Liturgia
Diária Comentada 07/08/2013
18ª
Semana do Tempo Comum - 2ª Semana do Saltério
Prefácio
Comum - Ofício do dia
Cor:
Verde - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona:
Salmo 69,2.6 - Meus Deus, vinde libertar-me, apressai-vos, Senhor, em
socorrer-me. Vós sois o meu socorro e o meu libertador; Senhor, não
tardeis mais.
Oração
do Dia: Manifestais, ó Deus, vossa inesgotável bondade para com
os filhos e filhas que vos imploram e se gloriam de vos ter como
criador e guia, restaurando para eles a vossa criação e
conservando-a renovada. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira
Leitura: Nm 13,1-2.25-14,1.26-29
Desprezaram
uma terra de delícias.
Naqueles
dias, o Senhor falou a Moisés, no deserto de Faran, dizendo: “Envia
alguns homens para explorar a terra de Canaã, que vou dar aos filhos
de Israel. Enviarás um homem de cada tribo, e que todos sejam
chefes”. Ao fim de quarenta dias, eles voltaram do reconhecimento
do país e apresentaram-se a Moisés, a Aarão e a toda a comunidade
dos filhos de Israel, em Cades, no deserto de Farã. E, falando a
eles e a toda a comunidade, mostraram os frutos da terra e fizeram a
sua narração, dizendo: “Entramos no país, ao qual nos enviastes,
que de fato é uma terra onde corre leite e mel, como se pode
reconhecer por estes frutos. Porém, os habitantes são fortíssimos,
e as cidades grandes e fortificadas.
Vimos
lá descendentes de Enac; os amalecitas vivem no deserto do Negueb;
os hititas, jebuseus e amorreus, nas montanhas; mas os cananeus, na
costa marítima e ao longo do Jordão”. Entretanto Caleb, para
acalmar o povo revoltado, que se levantava contra Moisés, disse:
“Subamos e conquistemos a terra, pois somos capazes de fazê-lo”.
Mas os homens que tinham ido com ele disseram: “Não podemos
enfrentar esse povo, porque é mais forte do que nós”. E, diante
dos filhos de Israel, começaram a difamar a terra que haviam
explorado, dizendo: “A terra que fomos explorar é uma terra que
devora os seus habitantes: o povo que aí vimos é de estatura
extraordinária. Lá vimos gigantes, filhos de Enac, da raça dos
gigantes; comparados com eles parecíamos gafanhotos”.
Então,
toda a comunidade começou a gritar, e passou aquela noite chorando.
O Senhor falou a Moisés e Aarão, e disse: “Até quando vai
murmurar contra mim esta comunidade perversa? Eu ouvi as queixas dos
filhos de Israel. Dize-lhes, pois: ‘Por minha vida, diz o Senhor,
juro que vos farei assim como vos ouvi dizer! Neste deserto ficarão
estendidos os vossos cadáveres.
Todos
vós que fostes recenseados, da idade de vinte anos para cima, e que
murmurastes contra mim, não entrareis na terra na qual jurei, com
mão levantada, fazer-vos habitar, exceto Caleb, filho de Jefoné, e
Josué, filho de Num. Carregareis vossa culpa durante quarenta anos,
que correspondem aos quarenta dias em que explorastes a terra, isto
é, um ano para cada dia; e experimentareis a minha vingança’. Eu,
o Senhor, assim como disse, assim o farei com toda essa comunidade
perversa, que se insurgiu contra mim: nesta solidão será consumida
e morrerá” - Palavra do Senhor.
Salmo: 105,6-7a.
13-14. 21-22. 23 (R. 4a)
Lembrai-vos
de nós, ó Senhor, segundo o amor para com vosso povo.
Pecamos
como outrora nossos pais, praticamos a maldade e fomos ímpios; no
Egito nossos pais não se importaram com os vossos admiráveis
grandes feitos.
Mas
bem depressa esqueceram suas obras, não confiaram nos projetos do
Senhor. No deserto deram largas à cobiça, na solidão eles tentaram
o Senhor.
Esqueceram-se
do Deus que os salvara, que fizera maravilhas no Egito; no país de
Cam fez tantas obras admiráveis, no Mar Vermelho, tantas coisas
assombrosas.
Até
pensava em acabar com sua raça, não se tivesse Moisés, o seu
eleito, interposto, intercedendo junto a ele, para impedir que sua
ira os destruísse
Evangelho:
Mt 15,21-28
Mulher,
grande é a tua fé!
Naquele
tempo, Jesus retirou-se para a região de Tiro e Sidônia. Eis que
uma mulher cananeia, vindo daquela região, pôs-se a gritar:
“Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim: minha filha está
cruelmente atormentada por um demônio!” Mas, Jesus não lhe
respondeu palavra alguma.
Então
seus discípulos aproximaram-se e lhe pediram: “Manda embora essa
mulher, pois ela vem gritando atrás de nós”. Jesus respondeu: “Eu
fui enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel”. Mas, a
mulher, aproximando-se, prostrou-se diante de Jesus, e começou a
implorar: “Senhor, socorre-me!” Jesus lhe disse: “Não fica bem
tirar o pão dos filhos para jogá-los aos cachorrinhos”. A mulher
insistiu: “É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as
migalhas que caem da mesa de seus donos!” Diante disso, Jesus lhe
disse: “Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!”
E desde aquele momento sua filha ficou curada - Palavra da
Salvação.
Comentando
o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta): Na
primitiva comunidade cristã, havia uma classe de cristãos,
provenientes do judaísmo, cuja tendência era não se abrir para os
pagãos. Acreditavam ser os destinatários exclusivos da Boa Nova
cristã. Por conseguinte, os pagãos estariam excluídos do Reino
anunciado por Jesus.
Foi
preciso combater esta rigidez, apelando para a sensibilidade do
Mestre em relação à fé dos pagãos.
O
episódio da mulher Cananéia prestou-se bem para esta finalidade. A
mulher pagã foi persistente no seu objetivo: a cura da filha
atormentada por um demônio. Por isto, não se intimidou diante dos
discípulos, nem de Jesus, até ver realizado o seu desejo. Nem a
má-vontade daqueles, nem a dureza das palavras do Mestre foram
suficientemente fortes para fazê-la esmorecer.
Os
discípulos queriam ver-se livres daquela mulher importuna. Sua
gritaria deixava-os irritados, a ponto de pedirem a Jesus que a
mandasse embora. Não convinha que o pedido de uma mulher pagã fosse
atendido por ele.
Jesus,
por sua vez, também deu mostras de relutar em atendê-la, até o
ponto de usar o termo - cães -, com que os judeus costumavam chamar
os pagãos. Mas, afinal, dobrou-se diante de uma fé evidente, tendo
realizado o desejo da mulher pagã.
Como
Jesus, a comunidade cristã deveria deixar de ser inflexível em
relação aos pagãos convertidos à fé, abrindo para eles as portas
da comunidade.
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE AGOSTO:
Geral
– Pais e Educadores: Que os pais e educadores ajudem às
novas gerações a crescer com uma consciência reta e vida coerente.
Missionária
– Igrejas locais na África: Que as Igrejas locais na
África promovam a construção da paz e da justiça na fidelidade ao
Evangelho.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração
da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes
da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de
Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do
Advento NALC 44.
Cor
Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Fonte:
CNBB / Missal Cotidiano
Fique
com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo
Feitosa e Marta Lúcia - catolicoscomjesus@gmail.com