- SEXTA,
26 SETEMBRO 2014 16:29
- CNBB
A
Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos da
Santa Sé confirmou São
José de Anchieta como
patrono dos catequistas do Brasil e o beato Francisco
de Paula Castelló i Aleu como
patrono dos profissionais Químicos do Brasil. A decisão foi tomada
atendendo ao pedido do arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo
Damasceno Assis, feito em julho de 2013.
Dom
Damasceno alegou em sua solicitação a “veneração fervorosa e
contínua” dada pelo clero e dioceses do país ao santo que “se
dedicou ao ensino e à transmissão da catequese no território
brasileiro” e ao bem-aventurado “que não hesitou doar a sua vida
totalmente a Cristo”.
São
José de Anchieta
Canonizado
pelo papa Francisco, no dia 03 de abril de 2014, o chamado Apóstolo
do Brasil é considerado pelo presidente da CNBB um modelo
evangelizador e missionário. “Nos ensinou que o Evangelho, ao ser
anunciado, deve ser inculturado, levando em conta a cultura das
pessoas ao qual se destina”, disse dom Damasceno na ocasião da
canonização.
Natural
de Tenerife, nas Ilhas de Canárias, na Espanha, Anchieta nasceu no
dia 19 de março de 1534 e chegou ao Brasil em 1553. Foi responsável
pela criação do colégio de Piratininga no dia 25 de janeiro de
1554, que deu origem à cidade de São Paulo.
No
decorrer de sua vida, o santo passou por lugares como São Paulo,
Espírito Santo e Bahia propagando os ensinamentos do Evangelho.
Faleceu na cidade de Reritiba (atual Anchieta, no Estado do Espírito
Santo), em 9 de junho de 1597.
Beato
Francisco de Paula Castelló i Aleu
Francês
da cidade de Alicante, o beato nasceu em 19 de abril de 1914.
Considerado mártir, Francisco Castelló foi condenado à morte por
não negar sua fé católica. Em 1936, diante de um Tribunal Popular,
respondia às perguntas dizendo com firmeza: “Sim, sou católico”.
A relação com os químicos surge de sua formação em Química pela
Universidade de Oviedo, no Principado de Astúrias, na Espanha.
Francisco
de Paula Castelló i Aleu atuou em sua vida religiosa com pobres e
trabalhadores. Faltando algumas horas para ser fuzilado, o beato
escreveu uma carta a um amigo, padre Galán, entregando o seu “pobre
testamento intelectual”, no qual havia um projeto de “compressor
de amoníaco”.
São
João Paulo II foi o responsável pela sua beatificação, em 11 de
março de 2001. Em sua homilia, ressaltou o testemunho de mártir.
“Ofereceu a sua juventude em sacrifício de amor a Deus e aos
irmãos”, disse João Paulo II.