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sábado, 21 de abril de 2012

Fontes do Catecismo da Igreja Católica


    Anteriormente vimos a origem e natureza do Catecismo [1]. Hoje vamos quais são suas fontes inspiradoras. Esta abordagem ilustra e ilumina melhor a natureza e a finalidade do Catecismocomo um dos grandes instrumentos da educação da fé.

            Sendo um texto que procura aprofundar o conteúdo da fé cristã católica, o Catecismo tem, como referências principais, as grandes fontes do cristianismo. Na verdade, a fonte é uma só: aPalavra de Deus, tomada em seu sentido amplo, como ensina a constituição Dei Verbum: “ Deus se revelou através de palavras e acontecimentos intimamente unidos” (DV 2). Palavras: aquilo que sai da boca para comunicar nosso pensamento e sentimentos. Acontecimentos ou fatos: é tudo aquilo que vai além da palavra falada, do discurso, do ensino... são as ações concretas que confirmam e dão autoridade à palavra falada.
            Nesse binômio, Palavra é tudo aquilo que os profetas (desde Abraão até o último dos Apóstolos) pronunciaram, ensinaram, pregaram... e depois, tudo aquilo que a Igreja ensinou e ficou, ao longo dos séculos, como riqueza de sua doutrina. Por outro lado os acontecimentos, são os fatos concretos que Deus realizou na história da salvação e continua realizando na nossa vida, e que a Bíblia chama de  “maravilhas”. Hoje, tais acontecimentos, fatos ou maravilhas de Deus são as ações da Igreja, sobretudo os sacramentos.
            A Palavra por excelência que o Pai nos enviou para comunicar-nos seu amor é Jesus Cristo, ele mesmo palavra e acontecimento, a Quem o Novo Testamento chama de o Verbo de Deus (verbosignifica palavra). Por isso ele é o centro e a finalidade de toda a catequese. Diz o Bem-aventurado João Paulo II: “Ao apresentar a doutrina católica de modo genuíno e sistemático,  o Catecismoreconduz todos os conteúdos da catequese ao seu centro vital, que é a pessoa de Cristo Senhor”.
            A doutrina da Igreja ensina que essa única Palavra de Deus, além da pessoa divina do nosso Salvador, possui muitas outras expressões, que se tornam, todas elas, fontes da catequese e consequentemente do Catecismo. Ou seja:
a)   As Sagradas Escrituras: Palavra de Deus inspirada, transmitida de geração em geração e fixada nos livros sagrados. Veneramos e temos em altíssima consideração, em primeiro lugar, essapalavra escrita, lida pessoalmente e em comunidade, venerada, proclamada e ouvida nas celebrações. O Catecismo é uma contínua transmissão e aprofundamento dessa Palavra Bíblica. Contrariamente ao Catecismo de Trento que evocava sempre os textos bíblicos para dar autoridade ou comprovar uma doutrina apresentada, o Catecismo da Igreja Católica parte dos próprios textos bíblicos para, em seguida, deles deduzir a doutrina professada. Portanto, é um uso muito mais profundo e significativo! Assim, a Bíblia é o primeiro e principal texto de catequese! E o Catecismoestá impregnado de Bíblia!
b)  A Sagrada Liturgia: é outra fonte riquíssima da expressão da fé à qual continuamente oCatecismo se refere. Um sentença da teologia assim diz: lex orandilex credendii Numa tradução livre, significa: cremos conforme rezamos e rezamos conforme cremos. De fato, a educação da fé sempre buscou na Liturgia o seu alimento substancioso. É o que chamamos de dimensão mistagógica da catequese: a participação frutuosa nas celebrações nos coloca mais facilmente em contato com as realidades divinas que professamos. O Catecismo se inspira muito na Liturgia, tanto ocidental como oriental.
c)   A Sagrada Tradição: com o término da revelação bíblica (ou com o ponto final noApocalipse), Deus não deixou de nos falar. Temos, nos textos sagrados, a revelação fundante; no entanto, através dos séculos a revelação divina prossegue; Deus se manifesta através de tudo aquilo que a Igreja, como Corpo de Cristo no mundo e em obediência ao seu mandato, vai refletindo, aprofundando, adaptando a expressão da fé aos vários momentos históricos, conservando e aumentando a riqueza da fé.
            Deus se manifesta pelo sentido da fé (sensus fidei) do Povo de Deus. O Magistério da Igreja tem o dever de guiar a Igreja na audição dessa Palavra de Deus que se manifesta nesses sentido da fé do Povo de Deus. Faz parte desse Magistério os que receberam o carisma de orientar a Igreja à luz da Palavra de Deus, nossos pastores, tendo à frente o Papa com todo o episcopado.
            Tudo isso recebe o nome de Tradição eclesial, e é composta pela vida dos santos, a doutrina dos Concílios, o ensinamento dos mestres da fé, sobretudo o magistério eclesial, a riqueza da Liturgia, a vivência religiosa do povo com suas expressões (religiosidade popular).
            Nesse aspecto também, o Catecismo é muito rico. Ele expõe não só aquilo que chamamos de doutrina da fé, mas também é perpassado continuamente pelo testemunho dos Santos, dos Padres da Igreja (grandes escritores do início do cristianismo), dos mestres da fé (teólogos e escritores) e dos textos mais expressivos da piedade cristã.
            No seu conjunto, o Catecismo representa a Tradição da Igreja, tanto ocidental como oriental, ou seja, seu patrimônio doutrinal inspirado nas fontes da fé, adquirido ao longo dos séculos, testemunhado pela vida do povo cristão e confirmado pela autoridade do autêntico Magistério.
            Podemos concluir com João Paulo II: “como exposição completa e integral da verdade católica, tanto doutrinal como dos costumes, válidos sempre e para todos, o Catecismo, com seus conteúdos essenciais e fundamentais, permite conhecer e aprofundar, de maneira positiva e serena, aquilo que a Igreja Católica crê, celebra, vive e reza [...]; nos faz contemplar a beleza e a riqueza da mensagem de Cristo Jesus”.

Pe. Luiz Alves de Lima, sdb, é doutor em Teologia Pastoral, catequeta, professor de teologia,  conferencistas, redator e editor da Revista de Catequese.


[1] De agora em diante, a expressão Catecismo, se não houver outra referência, sempre significará oCatecismo da Igreja Católica.
Postado por Bíblia e Catequese 

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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