DIOCESE
DE LIMEIRA
30º
DOMINGO DO TEMPO COMUM
29
de outubro de 2017
“Amarás
o Senhor teu Deus, com todo o teu coração (...) e teu próximo como
a ti mesmo”
Leituras:
Livro do Êxodo 22, 20-26; Salmo 17 (18), 2-3ª.3bc-4.47 e 51 ab
(R/2); Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses 1, 5c-10;
Mateus 22, 34-40.
COR
LITÚRGICA: VERDE
Animador:
Nesta
páscoa semanal de Jesus, recordamos o seu jeito mais concreto de
viver o amor total e a solidariedade para conosco, entregando-se e
indo até o fim na opção pela vida. Ele nos confia hoje seu único
mandamento, síntese da Lei e dos Profetas e que expressa de duas
maneiras interdependentes: na comunhão amorosa com Deus e na alegria
da comunhão fraterna. Hoje é o dia Nacional da Juventude. Rezemos
por todos os nossos jovens, para que possam ser evangelizadores nos
ambientes em que vivem.
1.
Situando-nos brevemente
As
relações humanas e sociais são reguladas por um número sem fim de
leis. A participação no culto deste domingo igualmente é regida
pelo preceito. Em meio à selva de prescrições e preceitos em que
vivemos, o Evangelho de hoje nos recorda que toda a lei se resume no
amor a Deus e ao próximo.
Somos
convidados, neste domingo, a compartilhar o amor a Deus. Esse amor
nos permite discernir como amar o próximo. Deus se encontra no
próximo. “A porta de entrada na comunidade de Deus é o nosso
próximo. O amor a Deus e ao próximo são inseparáveis e
complementares. São as duas faces da mesma medalha (...)”. “O
sinal visível com o qual os cristãos testemunham ao mundo o amor de
Deus é o amor pelos irmãos” (FRANCISCO, Alocução no Ângelus,
30º Domingo ano A, 2015. Educris com agência CTV. Disponível em:
http://www.educris.com/v2/artigo/4351
-papa-francisco-o-amor-a-deus-e-ao-próximo-sao-inseparaveis>).
Que
a nossa participação na vida comunitária e na ação litúrgica
seja movida pela gratidão ao amor de Deus que nos salva, no dom da
entrega de seu Filho Jesus e do Espírito divino.
Neste
domingo, Dia Mundial das Missões, celebramos a Páscoa de Jesus em
comunhão com os missionários no mundo inteiro, especialmente com os
que passam dificuldades e enfrentam duras perseguições. Com eles
rezamos a antífona inicial: “Exulte o coração dos que buscam a
Deus. Sim, buscai o Senhor e sua força, procurai sem cessar a sua
face”.
O
compromisso missionário é dos cristãos e das comunidades
eclesiais. É dia de oração. Dia de ofertas generosas. Antes de
tudo um dia de avaliação pessoal e comunitária. As missões não
são apenas uma atividade da Igreja ou um dia do calendário
pastoral. A fé que recebemos como dom e benção não sobrevive nem
se sustenta sem o mergulho no compromisso missionário e profético.
A
liturgia nos leva a olhar para o Senhor de braços abertos e olhar
fixo no horizonte da missão e nos campos imensos que esperam
operários e ceifadores. O que podemos e vamos fazer para contribuir
no anúncio da Palavra do Senhor: “Amarás o Senhor teu Deus de
todo o coração, de toda a tua alma e todo o teu entendimento”.
2.
Recordando a Palavra
O
Evangelho mostra que amar o próximo (o povo) é amar a Deus. As
lideranças querem conservar as coisas como estão, pois, isso lhes é
muito vantajoso. Os fariseus eram observantes rigorosos de todos os
detalhes da lei. Eram muitas as leis e centenas as proibições. A
graça e a amizade de Deus dependiam da observação de todas essas
leis.
E
na verdade, para muitos, todas as leis tinham o mesmo peso e a mesma
importância. O povo ficava à margem da discussão e era considerado
pobre e infeliz pelos fariseus e pelas elites porque não conhecia as
leis. E se não conhecia as leis também não podia observá-las.
Entre
os religiosos e estudiosos corria uma discussão a respeito de qual
seria o mandamento mais importante. Armam uma armadinha e se
aproximam de Jesus com uma cilada: Qual é o maior mandamento? Com a
pergunta os fariseus esperavam uma resposta definitiva do Mestre da
Justiça. Esperavam que Jesus afirmasse que todos os mandamentos são
igualmente importantes.
Jesus
responde apoiando-se numa passagem do Deuteronômio: “Amarás o
Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com
toda as tuas forças”, ou seja, plenamente em todos os momentos da
vida. E Jesus, contudo, acrescenta um outro mandamento no contexto do
Reino e da sua opção pelos pobres: “Amarás ao teu próximo como
a ti mesmo”. E conclui enfaticamente: “Toda a Lei e os profetas
dependem desses dois mandamentos”. Traduzindo para uma compreensão
mais simples: Esses dois mandamentos são a expressão maior da
vontade de Deus. São o resumo de toda a Bíblia.
E
uma conclusão se impõe: não existe um amor a Deus e outro ao
próximo, pois, amar as pessoas como a si mesmo é amá-las “com
todo o coração, com toda a alma e com todas as forças”. Isso
coloca um divisor de águas porque os fariseus não admitiam isso,
pois consideravam o povo maldito, impuro e merecedor de desprezo.
Amar
a Deus, portanto, é amar o povo, porta de entrada da religião. Os
fariseus imaginavam que seria possível ser fiel a Deus sem ser fiel
ao povo que eles desprezavam. Mas, Jesus garante que é necessário
pôr-se, ao mesmo tempo, diante de Deus e diante das pessoas, sem
estabelecer prioridades ou escala de valores.
O
Livro do Êxodo nos ajuda a perceber o conteúdo da palavra e da ação
dos missionários em terra estrangeira: “não oprimas nem maltrates
o estrangeiro, pois vós fostes estrangeiros na terra do Egito”.
Deus despreza ofertas desonestas ou roubadas dos pobres. Deus é um
juiz justo e compassivo e não faz distinção das pessoas. Não leva
em conta a posição social ou riqueza. Não se deixa corromper e
sempre está do lado dos pobres. Deus aceita o sacrifício de quem o
serve, servindo ao próximo, respeitando-o e respeitando tudo que lhe
pertence. O Senhor quer justiça e liberdade para todos. Havendo
gratuidade, confiança e entrega generosa nas mãos de Deus, a oração
será sincera e eficaz.
O
Salmo 17 (18) possui 51 versículos e tem como tema central a pessoa
do rei, autoridade máxima em Israel no tempo da monarquia. Os salmos
reais procuram defender ou bajular a pessoa do rei. Muitos se
opuseram aos reis porque concentravam o poder, as decisões e em nome
da lei oprimiam e exploravam o povo. O Salmo 17 nasceu depois de Davi
quando um de seus descendentes, sentindo-se ameaçado pelas nações
inimigas, pediu socorro a Deus, e este não demorou em responder,
derrotando com o rei os povos inimigos. O Salmo dá a entender que
Deus é aliado e defensor do seu povo, conduzindo o rei à vitória.
Na
Primeira Carta aos Tessalonicenses, Paulo exalta e rende graças pela
fé, pela esperança e pelo amor da comunidade porque os cristãos
acolheram a Palavra de Deus com a alegria do Espírito Santo no meio
das tribulações e contratempos.
3.
Atualizando a Palavra
No
Dia do Senhor, o Domingo, reunimos para nos encontrar com Deus. Mas
para chegar a Ele é preciso ter feito uma opção e passar pela
porta de entrada que é o povo com sua história, suas angústias,
esperanças, lutas e privações, pois, Deus não quer um amor
distante do povo e intimista.
O
nosso Deus que amamos e juramos fidelidade é o Deus defensor dos
pobres. Somos seus aliados na defesa dos excluídos e desprotegidos e
rejeitados da sociedade. A nossa religião se firma nesse Deus e
cultiva o seu amor pelos últimos da terra.
O
Papa Francisco afirma que o “mandamento do amor a Deus e ao próximo
não é o primeiro porque está no topo da lista dos mandamentos.
Jesus não o coloca no alto, mas no centro, porque é o coração de
onde tudo deve começar e retornar; é a referência”. Além do
mais, “Jesus não nos entregou fórmulas ou preceitos, ele nos
confiou dois rostos, aliás, um só rosto, o de Deus que se reflete
em muitos outros, pois no rosto de cada irmão, especialmente o mais
pequeno, o mais frágil e indefeso, está presente a imagem de Deus”
(Idem).
O
amor a Deus e o amor ao próximo são inseparáveis, constituem um
único mandamento. Mas, ambos vivem do amor com que Deus nos amou
primeiro. Deste modo, já não se trata de um mandamento que do
exterior nos impõe o impossível, mas uma experiência do amor
proporcionada do interior, um amor que, por sua natureza, deve ser
comunicado aos outros. O amor que cresce através do amor. O amor é
divino porque vem de Deus e nos une, e, através deste processo
unificador, transforma-nos em um Nós, que supera as nossas divisões
e nos faz ser um só, até que, no fim, Deus seja tudo em todos (1Cor
15,28) (BENTO XVI. Carta Encíclica Deus Caritas Est (DCE). Documento
Pontifício 1. Brasília: Edições CNBB, 2007, n.18).
Andando
no dia a dia por praças e avenidas, na escola ou no trabalho, na
família ou entre amigos, seremos capazes de ver na feição dos
irmãos o rosto de Deus? Precisamos superar a dicotomia entre culto e
o cotidiano da vida. Quer dizer, não se pode separar a vida de fé e
a relação com os semelhantes.
E
a Palavra de Deus nos faz lembrar que ser cristão significa ser
missionário do bem, do amor, da justiça. Isso supõe o
desmascaramento dos ídolos que mantêm o povo à margem da vida e
das celebrações que cultivam um deus falso e um culto vazio. O que
garante a autenticidade do culto é a prática do amor.
4.
Ligando a Palavra com ação litúrgica
Na
liturgia da Igreja, na oração, na participação comunitária, nós
experimentamos o amor de Deus, sentimos a sua presença e aprendemos
deste modo também a reconhecê-la na nossa vida cotidiana. Ele nos
amou por primeiro, e confirma a ser o primeiro a nos amar. Assim, a
assembleia reunida, convocada pelo amor do Pai, realiza ao mesmo
tempo a união com Deus e com os irmãos reunidos.
Essa
centralidade do amor e da unidade entre o amor a Deus e o amor à
humanidade transparece na ação litúrgica. Fazem uma coisa só e
nos levam a viver intensamente a comunhão e a partilha.
Celebramos
porque amamos, e a liturgia é mais exercício de ternura do que de
obrigação a Deus. Nela os dois mandamentos são cumpridos e
reunidos. Não é possível entender a liturgia sem o amor aos
irmãos, sobretudo, aos mais humildes.
A
participação no mistério de sua Páscoa nos dá a graça de
estarmos sempre atentos e disponíveis para o serviço de seu Reino e
de sua justiça, com seus valores eternos, como suplicamos nas
orações de hoje. “Aumentai em nós a fé, a esperança e a
caridade e dai-nos amar o que nos ordenais para conseguirmos o que
prometeis” (Oração do Dia).
Oração
dos fiéis:
Presidente:
Roguemos a Deus para que possamos colocar em prática a palavra de
Cristo, expressa no Evangelho, pois não é a nossa boa vontade, mas
sua graça, que nos salva.
1.
Senhor, que a Igreja continue sendo presença constante e animadora
junto às pessoas e lugares necessitados. Peçamos:
Todos:
Faça-nos
testemunhas do teu amor.
2.
Senhor, que os governantes possam olhar com mais carinho para o povo
sofrido. Peçamos:
3.
Senhor, que as nossas comunidades sejam exemplo de amor ao próximo,
principalmente em suas atividades missionárias. Peçamos:
4.
Senhor, que os nossos jovens, com sua forma alegre de ser, possam
ajudar na evangelização. Peçamos:
5.
Senhor, abençoe todos os nossos dizimistas, que sempre colaboram com
a parte material de nossa comunidade. Peçamos:
(Outras
intenções)
Presidente:
Ouça, Senhor, nossa oração e renove a esperança de todos nós,
num mundo mais humano e fraterno. Por Cristo, nosso Senhor.
T.:
Amém.
III.
LITURGIA EUCARÍSTICA
ORAÇÃO
SOBRE AS OFERENDAS:
Presidente:
Olhai,
ó Deus, com bondade, as oferendas que colocamos diante de vós, e
seja para vossa glória a celebração que realizamos. Por Cristo,
nosso Senhor.
T.:
Amém.
ORAÇÃO
APÓS A COMUNHÃO:
Presid.:
Ó
Deus, que os vossos sacramentos produzam em nós o que significam, a
fim de que um dia entremos em plena posse do mistério que agora
celebramos. Por Cristo, nosso Senhor.
T.:
Amém.
Oração
sobre os jovens
Presidente:
Senhor, nosso Deus, os jovens precisam de Ti, para concretizar os
projetos que trazem em seus corações. Oriente-os e abençoe-os +
para que não errem e nem fracassem.
Faça
com que os outros valorizem seus esforços e a vontade de triunfar.
Precisam de Ti, Senhor, para encontrar o apoio e a companhia de
amigos leais. Conserve-os alegres e comunicativos com todos e
livre-os sempre dos desvios perigosos. Abençoa com tua presença os
seus caminhos para que levem ao mundo a força do teu amor. Por
Cristo, nosso Senhor.
Todos:
Amém.
BÊNÇÃO
E DESPEDIDA:
Presid.:
O
Senhor esteja convosco.
T.:
Ele está no meio de nós.
Presid.:
O
Deus Pai, que em Jesus manifestou a solidariedade e a caridade, os
faça mensageiros do evangelho e testemunhas do seu amor no mundo.
T.: Amém.
Presid.:
O
Senhor Jesus, que prometeu à sua Igreja estar a seu lado até o fim
dos tempos, dirija os seus passos e confirme suas palavras.
T.: Amém.
Presid.:
O
Espírito Santo esteja sobre vocês, para que, percorrendo os
caminhos do mundo possam evangelizar os pobres, dar vista aos cegos e
curar os corações humilhados e contritos. T.:
Amém.
Presidente:
Abençoe-vos
o Deus todo-poderoso, + Pai e Filho e Espírito Santo.
T.: Amém.
Presid.:
Ide
em paz e que o Senhor vos acompanhe para sempre. T.:
Graças a Deus.
ATIVIDADES
DO BISPO DIOCESANO
Dia
27 de outubro, Sexta-feira: Atendimento
na residência episcopal das 09h00 às 11h00; e Missa e Crisma na
Paróquia Senhor Bom Jesus, Pe. Marcos Venezian, às 19h30, Leme, SP.
Dia
28 de outubro, Sábado: Missa
e Crisma na Paróquia São Marcos, Pe. Gilson Fernandes, às 19h00,
Limeira, SP.
Dia
31 de outubro, terça-feira: Reunião
dos Bispos e Formadores, às 09h00 na PUCC, Campinas, SP.
Dia
02 de novembro, quinta-feira: Missa
de Finados (agendada).
Dia
03 de novembro, sexta-feira:
Missa e Crisma na Paróquia N. Sra. Aparecida, Pe. Ricardo Petry, às
19h30, Porto Ferreira, SP.
Dia
04 de novembro, sábado:
Missa e Crisma na Paróquia Santa Josefina Backita, Pe. Renato
Marchioro, às 19h00, Nova Odessa, SP.
Dia
05 de novembro, domingo:
Missa e Crisma na Paróquia N. Sra. Dores, Pe. Ocimar Francatto, às
09h00, Nova Odessa, SP; Missa e Crisma na Paróquia N. Sra. Graças,
Pe. Deivison Amaral, às 19h00, Araras, SP.