Liturgia
Diária Comentada 25/12/2013
NATAL
DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO - 1ª Semana do Saltério
Prefácio
do Natal - Ofício solene próprio - Glória e Creio
Cor:
Branco - Ano Litúrgico “A” - São Mateus
Antífona: Isaias
9,6 Um menino nasceu para nós: um filho nos foi dado! O poder
repousa nos seus ombros. Ele será chamado “Mensageiro do Conselho
de Deus”.
Oração
do Dia: Ó Deus, que admiravelmente criastes o ser humano e
mais admiravelmente restabelecestes a sua dignidade, dai-nos
participar da divindade de vosso Filho, que se dignou assumir a nossa
humanidade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo. Amém.
LEITURAS:
Primeira
Leitura: Is 52,7-10 Todos os confins da terra hão de ver a salvação
que vem do nosso Deus.
Como
são belos, andando sobre os montes, os pés de quem anuncia e prega
a paz, de quem anuncia o bem e prega a salvação, e diz a Sião:
“Reina teu Deus!” Ouve-se a voz de teus vigias, eles levantam a
voz, estão exultantes de alegria, sabem que verão com os próprios
olhos o Senhor voltar a Sião.
Alegrai-vos
e exultai ao mesmo tempo, ó ruínas de Jerusalém, o Senhor consolou
seu povo e resgatou Jerusalém. O Senhor desnudou seu santo braço
aos olhos de todas as nações; todos os confins da terra hão de ver
a salvação que vem do nosso Deus. - Palavra do Senhor.
Salmo: 97,1.2-3ab.3cd-4.5-6
(R.3c) Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso
Deus.
Cantai
ao Senhor Deus um canto novo,/ porque ele fez prodígios!/ Sua mão e
o seu braço forte e santo/ alcançaram-lhe a vitória.
O
Senhor fez conhecer a salvação,/ e às nações, sua justiça;/
recordou o seu amor sempre fiel/ pela casa de Israel.
Os
confins do universo contemplaram/ a salvação do nosso Deus./
Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,/ alegrai-vos e exultai!
Cantai
salmos ao Senhor ao som da harpa/ e da cítara suave!/ Aclamai, com
os clarins e as trombetas,/ ao Senhor, o nosso Rei!
Segunda
Leitura: Hb 1,1-6 Deus falou-nos por meio de seu Filho
Muitas
vezes e de muitos modos falou Deus outrora aos nossos pais, pelos
profetas; nestes dias, que são os últimos, ele nos falou por meio
do Filho, a quem ele constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo
qual também ele criou o universo.
Este
é o esplendor da glória do Pai, a expressão do seu ser. Ele
sustenta o universo com o poder de sua palavra. Tendo feito a
purificação dos pecados, ele sentou-se à direita da majestade
divina, nas alturas. Ele foi colocado tanto acima dos anjos quanto o
nome que ele herdou supera o nome deles. De fato, a qual dos anjos
Deus disse alguma vez: “Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei?” Ou
ainda: “Eu serei para ele um Pai e ele será para mim um Filho?”
Mas, quando faz entrar o Primogênito no mundo, Deus diz: “Todos os
anjos devem adorá-lo!” - Palavra do Senhor.
Evangelho:
Jo 1,1-18 A Palavra se fez carne e habitou entre nós
No
princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra
era Deus. No princípio estava ela com Deus. Tudo foi feito por ela,
e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. Nela estava a vida, e a
vida era a luz dos homens. E a luz brilha nas trevas, e as trevas não
conseguiram dominá-la.
Surgiu
um homem enviado por Deus; seu nome era João. Ele veio como
testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à
fé por meio dele. Ele não era a luz, mais veio para dar testemunho
da luz: daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo,
ilumina todo ser humano.
A
Palavra estava no mundo - e o mundo foi feito por meio dela - mas o
mundo não quis conhecê-la. Veio para o que era seu, e os seus não
a acolheram. Mas, a todos que a receberam, deu-lhes capacidade de se
tornarem filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, pois
estes não nasceram do sangue nem da vontade da carne nem da vontade
do varão, mas de Deus mesmo.
E
a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a
sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio
de graça e de verdade. Dele, João dá testemunho, clamando: “Este
é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha
frente, porque ele existia antes de mim”. De sua plenitude todos
nós recebemos graça por graça. Pois por meio de Moisés foi dada a
Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo.
A Deus ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na
intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer. - Palavra da
Salvação.
Comentário: Pelo
mistério da Encarnação, estabeleceu-se uma comunhão indissolúvel
entre a divindade e a humanidade. Jesus foi o ponto de encontro deste
movimento que ligou a Terra ao Céu, o homem a Deus, a história à
eternidade.
Vindo
de junto do Pai, Jesus é a Palavra de Deus que se tornou visível na
história humana. Sua existência iria manifestar os desígnios
divinos, tanto no seu falar quanto no seu agir. A vida que haveria de
transmitir, mediante gestos poderosos, provinha da abundância da
vida herdada do Pai. Sua presença se constituiria em luz para
orientar a humanidade decaída, ansiosa de salvação. Por meio dele,
seria possível chegar até Deus e experimentar a comunhão divina.
