Dom Vilson Dias de Oliveira
DIOCESE DE LIMEIRA
SEXTA-FEIRA
SANTA
PAIXÃO
DO SENHOR - 25 de março de 2016
“No
mesmo horizonte da misericórdia, Jesus viveu a sua paixão e morte,
ciente do grande mistério de amor que se realizaria na Cruz” (MV,
n.7)
Leituras:
Isaías 52,13-53,12; Salmo Responsorial 30(31), 2.6.12-13.15-17.25
(R/ Lc 23,46); Carta aos Hebreus 4, 14-16; 5, 7-9; e João 18, 1-19,
42.
COR
LITÚRGICA:
VERMELHO
(O
presidente e acólitos entram em silêncio. O presidente faz vênia
diante do altar e prostra-se em silêncio no chão. Todos se
ajoelham. Após alguns instantes diz o animador:)
Animador:
Vamos
celebrar hoje a Páscoa da Cruz. A Sexta-feira Santa é um convite ao
respeito e à simplicidade, recordando a Morte do Senhor. Só entende
a vida quem compreende o mistério da dor e do sofrimento. (Todos
se levantam, o Presidente reza:)
Presidente:
Ó Deus, foi por nós que o Cristo, vosso Filho, derramando o seu
sangue, instituiu o mistério da Páscoa. Lembrai-vos sempre de
vossas misericórdias, e santificai-nos pela vossa constante
proteção. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos:
Amém.
1.
Situando-nos
Neste
dia, “a ação litúrgica da Sexta-feira Santa – Paixão do
Senhor” – chega ao seu momento culminante no relato da Paixão
segundo São João (CONGREGAÇÃO DO CULTO DIVINO. Diretório
Homilético, n.43). É que Cristo, nosso Cordeiro Pascal, foi
imolado”, a Igreja. Com a meditação da paixão do seu Senhor e
Esposo e adorando a cruz, comemora o seu nascimento do lado de Cristo
que repousa na cruz, e intercede pela salvação do mundo todo
(CONGREGAÇÃO
PARA O CULTO DIVINO. Paschalis Sollenitatis: Preparação e
Celebração das Festas Pascais. Documentos Pontifícios, 224, n.58).
Jesus
vive sua páscoa, a passagem da morte para a vida. Livremente Ele
passa pela cruz, pelo sofrimento e nos redime de tudo o que nos
impede de viermos em plenitude. Portanto, a Cruz de Cristo é o juízo
de Deus sobre todos nós e sobre o mundo, porque nos oferece a
certeza do amor e da vida nova” (MV, n.21).
“O
Cristo, o Filho de Deus, com seu sangue nos remiu. Vinde todos
adoremos!” (antífona ofício). Num profundo silêncio celebramos
tão grande entrega de Jesus na consumação de sua vida, que
tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem
(cf. Hb 5,9).
Que
tenhamos coragem de fazer a nossa parte diante da paixão de tantos
irmãos e irmãs que vivem o sofrimento do fardo pesado da fome, da
miséria, da opressão e de todo tipo de mal e injustiça.
2.
Recordando a Palavra
A
leitura do Evangelho de João apresenta a narrativa da paixão e
morte de Cristo à luz da fé pascal, como glorificação de sua obra
redentora. Após a entrega confiante nas mãos do Pai, em oração
(cf. 17, 1-26), Jesus se dirige com os discípulos para o “jardim
das oliveiras” (cf. 18,1). Sua obra salvífica termina também num
jardim (cf. 19,41), lugar simbólico onde resgata a vida de todos
“aqueles que o Pai lhe confiou”.
A
soberania de Jesus, o servidor de todos, faz cair por terra os que
procuravam prendê-lo com meios opressores e violentos. As suas
palavras e ações manifestam que “seu reino não é deste mundo”
(18,36). O seu messianismo a serviço da justiça e da paz em favor
dos pobres e excluídos opõe-se a toda forma de poder, dominação e
violência.
A
sua fidelidade em “dar testemunho da verdade” (18,37b) culmina
com a morte na cruz. Os que optam pela verdade escutam a voz de
Jesus, os discípulos ainda não compreendem o sentido da missão de
Jesus, o Servo que entrega a vida por amor. Eles esperavam um Messias
poderoso, que os libertasse da opressão do império romano.
Jesus,
com a sua atuação profética e mensagem, denunciou as injustiças e
toda forma de violência e opressão. Confrontou as autoridades civis
e religiosas, revelando a misericórdia e a compaixão de Deus, que
restaura a esperança dos pobres e excluídos.
Pilatos,
sem compromisso com a verdade, não tem coragem de salvar a vida de
Jesus, “apesar de não encontrar nele crime algum” (cf. 18,38;
19, 4.6). Sob a pressão do Sinédrio, ele entrega o verdadeiro Rei,
servidor do povo, para ser crucificado. Como representante do poder
imperial, atribui o título de “Rei dos Judeus” (19,19) a Jesus
crucificado, de forma irônica.
Jesus
já havia se defendido, diante de Pilatos que tentava acusá-lo de
ser rei: “Tu o dizes: eu sou rei” (18,37a). Jesus não tinha a
pretensão de ser rei, de estabelecer uma monarquia. Seu projeto era
estabelecer o reinado de justiça e paz, tão desejado pelo povo
oprimido.
Como
o Servo Sofredor, Jesus se entrega e mantém a confiança inabalável
no Pai, sua verdadeira testemunha (cf. 5,30-40), diante do processo
injusto que o leva à morte humilhante na cruz. Inocente e justo, ele
“toma a cruz sobre si” (19,17) e trilha o caminho do sofrimento,
como gesto de extrema solidariedade.
A
sua morte, enquanto eram imolados os cordeiros para a festa da Páscoa
(19,14-16.31), mostra que ele é o verdadeiro cordeiro pascal,
sacrificado pela redenção da humanidade. Depois de beber o cálice
que lhe ofereceram, exclama: “Tudo está consumado” (19,30). A
morte na cruz é a hora da glorificação de Jesus, anunciada desde o
início do ministério (cf2,4), e que plenifica seu caminho de
fidelidade à vontade do Pai.
Jesus
entrega o espírito como dom de amor, que impulsiona a comunidade,
representada junto à cruz pelas mulheres discípulas, por sua mãe e
pelo discípulo amado (cf. 19,25-27), a renascer e a encontrar forças
para exercer a missão em meio às adversidades.
Quem
ama, acredita e segue o seu projeto a serviço da vida, “olharão
para aquele que transpassaram” (19,37); cf. Zc 12,10) e compreende
a sua missão, a sua vitória sobre o mundo da injustiça e opressão.
Do seu lado aberto pela lança jorra o sangue derramado pela salvação
e a água, sinal da vida nova no Espírito, dom de sua glorificação
(Cf. 7,37-39).
José
de Arimatéia, após a constatação da morte de Jesus, consegue a
autorização para tirar o corpo de Jesus da cruz. Já Nicodemos
providencia os aromas: mirra e misturas com aloés para a unção do
corpo de Jesus. O corpo de Cristo é perfumado e envolvido em faixas
de linho depositado num sepulcro novo, no dia de preparação para a
festa da Páscoa, que ocorre no sábado.
A
primeira leitura do Segundo ou Dêutero-Isaías é a narrativa do
quarto cântico do Servo. Revela o contexto do povo exilado na
Babilônia, em que o sofrimento era associado às infidelidades. Os
exilados, longe da pátria e do culto a Deus no templo, fazem a
experiência de morte, mas também de renascimento com a perspectiva
da libertação e do retorno à terra prometida. Assim, o texto
começa com um anúncio salvífico de esperança: “O meu Servo será
bem sucedido; sua ascensão será ao mais alto grau” (52,13).
Deus
conduz a missão do servo inocente e justo, que sofre e oferece a
vida para que outros sejam libertos e salvos: “Meu Servo, o justo,
fará justos inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas”
(53,11). Esse servo refere-se, provavelmente, ao povo de Israel,
vítima das injustiças do império babilônico.
A
esperança, alicerçada na aliança com Deus, sustenta o caminho do
servo. O sentido pleno da missão do servo realiza-se na paixão e
morte de Cristo. Como um cordeiro, conduzido ao matadouro, ele cura
as nossas feridas através de sua obra redentora. Com a sua entrega
por amor, carrega as nossas dores e fraquezas.
O
Salmo 30 (31) expressa a confiança no Senhor em meio às aflições:
“Vós sois o meu Deus! Eu entrego em vossas mãos o meu destino”.
O justo coloca a esperança no Senhor, apoio seguro para trilhar o
caminho da fidelidade à aliança. Na perspectiva cristã, o salmo
remete a Jesus que, na hora da morte, profere a prece de confiança
ao Pai de bondade: “Pai, em tuas mas entrego o meu espírito” (Lc
23,46).
