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quinta-feira, 24 de março de 2016

Celebração da Ceia do Senhor - Dia 24 de março de 2016


Dom Vilson Dias de Oliveira

DIOCESE DE LIMEIRA

Leituras: Êxodo 12, 1-8. 11-14; Salmo responsorial 115, (116B) 12-13.15-16bc.17-18 (R/ cf. 1Cor 10,6); Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 11, 23-26; e João 13, 1-15.

COR LITÚRGICA: BRANCO OU DOURADO

Animador: Esta é uma noite santa e bendita, pois nela recorramos as dádivas de Cristo para conosco: a Eucaristia, o Sacerdócio e o Mandamento novo, o do amor. O sacerdócio e o mandamento novo são inseparáveis da Eucaristia, pois ela encerra o ato sublime do sacrifício de Cristo para nossa salvação. Hoje, iniciando o mistério redentor de Cristo, deixemo-nos banhar por sua infinita misericórdia).


1. Situando-nos
Com a celebração da missa vespertina da Ceia do Senhor, na Quinta-feira Santa inicia-se o Tríduo Pascal, ápice do ano litúrgico.

No Tríduo Pascal celebramos a Páscoa de Jesus em três dimensões. Hoje celebramos a Páscoa da Ceia. Amanhã celebraremos da Paixão. Na Vigília Pascal e no domingo de Páscoa, celebraremos a Páscoa da ressurreição.

Na Quinta-feira Santa, na Missa vespertina ‘Ceia do Senhor’ a recordação do banquete que precedeu o êxodo ilumina, de maneira especial, o exemplo de Cristo ao lavar os pés dos discípulos e as palavras de Paulo sobre a instituição da Páscoa cristã na Eucaristia” (CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO, Diretório Homilético, n.39).

Após a homilia. Procede-se o lava-pés que, originário da liturgia de Jerusalém, irradiou-se para o Ocidente através da liturgia de Bizâncio. Desde o início, o lava-pés significou hospitalidade e serviço (cf. Gn 18,4; 1Tm 5,10). Hoje, embora o Missal Romano considere um rito facultativo – “se razões pastorais o aconselharem” – o lava-pés continua tendo grande valor simbólico e, por isso mesmo, grande utilidade espiritual e pastoral (Decreto “In Missa in Cena Domini” da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos que altera o rito do lava-pés. Disponível em:

Terminada a oração de pós Comunhão, organiza-se a procissão na qual o Santíssimo Sacramento é levado até o lugar da reposição. “Os fiéis sejam exortados a adorarem o Santíssimo, durante algum tempo da noite, segundo as circunstâncias do lugar. Contudo, após a meia-noite esta adoração seja feita sem nenhuma solenidade” (MISSAL ROMANO, n.2).

Hoje estamos reunidos para celebrar o sacrifício de Cristo e nos associamos a seu imenso amor pelo mundo. Ao comer o pão e ao beber do cálice, incorporados a Cristo e a nossos irmãos e irmãs, cantemos com o salmista: “Que poderei retribui ao Senhor Deus por tudo aquilo que ele fez em meu favor? Elevo o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor” (Sl 115/116B).

2. Recordando a Palavra
O Evangelho de São João, capítulo 13, não fala da instituição da Eucaristia, como fazem os outros três Evangelhos. Em seu lugar aparece a cena do lava-pés. No final do primeiro século da era cristã, quando João escreveu seu Evangelho, a celebração da Eucaristia já era prática adquirida nas comunidades cristãs.

Por isso não se preocupa com sua instituição, mas com suas consequências: o modo como os primeiros cristãos deviam relacionar-se uns com os outros – no serviço, no amor e na gratuidade. O exemplo fantástico é do próprio Jesus que lava os pés dos discípulos. Se “eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo...” (v.14-15).

Consciente de estar realizando o projeto de Deus, Jesus mostra como este projeto se traduz em ações concretas que serão a norma da comunidade: despoja-se do manto (sinal da dignidade do senhor) e pega o avental (toalha: ferramenta do servo). É o Senhor que se torna servo. Despojar-se do manto significa dar a vida sob a forma de serviço. De fato, quem devia lavar os pés eram os escravos.

Jesus faz tudo sozinho: derrama água, lava, enxuga. Ao retomar o manto não se diz que Ele tenha deposto o avental e sim que Ele vestiu o manto por cima. Isso significa que seu serviço continuará. O lava-pés de Jesus se prolonga até a cruz e nela tem seu ponto culminante (Cf. BORTOLINI, José. Roteiros Homiléticos, Paulus Editora, 2006, p.83).

