Francisco amava muito a seus amigos, que amavam Francisco.
Um dia, Francisco começou a amar muito a Jesus, que amava a Francisco e a todos os seus amigos.
De tanto Francisco amar Jesus, os amigos de Francisco começaram a amar o Jesus de Francisco.
De tanto Francisco e seus amigos amarem Jesus, Jesus, que amava os pobres, os levou ao desejo de também ser pobre.
Em Assis, havia muitas meninas, ricas e pobres. Mas uma delas, dezoito anos, Clara de Offreducio, rica, começou a amar muito a Francisco, que, por sua vez, a amava com amor de amigo.
E então, Clara passou a amar muito a Jesus, que amava muito a Francisco e seus amigos, e que amava Clara e sua irmã Inês e amigas, e que amava os pobres, a quem Clara também passou a amar, como Francisco.
Dali por diante, Clara e Francisco se amaram com amor amigo, amor profundo, amor celibatário, amor todo feito de Jesus e de idealismo.
E, no meio daquelas amizades, apareceria, mais tarde, uma viúva chamada Jacoba.
Então, Francisco amava Jesus, que amava Clara, que amava Jacoba, que amava os amigos e amigas deles, que amavam Francisco.
E todos amavam Jesus que os amavam a todos.
Mais que amigos e amigas, eram irmãos e irmãs.
Mais que irmãos e irmãs eram irmãos e irmãs menores.
Mais que simples irmãos menores, eram irmãos menores na Igreja e no Cristo.
Aquela sim era uma amizade frutífera, que se expandia, se e cimentava e se iluminava em Jesus, o irmão maior.
E assim viveram. E assim morreram.
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Francisco amava Jesus, que amava os pobres, que amava o povo.
Francisco amava Jesus, que amava seus amigos, que amava Clara.
Clara amava Jesus, que amava os pobres, que amava o povo, que amava suas amigas, que amava Francisco.
Poucas amizades foram tão bonitas como aquela.
Pouca gente se amou com maior pureza do que aqueles dois.
Como qualificar aquela amizade?
Como descrever aquele amor fraterno?
Possível foi! E Assis inteira o viu!
É que Francisco, que amava Clara, e Clara, que amava Francisco, amaram a quem amaram; e amaram do jeito que amaram porque, para ser amigos como foram, souberam amar Jesus de Nazaré.
Com Deus, as amizades se tornam cada dia mais perfeitas.
Sem Deus, não passam de um contrato de risco…
Texto retirado do livro: Amizade Talvez Seja Isso, José Fernandes de Oliveira
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