A
segunda leitura da Carta aos Hebreus convida a permanecer firme na fé
em Jesus, o Filho de Deus que ofereceu a vida pela salvação.
Solidário conosco em tudo, exceto no pecado. Ele tornou-se o sumo
sacerdote eminente, capaz de se compadecer de nossas dores e
fraquezas. A sua obra redentora, plenifica através da doação total
na cruz, abriu o caminho para que nos “aproximemos então, com toda
a confiança, do trono da graça, para conseguirmos misericórdia”
(4,16).
Cristo
é aquele que, tendo suportado a dor, “em nós começa e completa a
obra da fé” (Hb12,2) (FRANCISCO.
Carta Encíclia Lumen Fidei, n.57. Embora fosse Filho, ele “aprendeu
a obediência pelo sofrimento”. Por meio de sua vida levada à
perfeição, de sua oferta total por amor, Cristo “tornou-se causa
de salvação eterna para todos os que lhe obedecem” (5,9).
A
salvação eterna que Jesus oferece a seus seguidores está centrada
em seu sacerdócio eterno. Libertado da morte pela ressurreição,
Jesus exerce o ministério sacerdotal que permanece para sempre, em
favor dos que se aproximam do Deus vivo (cf. 7, 24-25).
3.
Atualizando a Palavra
Jesus,
por meio da paixão e da morte, nos comunicou o “amor maior, (...)
aquele que dá sua vida pelos amigos” (Jo 15,13). Exaltado na cruz,
Jesus revela a plenitude do amor misericordiosos, que transforma a
morte em fonte de vida e salvação. Sua entrega faz jorrar a vida
nova no Espírito, que nos leva a testemunhar a verdade que liberta e
proporciona a construção de um mundo novo de justiça e
fraternidade.
Cristo,
que amou até o extremo da cruz, nos ensina que à medida que amamos
o próximo, passamos da morte para a vida (cf. 1Jo 3,14). O seu
testemunho de amor, justiça e verdade leva a transformar as
situações de egoísmo, violência e morte em vida plena.
A
sua presença, como Servo Sofredor, indica o caminho para entregarmos
a vida nas mãos do Pai, nos momentos de provação, a fim de
permanecermos a serviço no amor e na gratuidade, partilhando os
sofrimentos e o sofredores e injustiçados de hoje. “Aprender
também a sofrer, em um abraço com Jesus crucificado, quando
recebemos agressões injustas ou ingratidão, sem nos cansarmos
jamais de optar pela fraternidade” (FRANCISCO. Exortação
Apostólica Evangelii Gaudiem, n.91).
O
Papa Francisco sublinha que Jesus, com a cruz, se une ao silêncio
das vítimas da violência, que já não podem gritar, sobretudo, os
inocentes e os indefesos. Com a cruz, Jesus se une às famílias que
se encontram em dificuldade, que choram a trágica perda de seus
filhos. Com a cruz, Jesus se une a todas as pessoas que sofrem fome.
Com a vítimas de paraísos artificiais, como a droga. Com a cruz,
Jesus se une a quem é perseguido por sua religião, por suas ideias,
ou simplesmente pela cor de sua pele. Na cruz de Cristo está o
sofrimento, o pecado do homem, também o nosso. Ele acolhe tudo com
os braços abertos, carrega sobre suas costas nossas cruzes e nos
diz: Coragem! Você não a leva sozinho. Eu a levo com você. Eu
venci a morte e vim dar-lhe esperança, dar-lhe vida (cf. Jo 3,16).
A
cruz de Cristo deixa um bem que ninguém pode nos dar: a certeza do
amor fiel de Deus por nós. Um amor tão grande que entra em nosso
pecado e o perdoa, entre em nosso sofrimento e nos dá força para
superá-lo, entra também na morte para vencê-la e salvar-nos.
Na
cruz de Cristo está todo o amor de Deus, está sua imensa
misericórdia. Ele nunca decepciona ninguém. Só em Cristo e
ressuscitado encontramos a salvação e a redenção. Com Ele, o mal,
o sofrimento e a morte não têm a última palavra, porque Ele nos dá
esperança e vida: transformou a cruz de um instrumento de ódio, e
de derrota, e de morte, em um sinal de amor, de vitória, de triunfo
e de vida.
A
cruz de Cristo convida a deixar-nos contagiar por esse amor
misericordioso, ensina-nos a olhar sempre para o outro com
misericórdia e amor, sobretudo a quem sofre, a quem tem necessidade
de ajuda, a quem espera uma palavra, um gesto. A cruz nos convida a
sair de nós mesmos para ir ao encontro deles e estender-lhes a mão.
Muitos
rostos acompanharam Jesus no caminho do Calvário: Pilatos, o
Cireneu, Maria, as mulheres ... Com qual deles você quer se
identificar? Quer ser como Pilatos, que não tem a coragem de ir
contra a corrente, para salvar a vida de Jesus, e lavar as mãos?
Você é dos que lavam as mãos, finge-se distraído e olha para o
outro lado, ou é como o Cireneu, que ajuda Jesus a levar aquele
madeiro pesado, como Maria e as outras mulheres, que não têm medo
de acompanhar Jesus até o fim, com amor, com ternura?
Jesus
está olhando agora para você e lhe diz: quer ajudar-me a levar a
cruz? (Cf. FRANCISCO, Via-Sacra com os jovens. Copacabana, 26 de
julho de 2013).
“Ao
pé da cruz, Maria, juntamente com João, é testemunha das palavras
de perdão que saem dos lábios de Jesus. O perdão supremo oferecido
a quem o crucificou, mostra-nos até onde pode chegar a misericórdia
de Deus. Maria atesta que a misericórdia do Filho de Deus não
conhece limites e alcança a todos, sem excluir ninguém” (MV,
n.24).
4.
Ligando a Palavra com ação litúrgica
Iniciamos
a celebração em silêncio, contemplando o Servo Sofredor, que tomou
sobre si as nossas dores e de uma forma tão livre e digna cumpriu a
vontade do Pai.
A
liturgia deste dia, com rica liturgia da Palavra, a adoração da
Santa Cruz e a comunhão, nos proporciona a experimentarmos em
profundidade o mistério da paixão e morte do Senhor.
Nesta
ação ritual, meditamos a paixão do Senhor Jesus; intercedemos pela
salvação do mundo todo; adoramos a cruz e comemoramos a nossa
própria origem, pois nascemos do lado aberto do Salvador. (Cf.
CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO E A DISCIPLINA DOS SACRAMENTOS.
Diretório sobre a piedade popular e liturgia; princípios e
orientações. São Paulo: Edições Paulinas, 2003, n.142).
Numa
silenciosa adoração contemplamos o mistério da salvação, pois do
lenho da cruz, veio vida para todos, como cantamos durante a adoração
da cruz. A antífona do cântico de adoração da cruz expressa esta
certeza: “Adoramos, Senhor, vosso madeiro; vossa ressurreição nós
celebramos. Veio alegria para o mundo inteiro por esta cruz que hoje
veneramos”.
Como
proclama a Carta aos Hebreus, “aproximemo-nos então, com toda a
confiança, do trono da graça, para conseguirmos misericórdia e
alcançarmos a graça de um auxílio no momento oportuno” (4,16).
Que de fato nos tornemos semelhantes a Jesus Cristo e que passando
pelo batismo do sangue redentor, sejamos homens e mulheres novos,
comprometidos de verdade com a construção do Reino.
II.
ORAÇÃO UNIVERSAL
Animador:
Este é o segundo momento de nossa celebração, onde a Paixão é
rezada. A Oração Universal suplica a graça da salvação divina
para o mundo. Uma prece necessária para que o mundo não fique
indiferente diante do sofrimento e da dor que atinge a humanidade e a
dilacera em sua dignidade. Prece que alimenta a coragem de ficar de
pé, junto à cruz de tantos irmãos e irmãs sofredores. (Momento
de silêncio. Pode ser colocado diante do altar um pote com brasas e
a cada oração jogar um pouco de incenso)
Animador:
Rezemos pela nossa Igreja aqui e no mundo inteiro.
Leitor:
Oremos, irmãos e irmãs caríssimos, pela Santa Igreja de Deus: que
o Senhor nosso Deus lhe dê a paz e a unidade, que ele a proteja por
toda a terra e nos conceda uma vida calma e tranqüila, para sua
própria glória! (Momento
de silêncio)
Presidente:
Deus eterno e todo-poderoso, que em Cristo revelastes a vossa Glória
a todos os povos, velai sobre a obra do vosso amor. Que a vossa
Igreja, espalhada por todo mundo, permaneça inabalável na fé e
proclame sempre o vosso nome! Por Cristo, nosso Senhor.
Todos:
Amém.
Animador:
Rezemos pelo Papa Francisco que tem como missão coordenar a unidade
da Igreja.
