Dom Vilson Dias de Oliveira
DIOCESE DE LIMEIRA
SÁBADO
SANTO
“Na
morte e ressurreição de Jesus Cristo, Deus torna evidente este amor
misericordioso”
(MV,
n.21)
Leituras:
Primeira Leitura, Gênesis 1, 1-2,2 (ou 1, 1.26-31a);
Salmo
responsorial 103 (104), 1-2a.5-6.10.12.13-14.24.35c ou (33),
4-5.6-7,12-13.20.22;
Segunda
Leitura, Gênesis 22, 1-18;
Salmo
Responsorial 15 (16), 5, 8.9-10.11;
Terceira
Leitura, Êxodo 14, 15-15,1ª;
Salmo
Responsorial, Cant. Êxodo 15, 1b-2.3-45-6.17-18;
Quarta
Leitura, Isaías 54, 5-14;
Salmo
Responsorial 29 (30), 2.4.5-6.11.12a.13b;
Quinta
Leitura, Isaías 55, 1-11;
Salmo
Responsorial Isaías 12, 2-3.4bcd.5-6);
Sexta
Leitura, Baruc 3,9-15.32-4,4;
Salmo
Responsorial 18b (19), 8.9.10.11;
Sétima
leitura, Ezequiel 36,16-17a.18-28;
Salmo
Responsorial 41 (42), 3.5bcd+42,3-4;
Epístola,
Romanos 6, 3-11;
Salmo
Responsorial 117 (118), 1-2,16ab-17.22-23;
Evangelho
Mateus 28, 1-10.
COR
LITÚRGICA: BRANCA
OU DOURADA
ACOLHIDA
A
assembléia se reúne fora da Igreja, junto ao fogo aceso. Enquanto
as pessoas vão chegando, a equipe de canto entoa hinos ou refrões
orantes que falem de luz. A mesa da Palavra, o Círio Pascal, a pia
batismal e o altar devem estar bem ornamentados. O dirigente 1 acolhe
a assembléia e dá o sentido da celebração desta noite.
Presidente:
Meus
irmãos e minhas irmãs, nesta noite santa, em que nosso Senhor Jesus
Cristo passou da morte à vida, a Igreja convida os seus filhos
dispersos por toda a terra a se reunirem em vigília e oração. Se
comemorarmos a Páscoa do Senhor ouvindo a sua Palavra e celebrando
os seus mistérios, poderemos ter a firme esperança de participar do
seu triunfo sobre a morte e de sua vida em Deus.
Animador:
Neste
momento o Presidente irá benzer o fogo, que simboliza Cristo, que
saindo do sepulcro vai ao encontro de sua glória. É a luz que
ilumina e nos faz ver, sinal de Cristo que disse ser a verdadeira
“luz do mundo”.
BÊNÇÃO
DO FOGO
Presidente:
Ó
Deus, que pelo vosso Filho trouxestes àqueles que crêem o clarão
da vossa luz, santificai + este novo fogo. Concedei que a festa da
Páscoa acenda em nós tal desejo do céu, que possamos chegar
purificados à festa da luz eterna. Por Cristo, nosso Senhor!
Todos:
Amém.
O
presidente da celebração prepara o Círio conforme o costume e o
acende, dizendo: "A
luz de Cristo ressuscitado dissipe as trevas de nossos corações e
de toda a humanidade".
Animador:
Agora
será preparado o Círio Pascal. O Círio Pascal representa Cristo
vivo e ressuscitado, revestido de luz, aquele que, na noite do mundo,
caminha à frente do seu povo e ilumina a vida do povo e da
comunidade.
Presidente:
Cristo
ontem e hoje; Princípio e Fim; A e Z; A Ele o tempo e a eternidade;
a glória e o poder; pelos séculos sem fim. Amém.
Por
suas santas chagas, suas chagas gloriosas; o Cristo Senhor nos
proteja; e nos guarde.
Amém.
Animador:
Agora
o Presidente acende o Círio Pascal no fogo novo que foi abençoado a
poucos instantes.
