Liturgia
Diária Comentada 02/01/2014
Tempo
do Natal - 1ª Semana do Saltério
Prefácio
do Natal ou dos Pastores – Ofício da Memória
Cor:
Branco - Ano Litúrgico “A” – São Mateus
Antífona: Ezequiel
34,11.23 Velarei sobre as minhas ovelhas, diz o Senhor; chamarei um
pastor que as conduza e serei o seu Deus.
Oração
do Dia: Ó Deus, que iluminastes a vossa Igreja com o exemplo e a
doutrina de são Basílio e são Gregório Nazianzeno, fazei-nos
buscar humildemente a vossa verdade e segui-la com amor em nossa
vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo. Amém.
LEITURAS:
Primeira
Leitura: 1Jo 2,22-28 Permaneça dentro de vós aquilo que ouvistes
desde o princípio.
Caríssimos,
quem é mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo?
O Anticristo é aquele que nega o Pai e o Filho. Todo aquele que nega
o Filho, também não possui o Pai. Quem confessa o Filho, possui
também o Pai.
Permaneça
dentro de vós aquilo que ouvistes desde o princípio. Se o que
ouvistes desde o princípio permanecer em vós, permanecereis com o
Filho e com o Pai. E esta é a promessa que ele nos fez: a vida
eterna.
Escrevo
isto a respeito dos que procuram desencaminhar-vos. Quanto a vós
mesmos, a unção que recebestes da parte de Jesus permanece
convosco, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine.
A sua unção vos ensina tudo, e ela é verdadeira e não mentirosa.
Por
isso, conforme a unção de Jesus vos ensinou, permanecei nele.
Então, agora, filhinhos, permanecei nele. Assim poderemos ter plena
confiança, quando ele se manifestar, e não seremos vergonhosamente
afastados dele, quando da sua vinda - Palavra do Senhor.
Comentando
o Evangelho: São João
continua a alertar os discípulos contra os que negam a Cristo e se
opõem a seu plano de Salvação: "Quem é o mentiroso senão
aquele que nega ser Jesus o Cristo?" (versículo 22). Rejeitando
a Jesus como Filho de Deus, eles rejeitam também o Pai: "Todo
aquele que nega o Filho também não possui o Pai" (versículo
23). Jesus afirmara-o claramente: "Eu e o Pai somos um só"
(Jo 10,30), pondo em evidência a intimidade e identidade de natureza
e de vida entre Pai e Filho. Havia dito antes: "Quem não honra
o Filho, também não honra o Pai que o enviou" (Jo 5,23), e
"Ninguém vai ao Pai senão pelo Filho" (Jo 14,6).
A
essa intimidade, verdadeira comunhão de vida com Deus, são chamados
todos os que creem, na medida em que aceitam a verdade revelada. "Se
permanecer em vós o que ouvistes desde o princípio, também
permanecereis no Filho e no Pai" (versículo 24). Essa
misteriosa, mas vital união com Deus é o início da realização da
"vida eterna", tantas vezes prometida por Jesus: "Deus
tanto amou o mundo que entregou seu Filho unigênito, para que todo o
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3,16).
Salmo: 97
(98), 1. 2-3ab. 3cd-4 (R.3a) Os confins do universo contemplaram a
salvação do nosso Deus
Cantai
ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e
seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.
O
Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça;
recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel.
Os
confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai
o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai.
Evangelho:
Jo 1,19-28 No meio de vós está o que vem após mim
Este
foi o testemunho de João, quando os judeus enviaram de Jerusalém
sacerdotes e levitas para perguntar: "Quem és tu?"
João
confessou e não negou. Confessou: "Eu não sou o messias".
EIes perguntaram: "Quem és, então? És tu Elias?" João
respondeu: "Não sou". Eles perguntaram: "És o
profeta?" Ele respondeu: "Não". Perguntaram então:
"Quem és, afinal? Temos que levar uma resposta para aqueles que
nos enviaram. O que dizes de ti mesmo?"
João
declarou: "Eu sou a voz que grita no deserto: 'Aplainai o
caminho do Senhor' - conforme disse o profeta Isaías". Ora, os
que tinham sido enviados pertenciam aos fariseus e perguntaram: "Por
que então andas batizando, se não és o messias, nem Elias, nem o
profeta?"
João
respondeu: "Eu batizo com água; mas no meio de vós está
aquele que vós não conheceis, e que vem depois de mim. Eu não
mereço desamarrar a correia de suas sandálias". lsso aconteceu
em Betânia além do Jordão, onde João estava batizando -
Palavra da Salvação.
Comentário: João
Batista teve sua parcela de colaboração no projeto de Deus, com uma
tarefa aparentemente simples: anunciar a chegada do Messias e
predispor o povo para acolhê-lo. Contudo, defrontou-se com sérias
dificuldades. A maior delas tocava sua identidade de Precursor. Sua
figura ascética levava as pessoas a tomá-lo por Messias. Ele,
porém, se esforçava para explicar não ser o Cristo, nem pretender
sê-lo, reconhecendo-se apenas como uma voz clamando para que as
pessoas se preparassem para a vinda do Messias.
João
definia sua identidade confrontando-se com o Messias, que ele nem
conhecia. Tinha consciência da superioridade daquele que viria
depois dele. Por isso, na sua humildade, reconhecia não ser digno
nem mesmo de curvar-se para desatar-lhe as correias das sandálias.
Essa consciência mantinha-o livre da tentação de usurpar uma
posição que não lhe pertencia.