Leitor:
Oremos pelo nosso santo Padre, o Papa Francisco. O Senhor nosso Deus,
que o escolheu para o Episcopado, o conserve são e salvo à frente
de sua Igreja, governando o povo de Deus!
(Momento
de silêncio)
Presidente:
Deus eterno e todo-poderoso, que dispusestes todas as coisas com
sabedoria, dignai-vos escutar nossos pedidos: protegei com amor o
Pontífice que escolhestes, para que o povo cristão que governais
por meio dele possa crescer em sua fé! Por Cristo, nosso Senhor.
Todos:
Amém.
Animador:
Rezemos pelo nosso Bispo Dom Vilson, por todo o nosso clero e pelos
cristãos leigos.
Leitor:
Oremos pelo nosso Bispo Dom Vilson, por todos os bispos, presbíteros
e diáconos da Igreja e por todo o povo fiel! (Momento
de silêncio)
Presidente:
Deus eterno e todo-poderoso, que santificais e governais pelo vosso
Espírito todo o corpo da igreja, escutai as súplicas que vos
dirigimos por todos os ministros do vosso povo. Fazei que cada um,
pelo dom da vossa graça, vos sirva com fidelidade. Por Cristo, nosso
Senhor.
Todos:
Amém.
Animador:
Rezemos pelos catecúmenos, ou seja, todos os que são batizados.
Leitor:
Oremos pelos catecúmenos: que o Senhor nosso Deus abra os seus
corações e as portas da misericórdia, para que, tendo recebido nas
águas do batismo o perdão de todos os seus pecados, sejam
incorporados no Cristo Jesus! (Momento
de silêncio)
Presidente:
Deus eterno e todo-poderoso, que por novos nascimentos tornais
fecunda a vossa Igreja, aumentai a fé e o entendimento dos
catecúmenos, para que renascidos pelo batismo, sejam contados entre
os vossos filhos adotivos. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos:
Amém.
Animador:
Rezemos por todas as Igrejas cristãs e pela unidade dos cristãos.
Pelas comunidades evangélicas de nossa cidade e seus pastores. Pelos
que oram e trabalham pela união das igrejas.
Leitor:
Oremos por todos os nossos irmãos que crêem no Cristo, para que o
Senhor nosso Deus se digne reunir e conservar na unidade da sua
Igreja todos os que vivem segundo a verdade! (Momento
de silêncio)
Presidente:
Deus eterno todo-poderoso, que reunis o que está disperso e
conservais o que está unido, velai sobre o rebanho do vosso Filho.
Que a integridade da fé e os laços da caridade unam os que foram
consagrados por um só batismo! Por Cristo, nosso Senhor.
Todos:
Amém.
Animador:
Rezemos pelas comunidades israelitas.
Leitor:
Oremos pelos judeus, aos quais o Senhor nosso Deus falou em primeiro
lugar, a fim de que cresçam na fidelidade de sua aliança e no amor
do seu nome! (Momento
de silêncio).
Presidente:
Deus eterno e todo-poderoso, que fizestes vossas promessas a Abraão
e seus descendentes, escutai as preces da vossa Igreja. Que o povo da
primitiva aliança mereça alcançar a plenitude da vossa redenção!
Por Cristo, nosso Senhor.
Todos:
Amém.
Animador:
Rezemos por aqueles que não crêem no Cristo.
Leitor:
Oremos pelos que não crêem no Cristo, para que, iluminados pelo
Espírito Santo, possam também ingressar no caminho da salvação!
(Momento
de silêncio).
Presidente:
Deus eterno e todo-poderoso, dai aos que não crêem no Cristo e
caminham sob o vosso olhar com sinceridade de coração, chegar ao
conhecimento da verdade. E fazei que sejamos no mundo testemunhas
fiéis da vossa caridade, amando-nos melhor uns aos outros e
participando com mais solicitude do mistério da vossa vida! Por
Cristo, nosso Senhor.
Todos:
Amém.
Animador:
Rezemos pelos que não crêem em Deus e pelas pessoas que estão em
crise de fé.
Leitor:
Oremos pelos que não reconhecem a Deus, para que buscando lealmente
o que é reto, possam chegar ao Deus verdadeiro. (Momento
de silêncio).
Presidente:
Deus eterno e todo-poderoso, vós criastes todos os seres humanos e
pusestes em seu coração
o
desejo de procurar-vos para que, tendo-vos encontrado, só em vós
achassem repouso. Concedei, que, entre as dificuldades deste mundo,
discernindo os sinais da vossa bondade e vendo o testemunho das boas
obras daqueles que crêem em vós, tenham a alegria de proclamar que
sois o único Deus verdadeiro e Pai de todos os seres humanos! Por
Cristo, nosso Senhor.