Todavia,
este Jesus era plenamente humano, excluindo-se apenas a experiência
do pecado. Não lhe foram concedidas regalias, pelo fato de ser o
Filho de Deus. Por isso, experimentou a rejeição exatamente
daqueles para os quais fora enviado. Sua não acolhida revelar-se-ia
em forma de perseguição, hostilidades e abandono, para culminar na
morte de cruz. Na medida em que descia aos porões da humanidade,
Jesus ia comunicando ao ser humano, ferido pelo pecado, o lenitivo da
salvação. Desta forma, as pessoas reconciliavam-se com Deus e
recuperavam sua dignidade original. Nisto consiste o mistério do
Natal! - (Padre Jaldemir
Vitório)
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE DEZEMBRO:
Geral
– Crianças abandonadas: Que as crianças abandonadas ou
vítimas de qualquer forma de violência encontrem o amor e a
proteção de que necessitam.
Missionária
– Preparação da vinda do Salvador: Que nós, cristãos,
iluminados pela luz do Verbo Encarnado, preparemos a vinda do
Salvador.
TEMPO
LITÚRGICO:
Cor
Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o Cristo
vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes
solenidades, pode ser substituída pelo amarelo ou, mais
especificamente, o dourado.
Tempo
do Natal: A salvação prometida por Deus aos homens em suas
mensagens aos patriarcas e profetas, torna-se realidade concreta na
vinda de Jesus o salvador. O eterno Filho de Deus, feito homem, é a
mensagem conclusiva de Deus aos homens: ele é aquele que salva.
O
nascimento histórico de Jesus em Belém é o sinal de nosso
misterioso nascimento à vida divina. O Filho de Deus
se fez homem para que os homens se pudessem tornar
filhos de Deus. Este nascimento é o início de nossa salvação, que
se completará pela morte e ressurreição de Jesus. No pano de fundo
do Natal já se entrevê o mistério da Páscoa. Os dias que vão do
Natal à Epifania e ao Batismo do Senhor devem ajudar-nos a descobrir
em Jesus Cristo a divindade de nosso irmão e a humanidade de nosso
Deus. Os textos litúrgicos deste tempo convidam à alegria, mas
apresentam também riqueza de doutrina. Convidam-nos constantemente a
dar graças pelo misterioso intercâmbio pelo qual participamos da
vida divina de Cristo. Enquanto nos faz participantes do amor
infinito de Deus, que se manifestou em Jesus, a celebração do Natal
abre-nos à solidariedade profunda com todos os homens.
Para
a celebração
Tempo
de Natal começa com as primeiras Vésperas de Natal e termina no
domingo depois da Epifania, ou seja, o domingo que cai após o dia 6
de janeiro.
A
liturgia do Natal do Senhor caracterizada pela celebração das três
Missas natalinas (meia-noite, de manhã. durante o dia), inicia-se
com a Missa vespertina "na vigília", que faz parte da
solenidade.
A
solenidade do Natal prolonga sua celebração por oito dias
contínuos, que são indicados como Oitava de Natal. Esta é assim
ordenada:
No
domingo imediatamente após o Natal celebra-se a festa da sagrada
Família; nos anos em que falta esse domingo, celebra-se esta festa a
30 de dezembro;
26
de dezembro é a festa de santo Estevão, protomártir;
27
de dezembro é o dia da festa de são João, apóstolo e evangelista;
28
de dezembro celebra-se a festa dos Santos Inocentes;
os
dias 29, 30 e 31 de dezembro são dias durante a oitava, nos quais
ocorrem também memórias facultativas;
no
dia 1º de janeiro, oitava de Natal, celebra-se a solenidade de
Maria, Mãe de Deus, na qual também se comemora a imposição do
santo nome de Jesus.
As
festas acima enumeradas, quando caem em domingo, deixam o lugar à
celebração do domingo; se, porém, em algum lugar forem celebradas
como "solenidades", neste caso têm precedência sobre o
domingo. Fazem exceção as festas da sagrada Família e do Batismo
do Senhor; que tomam o lugar do domingo.
Os
dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor (domingo depois da Epifania) são considerados dias do Tempo
de Natal. Entre 2 e 5 de janeiro cai, habitualmente, o II domingo
depois de Natal; a 6 de janeiro celebra-se a solenidade da Epifania
do Senhor. Nas regiões em que esta solenidade não é de preceito,
sua celebração é transferida para 2 e 8 de janeiro, conforme
normas particulares anexas a essa transferência.
Com
a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) termina o
Tempo natalino e principia o Tempo comum (segunda-feira da 1ª
semana); portanto, omitem-se as férias que naquele ano não podem
ter celebração.
Para
a celebração da Eucaristia nas férias do Tempo natalino:
os
dias 29, 30 e 31 de dezembro (que fazem parte da oitava de Natal) tem
formulário próprio para cada dia (Oracional + Lecionário). A
memória designada para esses dias (29 e 31) no calendário perpétuo
pode achar lugar na Missa da oitava, substituindo a coleta dessa
Missa pela do santo (ver n. 3);
os
dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor têm um Oracional próprio (Missal), disposto segundo os dias
da semana (isto é da segunda-feira ao sábado), com um ciclo fixo de
leituras (Lecionário) que segue os dias do calendário; a "coleta"
muda conforme a indicação lá referida.
Diz-se
o Glória nas Missas durante a oitava de Natal. O Prefácio que dá
início à Oração eucarística (I,II, III) é próprio do Tempo do
Natal-Epifania:
o
de Natal (com três textos à escolha) é rezado durante a oitava e
nos outros dias do Tempo natalino;
o
da Epifania diz-se nos dias que vão da solenidade da Epifania ao
sábado que precede a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da
Epifania).
A
cor das vestes litúrgicas nas Missas feriais do Tempo natalino é a
branca.
Fique
com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo
Feitosa e Marta Lúcia
Fonte:
CNBB - Missal Cotidiano