Presente:
Irmãos
e irmãs, porque nosso Senhor Jesus Cristo é a luz do mundo, nós
somos chamados também a ser luz e a viver na luz do Círio Pascal.
Caminhemos iluminados pela luz de Cristo.
PROCISSÃO
DO CÍRIO
Todos
acendem suas velas no Círio e inicia-se a procissão. O dirigente 1
segue à frente levando o Círio e em três momentos canta o refrão,
que todos repetem.
Presidente:
EIS A LUZ DE CRISTO. Todos: Demos graças a deus. (bis)
Animador:
Vamos
seguir a procissão com o Círio Pascal e nele acender as nossas
velas. A celebração do Lucernário é a grande proclamação da
Páscoa Cósmica. Envolvidos na noite de um mundo sem luz, a Igreja
proclama o brilho da Luz divina a todo o universo, fruto da
ressurreição de Jesus. Luz que significa nascimento na vida nova e
plenamente envolvida no amor divino. Envolvidos e iluminados pela luz
divina, caminhamos seguindo a luz de Cristo e, uma vez iluminados
pela ressurreição do Senhor, clareamos o mundo com a luz da vida
nova e plena da ressurreição do Senhor. (A
Igreja fica toda apagada e só o Círio Pascal vem aceso do fundo da
Igreja)
PROCLAMAÇÃO
DA PÁSCOA
Animador:
(Depois
que o Círio Pascal já estiver no presbitério no pedestal e for
incensado):
Iremos
agora ouvir a Proclamação da Passagem, que é um canto proclamativo
que anuncia a ressurreição de Jesus.
Chegando
ao local da vigília, estando a Igreja com as luzes apagadas, o Círio
é colocado em local preparado e é incensado. Um cantor e uma
cantora entoam a proclamação da Páscoa ("Exulte"). Todos
mantêm suas velas acesas.
REFLEXÃO
DA VIGÍLIA PASCAL
1.
Situando-nos
“Segundo
uma antiquíssima tradição, esta noite é ‘em honra do Senhor’
e a vigília que nela se celebra, comemorando a noite santa em que o
Senhor ressuscitou, deve ser considerada como ‘mãe de todas as
santas vigílias’.
Nesta
vigília, de fato, a Igreja permanece à espera da ressurreição do
Senhor e celebra-se com os sacramentos da iniciação cristã”
(CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO, Paschalis Sollenitatis:
Preparação e Celebração das Festas Pascais. Documentos
Pontifícios, 224, n.77).
Vale
lembrar as incisivas palavras de Sato Agostinho: “Com a sua
Ressurreição, nosso Senhor Jesus Cristo converteu em glorioso o dia
que a sua morte tornara triste. Por isso, trazendo solenemente à
memória aqueles dois momentos, permaneçamos vigilantes recordando a
sua morte e alegremo-nos acolhendo a sua Ressurreição. Esta é a
nossa festa anual, a nossa Páscoa (...), pois Cristo, nossa Páscoa,
foi imolado, e o que era antigo passou; tudo foi renovado.
(...)
Para tantos e tantos povos, que esta célebre solenidade reúne por
toda a parte em nome de Cristo, pôs-se o sol, mas sem deixar de ser
dia, pois à luz que brilhava no Céu sucedeu a luz da terra”.
(...)
Assim, pois, nesta solenidade celebramos agora a memória daquela
noite que dava início ao dia do Senhor e passamos em vigília a
noite em que o Senhor ressuscitou e em que inaugurou para nós, na
sua carne, aquela vida em que não há morte nem sono...”
(AGOSTINHO DE HIPONA, Sermão 221. In Antologia Litúrgica. Textos
Litúrgicos, patrísticos e canônicos do Primeiro Milênio:
Secretariado Nacional de Liturgia, 2003, n.3859-3860.3862).
Nesta
noite de alegria verdadeira, que o Cristo ressuscitado, vencedor da
morte, dissipe as trevas do nosso coração e da nossa mente. Com
toda a criação celebramos a vitória da vida sobre a morte. Não
procuremos entre os mortos aquele que está vivo. O Cristo
ressuscitado suscita nova vida e infunde a coragem para olhar o
futuro com esperança.
2.
Recordando a Palavra
“Na
Vigília Pacal da Noite Santa, propõem-se sete leituras do Antigo
Testamento, que lembram as maravilhas de Deus na história da
salvação, e duas do Novo, a saber, o anúncio da ressurreição,
segundo os três Evangelhos sinóticos, e a leitura apostólica sobre
o batismo cristão como sacramento da ressurreição de Cristo”
ELENCO DAS LEITURAS DA MISSA, n.99; CONGREGAÇÃO PARA O CULTO
DIVINO, Diretório Homilético, n.48).
A
Vigília Pascal, é a noite mais rica do Lecionário, com seu
percurso de toda a história da salvação e a proclamação do
Evangelho mais importante de todo o ano: a Ressurreição do Senhor
(Lc 24, 1-12).
As
leituras desta noite de júbilo pascal revelam também o mistério da
luz divina, que ilumina o povo ao longo da história da salvação.
Por seu conteúdo e simbolismo, constituem uma catequese batismal,
que culmina na vida nova manifestada em Cristo. Assim, na obra
salvífica de Cristo, plenificada com sua ressurreição gloriosa,
cumprem-se plenamente as promessas antigas de salvação.
Nas
leituras de Gênesis 1, 1-2,2, o Deus Criador faz a luz resplandecer
sobre as trevas e transforma o caos em cosmos. A sua obra de amor
proporciona que a vida desabroche plenamente em todo o universo. “E
Deus que criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele criou”
(1,27), para estar a serviço da liberdade e da dignidade. Em Cristo,
morto e ressuscitado, Deus manifesta a nova criação, o mundo
renovado.
No
livro de Gênesis 22, 1-18, Abraão revela-se como o pai da fé
através da obediência incondicional ao Senhor. A palavra o orienta
a “redimir” seu primogênito Isaac com o sacrifício de um
animal. O caminho de fidelidade de Abraão é corado com a
confirmação da promessa de “uma descendência numerosa” (cf.
22,17). O episódio, para os cristãos, prefigura a morte e a
ressurreição de Jesus. Semelhante a Isaac, que carrega a sua cruz
(cf. Jo 19,17), sobre a qual entrega a vida pela redenção da
humanidade.
A
leitura do Livro do Êxodo sublinha a ação salvífica de Deus, que
intervém em favor do povo oprimido no Egito, abrindo “as águas
para que atravesse o mar a pé enxuto” (cf. 14,21). Conduzido pela
presença luminosa do Senhor, o povo alcança a liberdade e atravessa
o Mar Vermelho em busca da terra prometida.
A
fé no Deus libertador é celebrada com gratidão: “Ele é meu Deus
e o louvarei, Deus de meu pai, e o honrarei” (15,2). Em Cristo, que
passou da morte para a vida através da ressurreição, realiza-se um
novo êxodo. A luz do Ressuscitado ilumina o caminho batismal, que
conduz ao renascimento para uma vida nova.
As
leituras dos profetas: Isaías (54,4-14 e 55,1-11), Baruc e Ezequiel
acentuam o amor incondicional do Senhor, que leva o povo a renovar a
esperança de libertação plena ao longo do caminho. Com
misericórdia eterna, o Senhor consola o povo exilado na Babilônia,
manifestando-lhe a salvação (cf. Is 54,8). O povo é convidado a
acolher a palavra, que “não voltará (...) vazia; antes, realizará
tudo o que for de minha vontade e produzirá os efeitos que pretendi,
ao enviá-la” (Is 55,11).
E
em meio ao sofrimento causado pelas infidelidades à aliança, pelas
injustiças e opressões, a palavra profética impele à conversão:
“Derramarei sobre vós uma água pura, e sereis purificados. Eu vos
darei um coração novo e porei um espírito novo dentro de vós”
(Ez 36, 25-26). Jesus, com sua ressureição, faz renascer a
esperança de vida nova em todos os que mergulham nas águas
batismais e se deixam transformar por sua palavra de salvação.
A
leitura da Carta aos Romanos ressalta que a ressurreição de Cristo
venceu a morte para sempre, libertando-nos da escravidão para a vida
nova de filhos e filhas. Paulo, a partir da experiência de conversão
em Cristo, afirma, que “pelo batismo na sua morte, fomos sepultados
com ele, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do
Pai, assim também nós levemos uma vida nova” (6,4).
Mergulhados
na morte e na ressurreição de Cristo, nos tornamos criaturas novas,
comprometidas em construir relações de comunhão com o outro, com
Deus e com toda a criação.
O
Evangelho de Lucas relata o primeiro dia da semana, em que “a luz
foi feita” (Gn 1,3-5), e se torna entre nós cristãos o domingo,
dia do Senhor; as mulheres vão terminar o sepultamento de Jesus com
as unções conforme o costume da época; Maria Madalena, Joana e
Maria de Tiago e outras mulheres são as principais mensageiras do
acontecimento da ressurreição, da afirmação da vida sobre a
morte.
“Um
riquíssimo recurso para compreender as conexões entre os temas do
Antigo Testamento e o seu cumprimento no Mistério Pascal de Cristo é
oferecido pelas orações que seguem cada leitura. Elas exprimem, com
simplicidade e clareza, o profundo significado cristológico e
sacramental dos textos do Antigo Testamento, dado que falam da
criação, do sacrifício, do êxodo, do batismo, da misericórdia de
Deus, da aliança eterna, do perdão do pecado, da redenção e da
vida em Cristo” (CONGREGAÇÃO DO CULTO DIVINO. Diretório
Homilético, n.50).
3.
Atualizando a Palavra
Nesta
noite luminosa da vigília pascal, a palavra sublinha o mistério da
luz do Ressuscitado, que resplandece e vence a morte, plenificando a
história da salvação. A presença misericordiosa do Pai, que
sustentou o caminho de fé e esperança do povo, permanece conosco em
Cristo ressuscitado.
“No
contexto da liturgia desta noite, mediante as leituras bíblicas, a
Igreja nos leva ao seu momento culminante com a narrativa do
Evangelho da Ressurreição do Senhor. Somos imersos no fluxo da
história da salvação por meio dos sacramentos de iniciação
celebrado nesta Vigília, como nos recorda o belíssimo trecho de
Paulo sobre o Batismo. São claríssimas nesta noite as conexões
entre a criação e a vida nova em Cristo, ente o êxodo histórico e
aquele definitivo do Mistério Pascal de Jesus, a que todos os fiéis
tomam parte por meio do Batismo, entre as promessas dos profetas e a
sua realização nos mistérios litúrgicos celebrados. Conexões
essas, que podem ser sempre recordadas no curso do ano litúrgico”
(Ibidem, n.49).
Alegremo-nos,
porque o Senhor, o Vivente, vem ao nosso encontro e confirma a nossa
missão, como fez com as discípulas do Evangelho. O Papa Francisco
afirma que a morte e a ressurreição de Jesus são o coração da
nossa esperança.
As
primeiras testemunhas deste acontecimento foram as mulheres. De
madrugada, elas vão ao sepulcro para ungir o corpo de Jesus e
encontram o primeiro sinal: “A pedra do túmulo removida (...); não
encontraram o corpo do Senhor” (cf. Lc 24,1-3). Depois, segue-se o
encontro com os mensageiros de Deus que anunciam: “por que estais
procurando entre os mortos aquele que está vivo? Ele não está
aqui! Ressuscitou! ” (Lc 24,5-6).
“E
aquilo que começa como um simples gesto, certamente cumprido por
amor – ir ao sepulcro - , transforma-se em acontecimento, e num
acontecimento tal que muda verdadeiramente a vida. Nada mais
permanece como antes, e não só na vida daquelas mulheres, mas
também na nossa vida e na nossa história da humanidade. Jesus não
é um morto, ressuscitou, é o Vivente! Não regressou simplesmente à
vida, mas é a própria vida, porque é o Filho de Deus, que é o
Vivente (cf. Nm 14,21-28; Dt 6,26, Js 3,10).
Jesus
já não está no passado, mas vive no presente e lança-se para o
futuro; Jesus é o ‘hoje’ eterno de Deus. Assim se apresenta a
novidade de Deus diante dos olhos das mulheres, dos discípulos, de
todos nós: a vitória sobre o pecado, sobre o mal, sobre a morte,
sobre tudo o que oprime a vida e lhe dá um rosto menos humano”
(FRANCISCO. Homilia na Vigília Pascal, 30 de março de 2013).
“As
mulheres se encontram com a novidade de Deus: Jesus ressuscitou, é o
Vivente! Mas, à vista do túmulo vazio e dos dois homens em trajes
resplandecentes, a primeira reação que têm é de medo:
‘amedrontadas, voltaram o rosto para o chão’, não tinham a
coragem sequer de olhar. Mas, quando ouvem o anúncio da
Ressurreição, acolhem-se com fé. E os dois homens em trajes
resplandecentes introduzem um verbo fundamental: lembrai.
“Lembrai-vos de como vos falou, quando ainda estava na Galileia
(...) Recordaram-se então das suas palavras’ (Lc 24, 6.8).
Este
é o convite a fazer memória do encontro com Jesus, das suas
palavras, dos seus gestos, da sua vida; e é precisamente este
recordar amorosamente a experiência com o Mestre que faz as mulheres
superarem todo o medo e levarem o anúncio da Ressurreição aos
Apóstolos e a todos os restantes (cf. Lc 24,9). Fazer memória
daquilo que Deus fez e continua a fazer por mim, por nós, fazer
memória do caminho percorrido; e isto abre de par em par o coração
à esperança para o futuro. Aprendamos a fazer memória daquilo que
Deus fez na nossa vida” (Idem).
4.
Ligando a Palavra com ação litúrgica
Celebrando
a vigília pascal, a comunidade vai sendo introduzida na contemplação
da Páscoa em todas as suas dimensões: na liturgia da luz celebra a
Páscoa cósmica, que é a passagem das trevas para a luz; a liturgia
da Palavra celebra a Páscoa histórica evocando os principais
momentos da história da salvação; a liturgia batismal celebra a
Páscoa da Igreja, povo novo suscitado pela fonte batismal; a
liturgia eucarística celebra a Páscoa perene e escatológica com a
participação no convite eucarístico, imagem da vida nova e do
reino prometido (cf.
AUGÉ, Matias. Quaresma, páscoa, pentecostes; tempo de renovação
no Espírito. São Paulo: Editora Ave Maria, 2005, p.66-67).
De
rito em rito, embora diferenciado em diversas partes claramente
definidas formam um conjunto unitário girando em torno do núcleo
essencial da Palavra de Deus e da Eucaristia. Pelos sinais
sacramentais – pascais da luz, da água, do pão e do vinho
–explicitados e feitos presentes pela Palavra de Deus –
significa-se e faz-se presente a realidade da Páscoa do Senhor para
que se torne nossa e a expressemos em nossa vida.
Nós,
comunidade de fé, em constante vigília participamos exterior e
interiormente, escutando Deus que nos fala por sua Palavra, e nós
falamos com Ele por nossas orações, como lembrava Santo Agostinho.
E se escutarmos com obediência as suas palavras, aquele que nós
invocamos com a nossa oração morará em nós (AGOSTINHO DE HIPONA.
