O seminarista Luiz Gustavo Santos Teixeira será ordenado diácono transitório pela imposição das mãos do bispo diocesano Dom Cesar Teixeira, no dia 1º de maio – aniversário da diocese, às 9h, naCatedral Diocesana de São Dimas, em São José dos Campos, tendo como lema: “Tirou o manto, pegou uma toalha, amarrou-a na cintura e pôs-se a servir” (Jo 13, 4). Confira o perfil do seminarista.
Luiz Gustavo Santos Teixeira nasceu no dia 7 de janeiro de 1988, em Jacareí. Filho de Fátima Maria Santos Teixeira e Jorge Teixeira, tem um irmão mais novo, Matheus Santos Teixeira. Sua comunidade paroquial de origem é a Paróquia Nossa Senhora da Santíssima Trindade, em Jacareí. Ingressou no seminário no dia 13 de março de 2007.
Jornal Expressão: Como foi o despertar vocacional?
Luiz Gustavo: Minha vocação despertou, acredito eu, a partir dos 11 anos, quando entrei para ser coroinha em minha paróquia de origem e, sem dúvida, pelo incentivo de minha vó materna Irene, mais conhecida por vó “Nica”, que sempre me animou a seguir na Igreja com algum tipo de serviço. Sempre me ensinou o valor da oração, de me relacionar com Deus como amigo e a alegria de fazer a vontade D’Ele. Hoje, sei que do céu ela se alegra por esse momento da minha vida e intercede por mim. E o serviço do altar realizado pelo padre e a dedicação às pessoas também foram essenciais para tomar a decisão de ingressar no seminário e ver a vocação que Deus me faz.
Jornal Expressão: Qual o trabalho que você realizava na sua paróquia de origem
Luiz Gustavo: Na minha querida paróquia de origem, a Nossa Senhora da Santíssima Trindade, em Jacareí, fui batizado, recebi a primeira eucaristia e o sacramento da Crisma. Fui coroinha desde os 11 anos de idade, depois tornei-me cerimoniário e coordenador dos acólitos e cerimoniários. Além disso, participava da Pastoral Litúrgica e, por certo tempo, coordenava a organização da missa do Sagrado Coração de Jesus, toda primeira sexta-feira do mês. Por fim, participei da Pastoral da Juventude, hoje Missão Jovem, por um período de seis meses, após ingressei no grupo de oração Ângelus, que permaneci até a entrada no Seminário.
Jornal Expressão: Em quais paróquias fez as atividades pastorais como seminarista?
Luiz Gustavo: No período de formação fiz serviços pastorais em cinco paróquias. A primeira paróquia de pastoral foi a de Sant’Ana com o pe. França, em São José dos Campos, em 2008 e 2009. Em 2010 e 2011 fiquei na paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, em Jacareí, com o pe. Rodolfo Barbosa. No tempo em que estive lá, o trabalho com os jovens me marcou bastante, pois resultou no Movimento Jovens Adoradores, do qual sou um dos fundadores. Nos anos de 2012 e 2013 estive na Paróquia de Santa Teresinha do Menino Jesus, em São José dos Campos, com o pe. Edinei. Nesse período pude perceber o carinho das pessoas e amigos e o cuidado que tiveram para comigo. Nessa época precisei cuidar da minha saúde em preparação para uma cirurgia e também pela recuperação. No ano de 2014, fiz pastoral na Paróquia Catedral São Dimas, com o pe. Rinaldo, pe. Fabiano, pe. Ademir e o seminarista Gustavo Rigueira. Desta comunidade me recordo com alegria da convivência na casa paroquial e a acolhida dos paroquianos e criação de bons vínculos de amizade. Por fim, hoje faço meu Ano Pastoral na Paróquia de Santa Inês, em São José dos Campos, com o pe. Fabiano. Está sendo um tempo novo com a comunidade que é muito receptiva.
Jornal Expressão: Qual o significado de seu lema de ordenação?
Luiz Gustavo: “Tirou o manto, pegou uma toalha, amarrou-a na cintura e pôs-se a servir”. (Jo 13, 4) Esse lema é retirado do Evangelho de João, que nos relata o momento do lava-pés. Há muito tempo tenho carinho por essa passagem e por todo o seu significado. Sempre foi uma forma de nortear minha vida e vocação, pois como cristãos somos chamados a servir os irmãos, cada um no estado de vida que foi chamado, para que possam conhecer cada vez mais a Jesus Cristo, mesmo com as nossas limitações. E como diácono, o serviço precisa estar enraizado dentro do meu coração para transparecer na vida, em especial no serviço da Palavra de Deus e na Liturgia.
Jornal Expressão: Deixe uma mensagem aos jovens que sentem vontade de dedicar-se à vida sacerdotal ou religiosa.
Luiz Gustavo: Aos jovens que pensam em ingressar na vida consagrada, tanto pelo sacramento da ordem quanto a vida religiosa, digo para não terem medo de dizer o SIM, mesmo com os questionamentos e dificuldades que possam ter ou que poderão, e irão surgir no decorrer da caminhada. Jamais podemos esquecer de que a Igreja nos ajuda no processo de discernimento para que possamos responder com maturidade o chamado que Deus nos faz, que requer coragem e despojamento para fazermos as renúncias necessárias. Digo que vale a pena, porque mesmo deixando algo por amor a Cristo e à Igreja, é necessário ver e agarrar aquilo que estamos buscando e construindo pela vocação escolhida e que realmente realiza nossa vida. Assim, jovens, não tenham medo de dar esse passo e não esperem que as situações da vida fiquem perfeitas para estarmos preparados; isso é desculpa para adiar tal decisão ou até de não fazê-la.