Jesus se entrega, oferece a sua vida por nossa libertação. Fazendo a refeição junto com os seus, ensina-nos a abrir o coração no gesto de partilha e comunhão. Comer do mesmo prato e beber do mesmo copo é exigência para vivermos a irmandade e a fraternidade.

Jesus, porém, vai além do comer juntos. Ao lavar os pés dos discípulos, repete o gesto dos escravos da época. Rompe assim com o esquema dominante do seu tempo. Pedro, que acha normal o sistema de dominação, resiste ao gesto de Jesus, não compreendendo e não aceitando que o Mestre lave os pés do discípulo.

Lavar os pés é colocar-se a serviço, especialmente na construção da paz. É ser solidário com as vítimas das guerras, da fome e da desigualdade social. É um ato de amor. O gesto do “lava-pés” enfatiza justamente esse amor infinito de Cristo. “O amor de Jesus por nós tem limite, é sempre mais, sempre mais, não se cansa de amar, a ninguém, ama todos nós, a ponto de dar a vida por nós” (FRANCISCO, Homilia, Missa do Lava-pés, Quinta-feira Santa, 2 de abril de 2015).

O texto da primeira leitura (Ex 12, 1-8.11-14) é a narrativa de como os judeus deviam celebrar a Páscoa, ao deixar o Egito. A origem desta festa está na tradição mais antiga de Israel como povo de pastores. Imolava-se um cordeiro e tingia-se com seu sangue a porta da tenda para afugentar o mal que poderia acontecer ao rebanho.

Com a libertação do Egito, esta tornou-se a festa central do povo de Deus, o dia nacional da libertação, quando o Senhor, com mão forte e braço estendido, libertou seu povo da escravidão. “Este dia será para vós uma festa memorável” (Ex 12,14).

Com relação ao rito da ceia pascal, o texto nos dá algumas indicações importantes:

- a Páscoa marca o início de uma nova era, o tempo da libertação. É a vitória do povo sobre as forças opressoras;

- para que esta nova era aconteça é preciso que haja partilha (v.4);

- é uma festa que visa à preservação da vida: servirá e sinal para a preservação de Israel como povo, pois ele estava ameaçado de desaparecer pela política do Faraó;

- é uma festa da memória histórica. É celebrada às pressas. Os que dela participam devem estar preparados para uma longa viagem que os levará para fora do sistema opressor e os conduzirá uma nova sociedade baseada na justiça e na liberdade (Cf. BORTOLINI, José. Op.,cit.p.82).

- O Salmo 115 (116B) é um agradecimento de alguém que recebeu de Deus uma grande graça, a graça da vida, a libertação de alguma doença. Por isso o salmista, com muita confiança, faz um gesto público de louvor: “elevo o cálice da minha salvação”.

A segunda leitura (1Cor 11,23-26) apresenta a tradição paulina da instituição da Eucaristia. As comunidades cristãs a celebravam como memorial da Páscoa de Jesus. O contexto desta narração nos mostra como Paulo insiste que não se trata apenas de um rito9, mas de uma prática profunda de comunhão fraterna.

3. Atualizando a Palavra
A liturgia de hoje lembra três momentos fundamentais da história da salvação:

- Primeiro momento: a Páscoa dos judeus – jantar comemorativo da libertação do Egito. Eles comiam o cordeiro pascal, lembrando a mão forte do Senhor que os havia libertado (primeira leitura).

- Segundo momento: a Páscoa de Jesus – foi a última ceia de Jesus. Marca o início da celebração da Páscoa cristã. A missa vespertina da Quinta-feira Santa atualiza para nós o gesto prático que Jesus fez no Cenáculo com seus apóstolos. Primeiro, Jesus fez o rito do jantar dos judeus, recordando a Páscoa judaica: a libertação do Egito, a passagem do Mar Vermelho e a 1ª Aliança ao pé do Monte Sinai.

Em segundo lugar, nessa mesma ceia, Jesus fez a passagem para a nova Páscoa, a nova Aliança, agora selada no seu sangue derramado e no pão compartilhado, memória que os cristãos celebram sempre em cada missa. João expressa essa realidade com o rito simbólico do Lava-pés.

A Eucaristia leva necessariamente para a prática, para o serviço. Todo o contexto da última ceia, aponta para o martírio: corpo doado, sangue derramado. Na Eucaristia Jesus faz a entrega de si mesmo. Sua instituição antecipa o gesto definitivo da cruz, realizado uma vez por todas (cf. Hb 7,27). Por isso ao missa não renova o sacrifício, mas o traz presente, o visibiliza no sacramento.

- Terceiro momento: a Páscoa dos cristãos – na segunda leitura, São Paulo narra a prática dos primeiros cristãos: reuniam-se nas casas para fazer a memória de Jesus. O grande ensinamento desta tradição judeu-cristã é que nós somos chamados para a caminhada da libertação.

Marcados pelo amor de Deus para a construirmos um povo novo, nossa vocação é viver em comunidade, promover a paz, a justiça, a solidariedade: viver a Páscoa de Jesus, não nos conformar com os valores deste mundo.

O centro da Quinta-feira Santa é a instituição da Eucaristia, do sacerdócio cristão a serviço e o novo mandamento do amor. Neste tripé está nosso ideal cristão, nosso sonho de um novo mundo.

  1. a instituição da Eucaristia é anúncio de salvação, fonte inesgotável de unidade e convite à partilha dos bens. Participando da Eucaristia nós nos tornamos “concorpóreos” e consanguíneos de Cristo (Cirilo de Jerusalém). Se em nosso corpo corre o mesmo sangue, ou seja, o sangue de Cristo, consequentemente somos irmãos de sangue, chamados a viver em perfeita unidade. Se todos somos irmãos, filhos e filhas do mesmo Pai, a mesa do mundo deve ser para todos, sem fome, sem miséria, sem exclusões. Por que o mundo não coloca as potencialidades enormes de riqueza que tem a serviço da vida? Eis o convite da Eucaristia. Quem comunga sinceramente deve querer um mundo mais partilhado;

  1. o sacerdócio cristão colocado a serviço do povo nos lembra que o poder dever ser partilhado. Que o maior é aquele que serve. Que nossa atitude fundamental deve ser a do lava-pés e não a buscada desenfreada das honras, do prestígio, que acaba dominando os mais fracos. “Se eu, que sou o Senhor e Mestre, vos lavei os pés...”. Este gesto de Jesus nos mostra como a tão apregoada democracia, da qual o mundo ocidental tanto fala, não é eucarística, porque não se põe a serviço, mas concentra sempre mais;

  1. o mandamento do amor nos lembra que a atitude suprema do ser humano, a exemplo de Cristo, é o perdão, a colhida, a solidariedade, o empenho pela justiça, da qual vem a paz. Nunca o ódio, o revide a violência, a guerra. “Ao entrar neste mundo, tão marcado pelas injustiças e pelo ódio, pela segregação e perda de sentido da vida, Jesus Cristo vem nos ensinar a amar com o amor de Deus e a sermos felizes”.


O gesto de lavar os pés mostra serviço e amor. “É tão forte o seu amor [amor de Jesus] que se fez escravo para nos servir, para nos curar, para nos purificar. Nesta Missa, a Igreja quer que o sacerdote lave os pés de doze pessoas em memória dos doze apóstolos. Mas no nosso coração temos que ter a certeza de que o Senhor, quando nos lava os pés, nos lava por inteiro, nos purifica, nos faz sentir, mais uma vez, o seu amor” (FRANCISCO, Homilia, Missa do Lava-pés, Quinta-feira Santa, 2 de abril de 2015).

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica
No centro da liturgia eucarística repetimos e atualizamos as palavras de São Paulo: “Todas as vezes, de fato, que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que ele venha” (1Cor 11,26).

O mistério da fé que celebramos na Eucaristia é o mistério pascal da morte e ressurreição do Senhor Jesus, atuante na realidade pessoal e social. É a celebração do mistério pascal de Jesus Cristo visibilizado na ação simbólico-ritual do ´pão e do vinho’.

Anunciar a morte do Senhor ”até que ele venha” implica para todos nós o compromisso de transformar nossa vida, de tal forma que ela se torne eucarística, sinal de comunhão.

Como “cume e fonte”, a celebração eucarística deve nos ajudar a discernir e expressar, na liturgia, a presença pascal de Cristo em nossa vida pessoal, comunitária e social; e, ao mesmo tempo, deve levar-nos a fazer de toda a nossa vida uma caminhada pascal, comprometendo-nos com a transformação do mundo.

