma frase, certamente mostrou que existe uma cura maior, buscou
restituir a esperança a aquele pai cansado e desiludido. É maravilhoso ver a
mudança que a Boa Nova traz as pessoas.
O pai que se colocou na presença de Jesus movido pela dor, agora busca
se deixar conduzir pelo amor. Note que seguido do “creio”, o pai não pede mais
pela saúde do filho, mas sim que fortaleça sua fé. Não fique pensando que o pai
esqueceu-se do filho, muito pelo contrario, mas devemos lembrar-nos do episodio
do paralitico: “Filho, os teus pecados estão perdoados” (Mc 2,5), para ele
agora é mais importante a cura da alma.
Mais adiante no finalzinho da narração temos outro dialogo, desta vez
dos discípulos com Jesus. “Por que não pudemos nós expeli-lo?” “Esta espécie de
demônios não se pode expulsar senão pela oração”. Mateus em seu Evangelho
acrescenta também o jejum, ou seja, “oração e jejum” é essa a formula para uma
perfeita sintonia com Deus. Infelizmente eles não tinham a sabedoria vinda de
São Paulo que nós temos: “Orai sem cessar” (1Ts 5,17). Para fazer frente ao mal
é preciso uma vida de oração.
INTENÇÕES PARA O MÊS DE MAIO:
Geral – Responsáveis pela Justiça: Que os responsáveis por
administrar a justiça ajam sempre com integridade e consciência reta.
Missionária – Seminários: Que os Seminários, em particular
os que se encontram em Igreja de missão, formem pastores segundo o Coração de
Cristo, inteiramente dedicados ao anúncio do Evangelho.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração da Festa do
Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes da Quaresma. Recomeça na
segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das Primeiras
Vésperas do 1º Domingo do Advento NALC 44.
Cor Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo