Liturgia Diária Comentada 29/01/2013
3ª Semana do Tempo Comum - 3ª Semana do Saltério
Prefácio Comum - Ofício do dia
Cor: Verde - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Salmo 95,1.6 - Cantai ao Senhor um canto novo, cantai ao Senhor,
ó terra inteira; esplendor, majestade e beleza brilham no seu templo santo.
Oração do Dia: Deus eterno e todo-poderoso, dirigi a nossa vida segundo o vosso
amor, para que possamos, em nome do vosso Filho, frutificar em boas obras. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: Hb 10,1-10
Eis que eu venho, ó Deus, para fazer a tua vontade.
Irmãos, a Lei possui apenas o esboço dos bens futuros e não o modelo
real das coisas. Também, com os seus sacrifícios sempre iguais e sem
desistência repetidos cada ano, ela é totalmente incapaz de levar à perfeição
aqueles que se aproximam para oferecê-los. Se não fosse assim, não se teria deixado
de oferecê-los, se os que prestam culto, uma vez purificados, já não tivessem
nenhuma consciência dos pecados? Mas, ao contrário, é por meio desses
sacrifícios que, anualmente, se renova a memória dos pecados, pois é impossível
eliminar os pecados com o sangue de touros e bodes.
Por isso, ao entrar no mundo, Cristo afirma: “Tu não quiseste vítima nem
oferenda, mas formaste-me um corpo. Não foram do teu agrado holocaustos nem
sacrifícios pelo pecado. Por isso eu disse: Eis que eu venho. No livro está
escrito a meu respeito: Eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade”.
Depois de dizer: “Tu não quiseste nem te agradaram vítimas, oferendas,
holocaustos, sacrifícios pelo pecado” – coisas oferecidas segundo a Lei –, ele
acrescenta: “Eu vim para fazer a tua vontade”. Com isso, suprime o primeiro
sacrifício, para estabelecer o segundo. É graças a esta vontade que somos
santificados pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez por
todas. - Palavra do Senhor.
Salmo: 39, 2.4ab. 7-8a. 10. 11
(R. Cf. 8a.9a)
Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!
Esperando, esperei no Senhor, e inclinando-se, ouviu o meu clamor. Canto
novo ele pôs em meus lábios, um poema em louvor ao Senhor.
Sacrifício e oblação não quisestes, mas abristes, Senhor, meus ouvidos;
não pedistes ofertas nem vítimas, holocaustos por nossos pecados. E então eu
vos disse: “Eis que venho!”
Boas novas de vossa justiça anunciei numa grande assembleia; vós sabeis
não fechei os meus lábios.
Proclamai toda a vossa justiça, sem retê-la no meu coração; vosso
auxílio e lealdade narrei. Não calei vossa graça e verdade na presença da
grande assembleia.
Evangelho: Mc 3,31-35
Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.
Naquele tempo, chegaram a mãe de Jesus e seus irmãos. Eles ficaram do
lado de fora e mandaram chamá-lo. Havia uma multidão sentada ao redor dele.
Então lhe disseram: “Tua mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura”.
Ele respondeu: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” E olhando
para os que estavam sentados ao seu redor, disse: “Aqui estão minha mãe e meus
irmãos. Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. -
Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho (Antônio Carlos Santini / Com Católica
Nova Aliança): A marca registrada do filho é a obediência. Amado
pelo pai, o filho responde ao amor com a mais amorosa das sujeições. E, ao
contrário do que sugerem alguns profetas da rebeldia, não é nenhum fardo pesado
a obediência prestada à pessoa que nos demonstra um amor sem medidas...
É assim com Jesus, o Filho do Pai. Sua entrega à Paixão e à morte no
Calvário tem um objetivo: “... para que o mundo saiba que amo o meu Pai e ajo
conforme o Pai me prescreveu”. (Jo 14,31.) Jesus não se cansa de afirmar sua
“dependência” em relação ao Pai: “O Filho não pode fazer nada por si mesmo, mas
somente o que vê o Pai fazer; pois o que o Pai faz, o Filho o faz igualmente”.
(Jo 5,19).
Quando o Filho de Deus se encarna, nascendo de Mulher, ele de certa
maneira “re-aprende” a ser filho em sua relação com Maria e com José, durante
sua infância e adolescência. O Papa Leão XIII realçou esta obediência humana de
Jesus: “Daí se seguia, portanto, que o Verbo de Deus fosse submisso a José, lhe
obedecesse e lhe prestasse aquela honra e aquela reverência que os filhos devem
aos próprios pais.” Obedecendo a José, pai nutrício, Jesus na verdade obedecia
a seu Pai eterno.
Ora, se nós pretendemos ser irmãos de Jesus, como o conseguiríamos sem
obedecer ao mesmo Pai celeste? Quando nos submetemos à Lei de Deus, a seus
mandamentos, mas também quando obedecemos à voz de Deus que fala por meio da
Igreja e de seus ensinamentos, Jesus pode olhar para nós e nos reconhecer como
irmãos.
Este tipo de relação supera amplamente os laços de sangue, pois ela é
tecida de uma unidade de intenções, de uma fusão de vontades, de uma adesão ao
ser divino. Mais que uma herança genética, a filiação se manifesta no amor
obediente.
Eis o que diz Santo Agostinho: “Será o amor que leva a observar os
preceitos, ou a observação dos preceitos é que leva ao amor? Mas quem duvida
que o amor venha primeiro? Aquele que não ama não consegue observar os
preceitos. Assim, ao dizer: ‘se observais meus mandamentos, permanecereis no
meu amor’ (Jo 15,10), Jesus mostra não de onde vem o amor, mas aquilo que o
prova. É como se ele dissesse: não pensem que vocês permanecem no meu amor, se
não observam meus mandamentos, pois se vocês os observam, esta seria a prova de
que nele permaneceis”.
A lição é clara: quem ama, obedece. Quem se rebela, recusa
automaticamente a sua filiação. Quem obedece, este é filho. Sendo filhos,
seremos irmãos do Senhor. E ele poderá olhar para nós, sorrir e afirmar: “Esse
é meu irmão!”
INTENÇÕES PARA O MÊS DE JANEIRO:
Geral – Conhecimento do Mistério de Cristo: Que neste
"Ano da Fé" os cristãos possam aprofundar no conhecimento do mistério
de Cristo e testemunhar nossa fé com alegria.
Missionária – Comunidades cristãs do Oriente Próximo e Médio: Que as
comunidades cristãs do Oriente Próximo e Médio, recebam a força da fidelidade e
a perseverança, em particular quando são discriminadas.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração da Festa do
Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes da Quaresma. Recomeça na
segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das Primeiras
Vésperas do 1º Domingo do Advento NALC 44.
Cor Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo