Liturgia
Diária Comentada 03/01/2014
Tempo
do Natal antes da Epifania - 1ª Semana do Saltério
Prefácio
do Natal - Ofício do dia
Cor:
Branco - Ano Litúrgico “A” - São Mateus
Antífona: Salmo
111,4 - Para os retos de coração surgiu nas trevas uma luz: o
Senhor cheio de compaixão, justo e misericordioso.
Oração
do Dia: Ó Deus, sede a luz dos vossos fiéis e abrasai seus
corações com o esplendor da vossa glória, para reconhecerem sempre
o Salvador e a ele aderirem totalmente. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
LEITURAS:
Primeira
Leitura: 1Jo 2,29-3,6 Aquele que permanece nele não peca
Caríssimos,
Já que sabeis que ele é justo, sabei também que todo aquele que
pratica a justiça nasceu dele. Vede que grande presente de amor o
Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o
mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai.
Caríssimos,
desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que
seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes
a ele, porque o veremos tal como ele é.
Todo
o que espera nele, purifica-se a si mesmo, como também ele é puro.
Todo o que comete pecado comete também a iniquidade, porque o pecado
é a iniquidade. Vós sabeis que ele se manifestou para tirar os
pecados e que nele não há pecado. Todo aquele que peca mostra que
não o viu, nem o conheceu. - Palavra do Senhor.
Salmo: 97
(98), 1. 3cd-4. 5-6 (R. 3a) Os confins do universo contemplaram a
salvação do nosso Deus
Cantai
ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e
seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.
Os
confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai
o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!
Cantai
salmos ao Senhor ao som da harpa e da cítara suave! Aclamai, com os
clarins e as trombetas, ao Senhor, nosso Rei!
Evangelho:
Jo 1,29-34 Eis o Cordeiro de Deus.
No
dia seguinte, João viu Jesus aproximar-se dele e disse: “Eis o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Dele é que eu disse:
Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque existia
antes de mim. Também eu não o conhecia, mas se eu vim batizar com
água, foi para que ele fosse manifestado a Israel”.
E
João deu testemunho, dizendo: “Eu vi o Espírito descer, como uma
pomba do céu, e permanecer sobre ele. Também eu não o conhecia,
mas aquele que me enviou a batizar com água me disse: ‘Aquele
sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, este é quem batiza
com o Espírito Santo’. Eu vi e dou testemunho: Este é o Filho de
Deus!”. - Palavra da Salvação.
Comentário: A
atividade frenética do Batista, às margens do Jordão, não o fez
perder a consciência de sua missão. No afluxo de penitentes à
procura do batismo, ele se deu conta da presença do Messias Jesus.
Por isso, advertiu a multidão para a presença do Cordeiro de Deus,
enviado para abolir o pecado do mundo.
A
situação do batismo de Jesus estava carregada de evocações. Sua
exclamação lembrava o cordeiro pascal. As águas do Jordão
recordavam o mar Vermelho. A eliminação do pecado do mundo
aproximava Jesus de Moisés, condutor do povo de Israel para a terra
prometida. Tudo isso servia para alertar a multidão acerca da
presença do Messias.
João
só reconheceu Jesus, por que movido pelo Pai, uma vez que já tinha
declarado, por duas vezes, não ter um conhecimento prévio do
Messias. Para não se enganar na identificação do Messias, João
colocou-se numa atitude de contínuo discernimento. Teria sido
desastroso um falso reconhecimento e a consequente atribuição do
título de Cordeiro de Deus à pessoa indevida. João, ao contrário,
não titubeou quando viu Jesus diante de si. Seu testemunho foi
firme, pois estava certo de não ter sido induzido ao erro. Diante
dele, estava, realmente, o Filho de Deus. Foi o Pai quem lhe revelara
a identidade do Filho, e o movera a reconhecê-lo publicamente. -
(Padre Jaldemir Vitório)
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE JANEIRO:
Geral
– Desenvolvimento econômico: Para que seja promovido um
autêntico desenvolvimento económico, respeitoso da dignidade de
todas as pessoas e de todos os povos.
Missionária
– Unidade dos cristãos: Para que os cristãos das
diversas confissões caminhem em direção à unidade desejada por
Cristo.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
do Natal: A salvação prometida por Deus aos homens em suas
mensagens aos patriarcas e profetas, torna-se realidade concreta na
vinda de Jesus o salvador. O eterno Filho de Deus, feito homem, é a
mensagem conclusiva de Deus aos homens: ele é aquele que salva.