Todos:
Amém.
Animador:
Rezemos pelos que dirigem os destinos das nações.
Leitor:
Oremos por todos os governantes: que o nosso Deus e Senhor, segundo
sua vontade, lhes dirija o espírito e o coração para que todos
possam gozar da verdadeira paz e liberdade!
(Momento
de silêncio).
Presidente:
Deus eterno e todo-poderoso, que tendes na mão o coração dos seres
humanos e o direito dos povos, olhai com bondade aqueles que nos
governam. Que por vossa graça se consolidem por toda a terra
a
segurança e a paz, a prosperidade das nações e a liberdade
religiosa! Por Cristo, nosso Senhor.
Todos:
Amém.
Animador:
Rezemos
por todas as pessoas que sofrem. Pelos povos indígenas ameaçados de
morte, pelos sofredores das ruas de nossas cidades, pelas pessoas que
estão nas prisões, pelos doentes de nossas comunidades, pelas
vítimas da fome e da violência, pelos desempregados...
Leitor:
Oremos, irmãos e irmãs, a Deus Pai todo-poderoso, para que livre o
mundo de todo erro, expulse as doenças e afugente a fome, abra as
prisões e liberte os cativos, vele pela segurança dos viajantes e
transeuntes, repatrie os exilados, dê a saúde aos doentes e a
salvação aos que agonizam!
(Momento
de silêncio)
Presidente:
Deus eterno e todo-poderoso, sois a consolação dos aflitos e a
força dos que labutam. Cheguem até vós as preces dos que clamam em
sua aflição, sejam quais forem os seus sofrimentos, para que se
alegrem em suas provações com o socorro da vossa misericórdia. Por
Cristo, nosso Senhor.
Todos:
Amém.
III.
ADORAÇÃO DA SANTA CRUZ
Animador:
Vamos
iniciar nosso terceiro momento, onde a Paixão é adorada. Neste “Ano
da Fé”, diante da Cruz, todos somos convidados a renovar nosso
compromisso de fidelidade como discípulo-missionário do Senhor.
Entrada
da Cruz - (Entra coberta) - Adoração
da Cruz
Depois
das palavras passamos a um ato simbólico muito expressivo e próprio
deste dia: a veneração da Santa Cruz é apresentada solenemente a
Cruz à comunidade, cantando três vezes a aclamação: "Eis o
lenho da Cruz, onde esteve pregada a salvação do mundo. Ó VINDE
ADOREMOS", e todos ajoelhados uns instantes de cada vez, e então
vamos, em procissão, venerar a Cruz pessoalmente, com uma genuflexão
(ou inclinação profunda) e um beijo (ou tocando-a com a mão e
fazendo o sinal da cruz); enquanto cantamos os louvores ao Cristo na
Cruz.
Presidente:
(Descobrindo
aos poucos a Cruz canta-se três vezes:)
P.
Eis
o lenho da Cruz, do qual pendeu a Salvação do Mundo!
Todos:
Vinde, Adoremos!
Canto
de Adoração: (Enquanto
acontece a adoração
da Cruz,
também podemos fazer a oferta
da
assembleia para os “lugares
santos”)...
IV.
RITO DA COMUNHÃO
Animador:
Vamos
iniciar nosso quarto momento onde a Paixão é comungada. Comungando
o seu Corpo e o seu Sangue, recebemos dele a força para vencer as
cruzes do nosso dia-a-dia.
Pai
nosso - Oração pela paz
Comunhão
Desde
1955, quando Pio XII decidiu, na reforma que fez na Semana Santa, não
somente o sacerdote - como até então - mas também os fiéis podem
comungar com o Corpo de Cristo. Ainda que hoje não haja propriamente
Eucaristia, mas comungando do Pão consagrado na celebração de
ontem, Quinta-feira Santa, expressamos nossa participação na morte
salvadora de Cristo, recebendo seu "Corpo entregue por nós".
Oração
sobre o povo
Presidente:
Que
vossa benção, ó Deus, desça copiosa sobre o vosso povo que acaba
de celebrar a morte do vosso Filho, na esperança da sua
ressurreição. Venha o vosso perdão, seja dado o vosso consolo;
cresça a fé verdadeira e a redenção se confirme! Por Cristo,
nosso Senhor!
Todos:
Amém!
(Todos
se retiram em silêncio).