O
realismo de João não o impedia de realizar seu ministério com
simplicidade. Ele não era um concorrente do Messias. Não agia por
iniciativa própria; apenas fazia o que lhe fora pedido por Deus. Seu
compromisso com ele impedia-o de extrapolar os limites do seu
ministério. Sua figura só tinha importância por causa do Messias
que estava para vir.
Foi
a humildade de João que fez dele um grande homem, pois a verdadeira
grandeza consiste em reconhecer a própria indignidade diante do Pai
e colocar-se a serviço dele. -
(Padre Jaldemir Vitório)
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE JANEIRO:
Geral
– Desenvolvimento econômico: Para que seja promovido um
autêntico desenvolvimento económico, respeitoso da dignidade de
todas as pessoas e de todos os povos.
Missionária
– Unidade dos cristãos: Para que os cristãos das
diversas confissões caminhem em direção à unidade desejada por
Cristo.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
do Natal: A salvação prometida por Deus aos homens em suas
mensagens aos patriarcas e profetas, torna-se realidade concreta na
vinda de Jesus o salvador. O eterno Filho de Deus, feito homem, é a
mensagem conclusiva de Deus aos homens: ele é aquele que salva.
O
nascimento histórico de Jesus em Belém é o sinal de nosso
misterioso nascimento à vida divina. O Filho de Deus
se fez homem para que os homens se pudessem tornar
filhos de Deus. Este nascimento é o início de nossa salvação, que
se completará pela morte e ressurreição de Jesus. No pano de fundo
do Natal já se entrevê o mistério da Páscoa. Os dias que vão do
Natal à Epifania e ao Batismo do Senhor devem ajudar-nos a descobrir
em Jesus Cristo a divindade de nosso irmão e a humanidade de nosso
Deus. Os textos litúrgicos deste tempo convidam à alegria, mas
apresentam também riqueza de doutrina. Convidam-nos constantemente a
dar graças pelo misterioso intercâmbio pelo qual participamos da
vida divina de Cristo. Enquanto nos faz participantes do amor
infinito de Deus, que se manifestou em Jesus, a celebração do Natal
abre-nos à solidariedade profunda com todos os homens.
Para
a celebração
Tempo
de Natal começa com as primeiras Vésperas de Natal e termina no
domingo depois da Epifania, ou seja, o domingo que cai após o dia 6
de janeiro.
A
liturgia do Natal do Senhor caracterizada pela celebração das três
Missas natalinas (meia-noite, de manhã. durante o dia), inicia-se
com a Missa vespertina "na vigília", que faz parte da
solenidade.
A
solenidade do Natal prolonga sua celebração por oito dias
contínuos, que são indicados como Oitava de Natal. Esta é assim
ordenada:
No
domingo imediatamente após o Natal celebra-se a festa da sagrada
Família; nos anos em que falta esse domingo, celebra-se esta festa a
30 de dezembro;
26
de dezembro é a festa de santo Estevão, protomártir;
27
de dezembro é o dia da festa de são João, apóstolo e evangelista;
28
de dezembro celebra-se a festa dos Santos Inocentes;
os
dias 29, 30 e 31 de dezembro são dias durante a oitava, nos quais
ocorrem também memórias facultativas;
no
dia 1º de janeiro, oitava de Natal, celebra-se a solenidade de
Maria, Mãe de Deus, na qual também se comemora a imposição do
santo nome de Jesus.
As
festas acima enumeradas, quando caem em domingo, deixam o lugar à
celebração do domingo; se, porém, em algum lugar forem celebradas
como "solenidades", neste caso têm precedência sobre o
domingo. Fazem exceção as festas da sagrada Família e do Batismo
do Senhor; que tomam o lugar do domingo.
Os
dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor (domingo depois da Epifania) são considerados dias do Tempo
de Natal. Entre 2 e 5 de janeiro cai, habitualmente, o II domingo
depois de Natal; a 6 de janeiro celebra-se a solenidade da Epifania
do Senhor. Nas regiões em que esta solenidade não é de preceito,
sua celebração é transferida para 2 e 8 de janeiro, conforme
normas particulares anexas a essa transferência.
Com
a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) termina o
Tempo natalino e principia o Tempo comum (segunda-feira da 1ª
semana); portanto, omitem-se as férias que naquele ano não podem
ter celebração.
Para
a celebração da Eucaristia nas férias do Tempo natalino:
os
dias 29, 30 e 31 de dezembro (que fazem parte da oitava de Natal) tem
formulário próprio para cada dia (Oracional + Lecionário). A
memória designada para esses dias (29 e 31) no calendário perpétuo
pode achar lugar na Missa da oitava, substituindo a coleta dessa
Missa pela do santo (ver n. 3);
os
dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor têm um Oracional próprio (Missal), disposto segundo os dias
da semana (isto é da segunda-feira ao sábado), com um ciclo fixo de
leituras (Lecionário) que segue os dias do calendário; a "coleta"
muda conforme a indicação lá referida.
Diz-se
o Glória nas Missas durante a oitava de Natal. O Prefácio que dá
início à Oração eucarística (I,II, III) é próprio do Tempo do
Natal-Epifania:
o
de Natal (com três textos à escolha) é rezado durante a oitava e
nos outros dias do Tempo natalino;
o
da Epifania diz-se nos dias que vão da solenidade da Epifania ao
sábado que precede a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da
Epifania).
A
cor das vestes litúrgicas nas Missas feriais do Tempo natalino é a
branca.
Cor
Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o Cristo
vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes
solenidades, pode ser substituída pelo amarelo ou, mais
especificamente, o dourado.
Fique
com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo
Feitosa e Marta Lúcia
Fonte:
CNBB - Missal Cotidiano
Adaptação: www.catolicoscomjesus.com