2ª
Semana do Advento - 2ª Semana do Saltério
Prefácio
de Nossa Senhora I ou II - Ofício da Festa
Glória
- Ano “C” Lucas
Festa:
NOSSA SENHORA DE GUADALUPE
Padroeira
da América Latina
BRANCO: Simboliza
a alegria cristã e o Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa,
etc... Nas grandes solenidades, pode ser substituída pelo amarelo
ou, mais especificamente, o dourado.
Antífona: Alegremo-nos
todos no Senhor, celebrando a festa de Nossa Senhora de Guadalupe;
conosco alegram-se anjos e glorificam o Filho de Deus.
Oração
do Dia: Ó Deus, que nos destes a santa virgem Maria para amparar-nos
como mãe solícita, concedei aos povos da América Latina, que hoje
se alegram com sua proteção, crescer constantemente na fé e
alcançar o desejado progresso no caminho da justiça e da paz. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo. Amém!
Primeira
Leitura: Carta de São Paulo aos Gálatas 4,4-7
Irmãos,
quando se completou o tempo previsto, Deus enviou o seu Filho,
nascido de uma mulher, nascido sujeito à Lei, a fim de resgatar os
que eram sujeitos à Lei e para que todos recebêssemos a filiação
adotiva. E porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o
Espírito do seu Filho, que clama: Abá - ó Pai! Assim, já não és
mais escravo, mas filho; e se és filho, és também herdeiro: tudo
isso, por graça de Deus. -
Palavra do Senhor.
Comentário: Cristo,
que nasceu sujeito à lei, libertou os fiéis da lei e também da
escravidão. Ele oferece a possibilidade de sermos filhos, não
escravos. E o próprio Deus confirma nossa posição como seus filhos
enviando o espírito de seu Filho, que possibilita ao fiel falar
intimamente com Deus Pai, "Abbá". Contrapondo-se ao
egoísmo, a ação do Espírito cria um novo tipo de relacionamento
dos homens entre si e com Deus: a relação de família. Agora
podemos chamar Deus de Pai, pois somos seus filhos. E isso é a base
para as relações sociais recompostas: o clima de família se
alastra, porque todos são irmãos. A herança prometida por Deus aos
"que são guiados pelo Espírito" consiste em participar do
Reino. Mas isso implica a seriedade de um testemunho, como o de Jesus
Cristo. (deusunico.com)
Salmo: 95(96),1-2a.2b-3.10
(R. 3a) Manifestai a sua glória entre as nações
Cantai
ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra
inteira! Cantai e bendizei seu Santo nome.
Dia
após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre as
nações, e entre os povos do universo seus prodígios!
Publicai
entre as nações: "Reina o Senhor! Ele firmou o universo
inabalável, e os povos ele julga com justiça".
Evangelho
de Jesus Cristo segundo Lucas 1,39-47
Naqueles
dias Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se,
apressadamente, a uma cidade da Judéia. Ela entrou na casa de
Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de
Maria, a criança pulou em seu ventre e Isabel ficou cheia do
Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: "Bendita és tu
entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como
posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? Logo
que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de
alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque
será cumprido o que o Senhor lhe prometeu".
Então
Maria disse: "A minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito
se alegra em Deus, meu Salvador". - Palavra da Salvação.
Comentários:
A
assunção de Maria ao céu deve ser entendida no contexto da
totalidade de sua vida. Sem este enraizamento histórico, correr-se-á
o risco de divinizá-la, a ponto de esquecer que o desfecho de sua
vida está em perfeita sintonia com sua caminhada terrena. E mais:
deve ser entendida como o reconhecimento divino de sua plena adesão
ao desígnio que Deus tem reservado para cada ser humano. Maria soube
viver com radicalidade este projeto. Refletindo sobre a visita de
Maria a Isabel, é possível detectar o elemento centralizador de sua
existência: o amor entranhado pelo próximo, caminho de
santificação. Ao saber da gravidez da prima Isabel, Maria pôs-se,
apressadamente, a caminho. Sem medir esforços nem intimidar-se pelos
eventuais perigos que poderia encontrar ao longo do caminho, ela se
sentiu no dever de colocar-se a serviço da parenta. Assim, durante
três meses, a "humilde escrava do Senhor" tornou-se a
"humilde serva de Isabel". O serviço à prima era uma
forma de desdobramento do serviço a Deus. Ou então, o serviço a
Deus concretizava-se no serviço à sua parenta. Este testemunho de
amor gratuito e generoso não constituiu um fato isolado na vida de
Maria. Ela se dispôs a servir a Isabel, e sempre esteve disponível
para servir também a quantos dela precisassem. Por isso, mereceu ser
acolhida na plenitude do amor de Deus. (Padre Jaldemir
Vitório/Jesuíta)
O
Evangelho de hoje nos fala de um “encontro”. Isabel – imagem da
Antiga Aliança – recebe a visita de Maria – a “arca” da Nova
Aliança. É o encontro do passado com o presente. Encontro das
promessas com o seu cumprimento. Do provisório com o eterno. Tão
logo recebe o anúncio de Gabriel, que lhe revela a sublime missão
de ser o canal escolhido para a Encarnação do Filho de Deus, Maria
de Nazaré sai às pressas, pelas montanhas de Judá, subindo até
Ain Karim, onde morava Isabel de Zacarias, sua parenta idosa, já no
sexto mês de gravidez. Ao entrar em casa, Maria saúda Isabel e
esta, prontamente, fica cheia do Espírito de Deus. Estamos diante de
uma evidência: a graça de Deus se comunica. A Toda-Santa – a Mãe
de Deus – irradia à sua volta o dinamismo espiritual que a inunda.
Um abraço apenas, uma palavra – Shalom! – bastam para que o
Espírito Santo se derrame do coração de Maria ao coração de
Isabel. E esta se espanta diante da honra desmedida de ser visitada
pela Mãe de seu Adonai, o Senhor Deus... Estamos diante de uma
situação mais ou menos comum: quem recebeu a visita de uma pessoa
santa, experimentou nela uma “presença” que não se explica
apenas por fatores humanos. Não é sem motivo que as multidões
procuravam pelo Pe. Pio de Pietrelcina, ou fazem romarias ao túmulo
do Pe. Eustáquio, e preferem a missa de certos sacerdotes. Sim. É
muito fácil acusar as multidões de simples ignorância ou grosseira
superstição. Mas o povo possui uma espécie de “sexto sentido”
que lhe aponta as pessoas habitadas por Deus. Na Rússia do Séc.
XIX, São Serafim de Sarov precisava ocultar-se na floresta para ter
um mínimo de solidão que lhe permitisse rezar. Madre Teresa vivia
cercada pelos mendigos de Calcutá, além de atrair milhares de
vocações. Os discípulos de São José de Calasanz chegavam a
espiá-lo pela fechadura, para vê-lo em oração, levitando
centímetros acima do solo. E nós? Sente-se a presença de Deus em
nossa vida? Nossos gestos e palavras manifestam a ação de Deus em
nós? Quem faz contato conosco também pode louvar e dar graças a
Deus, como Isabel visitada pela Virgem Mãe? (Antônio Carlos Santini
/ Com. Católica Nova Aliança)
http://catequesecristacatolica.blogspot.com.br/2015/12/liturgia-diaria-comentada-12122015.html