A Páscoa do Êxodo se conclui com um mandato: “Este dia será para vós uma festa memorável (...), que haveis de celebrar por todas as gerações, como instituição perpétua” (Ex 12,14). A fidelidade ao “Fazei isto em memória de mim”, além de manter viva a Páscoa de Jesus em todas as gerações, sustenta a comunhão das sucessivas gerações de cristãos com seu Mestre.

O presidente realiza o Lava-Pés, enquanto se canta canto apropriado.

PRECES DOS FIÉIS
Presidente: Nesta noite em Jesus, por amor entrega-se inteiramente a nós, deixando-nos presente na Eucaristia, elevemos nossa prece de gratidão ao Pai.

1. Ó Pai, obrigado pelo dom da Eucaristia, e pedimos que abençoe todos os sacerdotes, que sejam exemplos vivos de serviço em favor da vida plena, no mundo.

Todos: (cantado): Vossa Igreja eleva um clamor: "Escutai nossa prece, Senhor!

2. Ó Pai, obrigado pelo dom da Eucaristia, e pedimos que os nossos governantes, a exemplo do Teu Filho Jesus, possam usar de caridade para com o povo.

3. Ó Pai, obrigado pelo dom da Eucaristia, e pedimos que nossa comunidade possa ser servidora da tua graça, vivendo o mandamento do amor e promovendo a fraternidade.

4. Ó Pai, obrigado pelo dom da Eucaristia e pedimos que as nossas mentes e nossos corações possam celebrar de modo proveitoso esta Páscoa.
(Outras intenções)

Presidente: Ó Pai querido, obrigado pelo dom da Eucaristia que teu Filho nos deixou. Agradecemos o lava-pés, pois aprendemos a importância do serviço fraterno. Agradecemos ainda o sacerdócio e o mandamento do amor que celebramos, hoje. Todos são dons da tua graça e do teu amor para conosco. Obrigado por tudo e em tua bondade atendei nossas preces que fazemos em nome de Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

III. LITURGIA EUCARÍSTICA
Oração sobre as oferendas
Presidente: Concedei-nos, ó Deus, a graça de participar dignamente da Eucaristia pois todas as vezes que celebramos este sacrifício em memória do vosso Filho, torna-se presente a nossa redenção. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

Oração depois da comunhão
Presidente: Ó Deus todo-poderoso, que hoje nos renovastes pela ceia do vosso Filho, dai-nos ser eternamente saciados na ceia do seu reino. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém

TRANSLADAÇÃO DO SS. SACRAMENTO
Animador: Celebramos hoje um adeus: uma despedida de alguém que vai para melhor, ou seja, que vai voltar para o Pai, mas que ao mesmo tempo, deixa uma profunda nostalgia, uma contagiante saudade, sobretudo, por causa do modo como esta despedida será levada a efeito, na noite seguinte.

Celebramos a Instituição da Eucaristia e do Mandamento do Amor, amor sem limites e com grande intensidade. Alegria misturada com dor, alegria em tom menor, misturada com lágrimas sendo considerada uma alegria inibida. Até a meia noite de hoje e durante a parte da manhã de amanhã voltaremos aqui para uma breve adoração e para refletirmos sobre o sentido da morte e ressurreição do Senhor!

Canto de procissão
(Enquanto se incensa o Santíssimo Sacramento)
Onde não se conserva a Eucaristia, a celebração termina sem canto e sem bênção final. Onde se conserva a Eucaristia, deve-se realizar a procissão até um altar previamente preparado para a vigília. Enquanto isso, canta-se:

Tão sublime Sacramento
1. Tão Sublime Sacramento, adoremos neste altar. Pois o Antigo Testamento deu ao Novo o seu lugar. Venha a fé por suplemento os sentidos completar.
2. Ao Eterno Pai cantemos e a Jesus, o Salvador. Ao Espírito exaltemos, na Trindade, eterno amor. Ao Deus Uno e Trino demos a alegria do louvor. Amém. Amém!

Desnudação do altar
Retiram-se as toalhas do altar, as flores, as velas e as cruzes (onde for possível). Todos se retiram em silêncio. A adoração ao Santíssimo pode terminar à meia-noite, a partir de quando se dá início à recordação da Paixão e Morte de Jesus, ou segundo o costume do lugar. Esse momento deve ser realizado em clima de muita oração, silêncio e respeito, com cantos que favoreçam a interiorização e a contemplação.

(O Presidente e os acólitos retiram-se em silêncio). 

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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