O
nascimento histórico de Jesus em Belém é o sinal de nosso
misterioso nascimento à vida divina. O Filho de Deus
se fez homem para que os homens se pudessem tornar
filhos de Deus. Este nascimento é o início de nossa salvação, que
se completará pela morte e ressurreição de Jesus. No pano de fundo
do Natal já se entrevê o mistério da Páscoa. Os dias que vão do
Natal à Epifania e ao Batismo do Senhor devem ajudar-nos a descobrir
em Jesus Cristo a divindade de nosso irmão e a humanidade de nosso
Deus. Os textos litúrgicos deste tempo convidam à alegria, mas
apresentam também riqueza de doutrina. Convidam-nos constantemente a
dar graças pelo misterioso intercâmbio pelo qual participamos da
vida divina de Cristo. Enquanto nos faz participantes do amor
infinito de Deus, que se manifestou em Jesus, a celebração do Natal
abre-nos à solidariedade profunda com todos os homens.
Para
a celebração
Tempo
de Natal começa com as primeiras Vésperas de Natal e termina no
domingo depois da Epifania, ou seja, o domingo que cai após o dia 6
de janeiro.
A
liturgia do Natal do Senhor caracterizada pela celebração das três
Missas natalinas (meia-noite, de manhã. durante o dia), inicia-se
com a Missa vespertina "na vigília", que faz parte da
solenidade.
A
solenidade do Natal prolonga sua celebração por oito dias
contínuos, que são indicados como Oitava de Natal. Esta é assim
ordenada:
No
domingo imediatamente após o Natal celebra-se a festa da sagrada
Família; nos anos em que falta esse domingo, celebra-se esta festa a
30 de dezembro;
26
de dezembro é a festa de santo Estevão, protomártir;
27
de dezembro é o dia da festa de são João, apóstolo e evangelista;
28
de dezembro celebra-se a festa dos Santos Inocentes;
os
dias 29, 30 e 31 de dezembro são dias durante a oitava, nos quais
ocorrem também memórias facultativas;
no
dia 1º de janeiro, oitava de Natal, celebra-se a solenidade de
Maria, Mãe de Deus, na qual também se comemora a imposição do
santo nome de Jesus.
As
festas acima enumeradas, quando caem em domingo, deixam o lugar à
celebração do domingo; se, porém, em algum lugar forem celebradas
como "solenidades", neste caso têm precedência sobre o
domingo. Fazem exceção as festas da sagrada Família e do Batismo
do Senhor; que tomam o lugar do domingo.
Os
dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor (domingo depois da Epifania) são considerados dias do Tempo
de Natal. Entre 2 e 5 de janeiro cai, habitualmente, o II domingo
depois de Natal; a 6 de janeiro celebra-se a solenidade da Epifania
do Senhor. Nas regiões em que esta solenidade não é de preceito,
sua celebração é transferida para 2 e 8 de janeiro, conforme
normas particulares anexas a essa transferência.
Com
a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) termina o
Tempo natalino e principia o Tempo comum (segunda-feira da 1ª
semana); portanto, omitem-se as férias que naquele ano não podem
ter celebração.
Para
a celebração da Eucaristia nas férias do Tempo natalino:
os
dias 29, 30 e 31 de dezembro (que fazem parte da oitava de Natal) tem
formulário próprio para cada dia (Oracional + Lecionário). A
memória designada para esses dias (29 e 31) no calendário perpétuo
pode achar lugar na Missa da oitava, substituindo a coleta dessa
Missa pela do santo (ver n. 3);
os
dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor têm um Oracional próprio (Missal), disposto segundo os dias
da semana (isto é da segunda-feira ao sábado), com um ciclo fixo de
leituras (Lecionário) que segue os dias do calendário; a "coleta"
muda conforme a indicação lá referida.
Diz-se
o Glória nas Missas durante a oitava de Natal. O Prefácio que dá
início à Oração eucarística (I,II, III) é próprio do Tempo do
Natal-Epifania:
o
de Natal (com três textos à escolha) é rezado durante a oitava e
nos outros dias do Tempo natalino;
o
da Epifania diz-se nos dias que vão da solenidade da Epifania ao
sábado que precede a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da
Epifania).
A
cor das vestes litúrgicas nas Missas feriais do Tempo natalino é a
branca.
Cor
Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o Cristo
vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes
solenidades, pode ser substituída pelo amarelo ou, mais
especificamente, o dourado.
Fique
com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo
Feitosa e Marta Lúcia
Fonte:
CNBB - Missal Cotidiano