Sermão 219. In Antologia Litúrgica. Textos litúrgicos, patrísticos
e canônicos do Primeiro Milênio. Fátima: Secretariado Nacional de
Liturgia, 2003, n.3857)
Todos
os sinais-simbólicos são pascais. O Espírito do Senhor vai nos
guiando de forma que ouvindo a palavra e celebrando os mistérios do
Senhor, podemos ter a firme esperança e certeza de participar do seu
triunfo sobre a morte e de sua vida em Deus (cf. Exortação
inicial).
Percorremos
este itinerário na certeza de que Ele ressuscitou. A vida triunfou,
aleluia. A luz venceu as trevas.
Que
a experiência da ressurreição nos faça pessoas pascais – unidas
no amor do Senhor e comprometidas com o Reino de paz e de justiça.
ORAÇÃO
DOS FIÉIS:
Presidente:
Na noite que Deus demonstra sua força e seu poder com a vitória
sobre a morte para nos conceder a vida plena, elevemos nossas preces
aos céus.
1.
Senhor do céu e da terra, vós que sois a fonte de toda a vida;
Todos:
fortalecei a Igreja para que nunca se canse de promover a vida plena
no mundo.
2.
Vós que ofereceis a vida plena pela ressurreição de vosso Filho
Jesus;
Todos:
permanecei com aqueles que receberam o Batismo para que sejam
testemunhas vivas da ressurreição de Cristo em suas comunidades.
3.
Vós que enviastes vosso Filho para nos trazer o dom da fraternidade
e da paz;
Todos:
olhai nosso mundo que destrói a vida pelo aborto, pela eutanásia,
pelas drogas, pelas guerras e com tantas formas de violência.
4.
Vós que nos concedeis a alegria de celebrar mais uma Páscoa;
Todos:
iluminai nossa comunidade com a luz da ressurreição de Jesus para
que possamos ser fiéis ao vosso projeto salvador.
(Outras
intenções)
Presidente:
Nós vos agradecemos, ó Pai a alegria de poder participar da vida
plena que vós nos ofereceis pela ressurreição de Jesus. Considerai
nossas preces que fazemos com o coração em festa e atendei-nos em
nossas necessidades. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos:
Amém.
ORAÇÃO
SOBRE AS OFERENDAS
Presidente:
Acolhei,
ó Deus, com estas oferendas as preces do vosso povo, para que a nova
vida, que brota do Mistério Pascal, seja por vossa graça penhor da
eternidade. Por Cristo, nosso Senhor!
Todos:
Amém.
ORAÇÃO
PÓS-COMUNHÃO:
Presidente:
Ó
Deus, derramai em nós o vosso espírito de caridade, para que,
saciados pelos sacramentos pascais, permanecemos unidos no vosso
amor. Por Cristo, nosso Senhor!
Todos:
Amém.
BÊNÇÃO
Presente:
O
Senhor esteja convosco. Aleluia. Aleluia.
Todos:
Ele está no meio de nós. Aleluia. Aleluia.
Presidente:
Abençoe-vos
o Deus todo-poderoso nesta solenidade da Páscoa, e cheio de
misericórdia vos defenda de todo o perigo do pecado. Aleluia.
Aleluia.
Todos:
Amém. Aleluia. Aleluia.
Presidente:
E Aquele que na ressurreição do seu Unigênito vos restaura para
uma vida eterna vos cumule com os prêmios da imortalidade. Aleluia.
Aleluia.
Todos:
Amém. Aleluia. Aleluia.
Presidente:
E
vós, que terminados os dias da Paixão do Senhor, celebrais as
festas da Páscoa, possais chegar àquele festim que se soleniza em
gozos eternos, com sua ajuda e as almas exultantes. Aleluia. Aleluia.
Todos:
Amém. Aleluia. Aleluia.
Presidente:
Abençoe-vos
Deus todo-poderoso PAI +
E FILHO E ESPÍRITO SANTO.
Todos:
Amém.
Presidente:
Levai
a todos a alegria de Jesus Ressuscitado. Ide em paz e o Senhor vos
acompanhe.
Todos:
Graças a Deus, aleluia, aleluia!